segunda-feira, 20 de abril de 2009

Gastança sem fim

Uma das coisas que todos os economistas vem repetindo nestes últimos anos é que a gastança do governo Lula é o grande impecílio para grandes investimentos que poderiam estar sendo feitos. Obras que já deveriam estar prontas nunca acabam, portos defasados, estradas em péssimas condições, falta de ferrovias para os portos, problemas que o Brasil enfrenta há muito tempo, claro. Mas nesses últimos anos, o aumento na arrecadação e nos investimentos estrangeiros, aumento da carga tributária ( por mais que o governo alegue que não ), e a recente queda da selic, são fatores que aumentaram consideravalmente o poder do governo para fazer investimentos.

Pois bem, infelizmente os investimentos não evoluiram nem 1/4 do total do aumento da arrecadação. A maior parte foi mesmo para gastos com o custeio da máquina ( que já eram enormes ). Ao invés de tentar reduzir o custo do estado para o contribuinte, a estratégia é aumentar. Afinal, são muitos companheiros que precisam de emprego né? Segue em azul a reportagem da Folha de São Paulo com um estudo que mostra que, tudo o que o governo economizou ( U$ 40 bi ) com a queda de juros, usou para pendurar mais companheiros e aumentar os salários daqueles que já estavam lá. Só para dar uma idéia, este valor é suficiente para construir duas linhas de trem-bala do Rio à São Paulo ( o governo vem anunciando isto à anos, porém a licitação foi suspensa recentemente ).

O governo federal usou praticamente toda a economia que teve com a queda dos juros desde 2006 para reforçar sua própria estrutura e aumentar o salário do funcionalismo público. Pouco foi feito para elevar os investimentos, necessários para permitir que o país cresça sem solavancos.
É o que revela estudo feito pelo economista Alexandre Marinis, sócio da consultoria Mosaico, a pedido da Folha. Entre abril de 2006 e fevereiro de 2009, os gastos anuais do governo central com juros caíram cerca de R$ 40 bilhões. No mesmo período, as despesas com pessoal subiram iguais R$ 40 bilhões, e as de custeio, R$ 26,7 bilhões. Já as despesas de capital -os investimentos propriamente ditos- aumentaram apenas R$ 14,7 bilhões.
O mês de abril de 2006 foi escolhido como marco inicial do estudo por duas razões. Naquele mês, o governo central registrou o pico do pagamento de juros acumulados em 12 meses. Também foi a partir de abril de 2006 que o governo acelerou a contratação e intensificou os reajustes salariais.
Ou seja, o aumento de gastos com funcionalismo e custeio não foi produto de um simples crescimento vegetativo e involuntário da máquina, mas, principalmente, do voluntarismo oficial.
Entre 2003 e 2005, nos três primeiros anos do governo Lula, o crescimento médio anual da folha de salários federais foi de apenas R$ 7 bilhões. Entre 2006 e 2009, esse aumento pulou para R$ 13 bilhões ao ano.
"A política econômica do segundo mandato do presidente Lula está sendo marcada não só pela queda dos juros, mas também pelo maior ciclo de contratações e de aumentos salariais ao funcionalismo de que se tem notícia", disse Marinis.
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