Pois bem, infelizmente os investimentos não evoluiram nem 1/4 do total do aumento da arrecadação. A maior parte foi mesmo para gastos com o custeio da máquina ( que já eram enormes ). Ao invés de tentar reduzir o custo do estado para o contribuinte, a estratégia é aumentar. Afinal, são muitos companheiros que precisam de emprego né? Segue em azul a reportagem da Folha de São Paulo com um estudo que mostra que, tudo o que o governo economizou ( U$ 40 bi ) com a queda de juros, usou para pendurar mais companheiros e aumentar os salários daqueles que já estavam lá. Só para dar uma idéia, este valor é suficiente para construir duas linhas de trem-bala do Rio à São Paulo ( o governo vem anunciando isto à anos, porém a licitação foi suspensa recentemente ).
O governo federal usou praticamente toda a economia que teve com a queda dos juros desde 2006 para reforçar sua própria estrutura e aumentar o salário do funcionalismo público. Pouco foi feito para elevar os investimentos, necessários para permitir que o país cresça sem solavancos.
É o que revela estudo feito pelo economista Alexandre Marinis, sócio da consultoria Mosaico, a pedido da Folha. Entre abril de 2006 e fevereiro de 2009, os gastos anuais do governo central com juros caíram cerca de R$ 40 bilhões. No mesmo período, as despesas com pessoal subiram iguais R$ 40 bilhões, e as de custeio, R$ 26,7 bilhões. Já as despesas de capital -os investimentos propriamente ditos- aumentaram apenas R$ 14,7 bilhões.
O mês de abril de 2006 foi escolhido como marco inicial do estudo por duas razões. Naquele mês, o governo central registrou o pico do pagamento de juros acumulados em 12 meses. Também foi a partir de abril de 2006 que o governo acelerou a contratação e intensificou os reajustes salariais.
Ou seja, o aumento de gastos com funcionalismo e custeio não foi produto de um simples crescimento vegetativo e involuntário da máquina, mas, principalmente, do voluntarismo oficial.
Entre 2003 e 2005, nos três primeiros anos do governo Lula, o crescimento médio anual da folha de salários federais foi de apenas R$ 7 bilhões. Entre 2006 e 2009, esse aumento pulou para R$ 13 bilhões ao ano.
"A política econômica do segundo mandato do presidente Lula está sendo marcada não só pela queda dos juros, mas também pelo maior ciclo de contratações e de aumentos salariais ao funcionalismo de que se tem notícia", disse Marinis.
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