terça-feira, 23 de junho de 2009

Ex-diretores do Senado faziam parte de 'quadrilha', acusa líder do PSDB

Por Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou nesta segunda-feira (22) que os ex-diretores da Casa Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi fazem parte de uma “quadrilha”. Para Virgílio, senadores devem estar envolvidos nas irregularidades realizadas pelos servidores. A crise na Casa piorou após a revelação de que atos administrativos da Casa foram mantidos em segredo deliberadamente.

O tucano se referiu aos dois como “ladrões comprovados” e disse que a série de denúncias contra a Casa surgiram após o PSDB anunciar que não apoiaria a candidatura de José Sarney (PMDB-AP) à presidência porque este não afastaria Agaciel da diretoria-geral.

O G1 deixou recado no escritório do advogado de Zoghbi, Antonio Carlos de Almeida Castro. A secretária do advogado disse que daria o recado após ele sair da reunião da qual participava. Agaciel Maia negou que tenha chantageado senadores, disse que não tem motivação para isso e que Virgílio não tem como provar as afirmações.

O senador defendeu que os dois ex-diretores sejam demitidos e presos. Afirmou, em relação a Agaciel, que tentará impedir que o funcionário se aposente.

“Talvez se eu não tivesse, com pouquíssimas informações, dito o que disse a coisa estivesse me banho-maria até hoje. (...) Essa quadrilha levou para casa pen drive e começou a soltar drops aqui, drops acolá, viagem que um fez aqui que o outro fez lá”, disse o tucano.

O líder do PSDB afirmou que na divulgação dos atos secretos certamente se descobrirá que muitos atos foram mantidos sob sigilo como forma de chantagem para ser usado por Agaciel.

“O senhor Agaciel, formado, doutorado e pós-doutorado em chantagem, quem sabe transformou em secretos atos que não tinha porque ser secretos. É a lógica do chantagista, de acumular poder. Duvido que o senhor Agaciel tenha praticado estes crimes todos sozinho, tem senador por trás dele, tem gente com mandato por trás dele, temos que saber isso”, afirmou o tucano.

Respostas

O tucano aproveitou para explicar informações que, segundo ele, Agaciel vazava para a imprensa. Segundo Virgílio, o ex-diretor-geral vazou uma informação de que o tucano teria contratado seu professor de jiu-jítsu como funcionário de gabinete. Ele nega que o contratado seja seu “personal trainer” e garantiu que ele presta serviços no estado do Amazonas.

Virgílio atribuiu também ao ex-diretor-geral uma informação de que o senador teria se valido de um empréstimo da Casa para pagar hospedagem em Paris. O tucano disse que teve um problema com o cartão de crédito e pediu a um amigo, que era funcionário do Senado, que o ajudasse para conseguir pagar a diária. Este amigo teria procurado Agaciel, que teria feito o empréstimo.

Virgílio disse que pagou o valor emprestado na volta desta viagem, que teria acontecido há mais de cinco anos. "Nao faço negócio com chantagista de nenhuma espécie", disse o líder do PSDB.

Sarney

O senador pelo Amazonas fez provocações a Sarney, que preside a sessão. Disse não concordar com a forma com que o presidente da Casa conduz a crise. Cobrou do peemedebista uma postura de rompimento com Agaciel, que foi colocado no cargo de diretor-geral na década de 90 por Sarney. Recentemente, Sarney também foi padrinho de casamento de uma filha do ex-diretor.

Virgílio fez menção também à denúncia de que um mordomo de sua filha Roseana (PMDB-MA), atual governadora do Maranhão, é pago com dinheiro do Senado.

“Vossa excelência terá de dar explicação sobre o mordomo. Precisamos de atitudes firmes. Não considerei que sua entrevista na sexta-feira tenha sido firme. A época de panos quentes acabou. Vossa excelência precisa romper todo e qualquer laço com essa camarilha. Se vossa excelência não romper, não terá condição de comandar a casa”, afirmou Virgílio.

O tucano comentou ainda a afirmação de Sarney de que enviará ao Supremo Tribunal Federal (STF) qualquer denúncia de envolvimento de senadores nas fraudes na Casa. Virgílio entende que o mais adequado seria mandar as investigações para o Conselho de Ética. Ele afirmou ainda que não descarta encaminhar um processo contra o próprio Sarney, se for necessário.

“Não hesitaria em colocar o nome de vossa excelência do Conselho de Ética, se julgar necessário”. Sarney ainda não respondeu a Virgílio.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Lula adverte: não pode ser tratado como uma pessoa comum o ex-presidente que chamou de ladrão

Fonte: Blog do Augusto Nunes

Eleito em 1986 com a maior votação da história, o Lula deputado vivia avisando que não havia esperança de salvação para os brasileiros que existiam além das fronteiras do PT. Quem não estava filiado ao partido que detinha o monopólio da ética era inimigo do povo, quem não votava na seita era cúmplice de bandidos disfarçados de pais da pátria. Se o Brasil fosse sério, rugia o Lula oposicionista, todos estariam na cadeia.

Na ala atulhada de picaretas (”uns 300″, havia calculado Lula pouco depois do desembarque no Congresso), uma cela hospedaria o presidente José Sarney. “Ademar de Barros e Paulo Maluf poderiam ser ladrão, mas eles eram trombadinha perto do grande ladrão que é o governante da Nova República, perto dos assaltos que faz”, berrou em setembro de 1987, num improviso em Aracaju, o palanqueiro impiedoso tanto com adversários políticos quanto com regras gramaticais.

O exterminador dos plurais continua em ação, mas a guerra movida contra tudo que se movesse fora do PT acabou no dia da posse. O Lula do Planalto decretou que o céu companheiro teria vagas para todos os interessados, até para os grandes satãs que provocavam sucessivos acessos de cólera no Lula do ABC. Não há inimigos tão inimigos que não possam tornar-se amigos, repetia Getúlio Vargas quando instado a explicar alguma aliança implausível. Lula acha que é isso aí, informa a multidão dos recentíssimos amigos de infância.

O senador José Sarney, que frequenta há quase sete anos o Clube dos Íntimos do Cara, é sempre recebido com afagos e reverências que deixariam indignado o Lula de Aracaju. No comício de 1987, “o impostor que chegou à Presidência depois de assaltar o poder” foi acusado de inventar canteiros de obras para ampliar a fortuna da família. “A ferrovia Norte-Sul só serve para isso”, exemplificou o Lula do século passado. Seria desmentido pelo Lula do terceiro milênio. “Este projeto é importantíssimo para o desenvolvimento regional”, corrigiu na discurseira que festejou, no começo do ano passado, a exumação da linha de trem sepultada por falta de verbas.

“Sei que, no início das obras, você foi alvo de inúmeras críticas”, lembrou o presidente Lula com a placidez de quem não ouviu o que disse o deputado Lula. Sarney retribuiu a manifestação de afeto com o sorriso dos amnésicos profissionais. A troca de gentilezas, celebraram os caciques da base alugada, era outra evidência de que o Brasil ficou menos primitivo: já não há antagonistas irreconciliáveis. Bobagem: o país continua primitivo. Mas ficou mais cafajeste. Quando se perde a vergonha, nenhuma afronta é imperdoável.

Os códigos que regulamentam a fraternidade mafiosa prevalecem sobre normas legais e mandamentos éticas, reiteraram as comentários sobre a crise do Senado feitos por Lula durante a escala no Cazaquistão. O pastor que socorre sem pudores qualquer meliante do rebanho atacou o “denuncismo” da imprensa e inocentou o esquartejado de Aracaju. “Sarney tem história suficiente para que não seja tratado como uma pessoa comum”, deliberou o magistrado acidental. Em 1987, sem exibir nenhuma prova, ele chamou de ladrão o chefe de governo. Neste inverno, alheio ao colosso de provas, absolveu de todas as culpas presidente do Senado.

Lula e Sarney são bons companheiros desde 2003. Nesta semana, viraram comparsas.

Conselheiros da Petrobras: 76 mil por mes

Creio que esta é uma notícia relevante, não sei se para o país, ou se apenas para a Petrobras e seus acionistas, pois afinal de contas, se trata do dinheiro deles.
Eu só fico imaginando o volume de trabalho que deve ter um conselheiro da Petrobras para justificar tal pagamento de serviços de aconselhamento. Deve ser enorme, do contrário, o mercado ou os acionistas não permitiriam esse tipo de exagero.
Também fico imaginando em que eu gastaria esse dinheiro por mês. Suponho que não seja materialmente possível, a menos de comprar um carro de luxo todo mês, ou um apartamento a cada seis meses.
Em todo caso, trata-se de um generoso pé de meia, ou uma fábrica inteira de meias...

Conselheiros da PETROBRAS
Valor Economico

Ata da Assembeia Geral Ordinaria da Petrobras de 8 de abril de 2009 valor para reserva para pagamento para os 9 Conselheiros: R$ 8.266.600,00
Valor anual para cada Conselheiro:R$ 918..511,11
Valor mensal:R$ 76.542,59
Alguns conselheiros:
- Min da Casa Civil: Dilma Vana Rousseff
- Min da Fazenda: Min Mantega
- Sec de comunicaçoes: Franklin Martins
- Gen Ex R1 Albuquerque- Ex Cmt do EB

Seria interessante conhecer os outros nomes...
E saber se tem concurso para conselheiro...

Fonte: http://diplomatizzando.blogspot.com/
Depois dizem que FHC privatizou as empresas. O que o PT está fazendo com a Petrobras é absurdo. Não é por nada que as principais agências de classificação de risco estão baixando suas notas para a empresa. Essa falta de controle vai acabar mal.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Substituindo caracteres usando expressões regulares no netbeans

Recentemente precisei criar um Map de países para um teste que estava fazendo. Porém eu tinha uma lista onde apareciam os nomes e as siglas dos países no seguinte formato:

AFG = Afeganistão
ALB = Albânia
BRA = Brasil
....

Como são muitos países, tive que fazer uma busca e troca no arquivo. Eu precisava transformar a lista acima em código, ou seja, eu precisava que cada linha daquela fosse transformada em algo como:
mapa.put("AFG", "Afeganistão" );
...

Para fazer isto, utilizei o Find and Replace do Netbeans com expressão regular. Abaixo os passos:

* Campo 'Find What': ([A-Z]++) = ([A-Z]*)
* Campo 'Replace With': mapa.put("$1", "$2");
* Deixe o campo 'Regular Expressions' checado.

Pronto, basta dar um Replace All e o netbeans irá trocar a linha:
BRA = Brasil
por:
mapa.put("BRA", "Brasil")

Expressões regulares são uma mão na roda...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Como fazer o Enter agir como TAB num JTable

Abaixo um código que achei na net e adaptei criando uma classe utilitária. O método controlEnterTable recebe um JTable e uma Action que será executada quando o enter for pressionado na última linha, útil para que você possa adicionar uma nova linha ao table.

public class Util {
public static void controlEnterTable(JTable tb, final Action act) {
InputMap im = tb.getInputMap(JTable.WHEN_ANCESTOR_OF_FOCUSED_COMPONENT);
KeyStroke tab = KeyStroke.getKeyStroke(KeyEvent.VK_TAB, 0);
KeyStroke enter = KeyStroke.getKeyStroke(KeyEvent.VK_ENTER, 0);
im.put(enter, im.get(tab));
final Action oldTabAction = tb.getActionMap().get(im.get(tab));
final Action tabAction = new AbstractAction() {

public void actionPerformed(ActionEvent e) {
JTable table = (JTable) e.getSource();
int row = table.getSelectedRow();
int originalRow = row;
int column = table.getSelectedColumn();
int originalColumn = column;
if ((row + 1 == table.getRowCount()) && (column + 1 == table.getColumnCount())) {
oldTabAction.actionPerformed(e);
if (act != null) {
act.actionPerformed(e);
}
table.changeSelection(row + 1, 0, false, false);
return;
}
oldTabAction.actionPerformed(e);
while (!table.isCellEditable(row, column)) {
oldTabAction.actionPerformed(e);
row = table.getSelectedRow();
column = table.getSelectedColumn();
if (row == originalRow && column == originalColumn) {
break;
}
}
}
};
tb.getActionMap().put(im.get(tab), tabAction);
}

}

Exemplo de uso:

Util.controlEnterTable(myTableInstance, new AbstractAction() {
public void actionPerformed(ActionEvent e) {
addItemTable();
}
}

É isso aí, esta é uma forma simples de implementar este recurso.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

PERDEU

ANJ Repudia atitude da PTBras

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) manifesta seu repúdio pela atitude antiética e esquiva com que a Petrobras vem tratando os questionamentos que lhe são dirigidos pelos jornais brasileiros, em particular por O Globo, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, que nas últimas semanas publicaram reportagens sobre evidências de irregularidades e de favorecimento político em contratos assinados pela estatal e suas controladas.

Numa canhestra tentativa de intimidar jornais e jornalistas, a empresa criou um blog no qual divulga as perguntas enviadas à sua assessoria de imprensa pelos jornalistas antes mesmo de publicadas as matérias às quais se referem, numa inaceitável quebra da confidencialidade que deve orientar a relação entre jornalistas e suas fontes. Como se não bastasse essa prática contrária aos princípios universais de liberdade de imprensa, os e-mails de resposta da assessoria incluem ameaças de processo no caso de suas informações não receberem um “tratamento adequado”. Tal advertência intimidatória, mais que um desrespeito aos profissionais de imprensa, configura uma violação do direito da sociedade a ser livremente informada, pois evidencia uma política de comunicação que visa a tutelar a opinião pública, negando-se ao democrático escrutínio de seus atos.

Brasília, 8 de junho de 2009
Júlio César Mesquita
Vice-Presidente da ANJ
Responsável pelo Comitê de Liberdade de Expressão

terça-feira, 2 de junho de 2009

CPI da Petrobras – Chicana governista já fala em rever os anos… 50!!!

Por Fernanda Odilla e Dimitri do Valle, na Folha:

Antes mesmo da instalação da CPI da Petrobras, prevista para hoje, a oposição vai pedir por meio de requerimentos cópia de todas os inquéritos em andamento contra a estatal e a convocação de pessoas já investigadas para os primeiros depoimentos. Integrantes da base aliada reagem produzindo pedidos para estender a apuração ao período tucano.

Encarregado pela oposição de preparar os requerimentos, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pedirá a íntegra das investigações da PF nas operações Águas Profundas (fraude em licitações), Royalties (desvio de dinheiro dos royalties do petróleo) e Castelo de Areia, que envolveu a Camargo Corrêa.

O PSDB pretende ainda levar à CPI pedido para ouvir o gerente comercial e o diretor da Iesa Óleo e Gás sobre suposta fraude de licitação na estatal. A empresa ganhou concorrência para fazer a reforma da P-14 por R$ 89 milhões e foi alvo da Operação Águas Profundas.

O objetivo é obter toda a documentação para embasar o início da investigação e ir atrás de possíveis pistas “escondidas” nos inquéritos. A oposição vai tentar explorar ainda a dificuldade dos órgãos federais em conseguir informações da estatal -reforçando a imagem de caixa-preta da Petrobras.

“Vamos responder tudo com transparência”, responde o senador João Pedro (PT-AM), cotado para presidir a CPI. Ele admite que o objetivo é solicitar informações sobre contratos e convênios firmados pela Petrobras no governo FHC.

Já um peemedebista diz que está com o pedido pronto para requisitar informações sobre relatórios referentes à estatal da década de 50 para “discutir” o papel da empresa e as mudança ocorridas nestes anos e tirar o foco das denúncias.

“O esquema montado pelo governo é para blindar tudo e tentar desmoralizar a oposição”, disse Alvaro Dias.

Para revelarem o conteúdo dos requerimentos, aliados do Planalto ainda aguardam o acordo de líderes que poderá definir na manhã de hoje os nomes dos comandantes da CPI. Os 11 titulares elegem o presidente, que indica o relator.

PT e PMDB ainda não entraram num acordo sobre os nomes. O líder petista, Aloizio Mercadante (SP), prefere que a CPI seja presidida por João Pedro e relatada por Romero Jucá (PMDB-RR). Já o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), defende Ideli Salvatti (PT-SC) na presidência e Paulo Duque (PMDB-RJ) na relatoria.

Três ministros de Lula receberam R$ 345 mil de auxílio-moradia… do Senado!!!

Por Andreza Matais e Adriano Ceolin, na Folha:

A tentativa de regularizar o pagamento de auxílio-moradia no Senado colocou em situação ilegal três ministros: mesmo depois de terem trocado o Senado pela Esplanada, Alfredo Nascimento (Transportes), Hélio Costa (Comunicações) e Edison Lobão (Minas e Energia) continuaram recebendo o benefício, o que é proibido.

Até este mês, os três ministros receberam um total de R$ 345.800. A direção do Senado mandou suspender os pagamentos a partir deste mês e estuda pedir o dinheiro de volta.

Desde 2005 como ministro, Hélio Costa recebeu irregularmente R$ 178.600 de auxílio-moradia; Alfredo Nascimento, R$ 110.200, e Lobão, R$ 57.000. Lobão pediu a suspensão do pagamento em abril deste ano, segundo sua assessoria, após ter dúvidas sobre se poderia ou não receber o benefício.

Os três ministros informaram que não sabiam da ilegalidade nos pagamentos e avisam que devolverão o dinheiro se houver uma decisão do Senado neste sentido.

O ato que regulamenta o auxílio-moradia foi revalidado na semana passada, após a Folha revelar que o mesmo havia sido revogado em dezembro de 2002. Para evitar que todos os senadores tivessem que devolver o dinheiro recebido no período sem regra, o Senado revalidou o ato com efeito retroativo a 5 de dezembro de 2002.

O texto do Senado, porém, afirma que “perderá o direito ao recebimento do auxílio-moradia” o senador quando “se licenciar para exercer cargo de ministro de Estado”.

Como ministros, os senadores poderiam optar por receber auxílio-moradia do Executivo. O valor, no entanto, é mais baixo. Enquanto o governo federal paga R$ 2.687,10, no Senado são R$ 3.800,00.

Além disso, no Executivo é preciso apresentar nota para comprovar a despesa com moradia, o que não era exigido pelo Senado até este mês.