quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Brasil não cumprirá meta fiscal

Nos últimos anos a política fiscal do governo Lula degringolou de vez. Enquanto ele mantinha o que vinha sendo feito, estava excelente. Abaixo reproduzo uma parte da matéria publicada na folha sobre o superavit. Este será o primeiro ano desde 1999 (quando as metas foram estabelecidas) que o Brasil não conseguirá cumprir a meta. E isso nada tem a ver com a crise. Só neste ano, as despesas com custeio aumentaram mais de 20%, milhares de novos empregos em Brasilia e os investimentos cresceram míseros 2%.

O governo anda distribuindo dinheiro, para o próprio FMI, antes tão odiado por Lula. Além de alguns milhões para os plantadores de coca bolivianos ( se vocês duvidam, procurem notícias recentes na internet ). E tem mais um detalhe: há alguns meses atrás o governo já havia reduzido a sua meta de superavit ( antevendo a gastança que faria ), não conseguirá nem cumprir a meta reduzida.

Sempre achei que Lula agia com má-fé durante as campanhas, e que depois de eleito mostrou sua incompetência. Não é incompetência, é má-fé também na administração. À partir do final deste ano, o Brasil estará mais endividado, o risco-Brasil vai voltar à subir, afinal ninguém arriscaria investir muito em país que não honrra a principal de suas metas fiscais e segue aumentando a sua dívida.

Mas o pior de tudo é a bomba que está sendo armada para 2011. O próximo presidente terá muito trabalho para reverter muitas coisas que estão sendo feitas por Lula.

Por Gustavo Patu, na Folha:
Dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional indicam que, pela primeira vez em dez anos, o governo federal corre o risco de não cumprir suas metas no programa de ajuste fiscal -já reduzidas, quatro meses atrás, em razão dos efeitos da crise econômica global.
Em julho, a arrecadação de impostos superou em R$ 1,4 bilhão as despesas com pessoal, aposentados, programas sociais, investimentos e custeio administrativo, mas esse superavit -que corresponde à economia necessária para o abatimento da dívida pública- foi pequeno diante dos objetivos fixados para o ano.
Nos primeiros sete meses do ano, o superavit, chamado de primário por não considerar as despesas financeiras do governo, somou R$ 22,4 bilhões, ou 52,5% da meta anual de R$ 42,7 bilhões a ser atingida, em conjunto, por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. A experiência dos seis anos anteriores do governo Lula mostra que, nesse período, sempre se cumpriu algo entre 75% e 85% do resultado anual.
Entre o saldo conseguido e o que seria necessário para manter o desempenho dos últimos anos, há uma diferença suficiente para bancar o programa Bolsa Família por um ano.
Os humores do calendário são essenciais para o cumprimento das metas -e os primeiros meses do ano são, justamente, os mais propícios para acumular superavits. No segundo semestre crescem as despesas com obras de infraestrutura, como as do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e em dezembro há deficit devido ao 13º salário dos servidores públicos.
Outros sinais demonstram como a queda das receitas e a expansão das despesas distanciaram o governo de suas metas, caso inédito desde que, por imposição do FMI, a política de superavits primários foi iniciada em 1999. Aqui

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Bate-boca entre Suplicy e Heraclito

Na reportagem feita pela Rede Globo sobre o bate-boca entre Heraclito Fortes e Suplicy, não ficou muito claro o motivo real do bate-boca. Na verdade, pareceu que Heraclito estava defendendo Sarney, o que não é verdade. O que aconteceu foi que Heraclito Fortes pediu para Suplicy dar o cartão vermelho à Lula, que é o real responsável por tudo o que está acontecendo, tanto que o PT só defende Sarney por causa de Lula.

Lula, além de conseguir destruir a sua própria imagem, está também destruindo o seu partido. Se continuar assim, em breve o PT será sinônimo de PMDB, que por sua vez é sinônimo de corrupção.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1280337-5601,00-SUPLICY+DA+CARTAO+VERMELHO+A+SARNEY+E+BATE+BOCA+COM+HERACLITO+FORTES.html

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Base se mobiliza para evitar convocação de Dilma

segunda-feira, 24 de agosto de 2009 | 3:45

Por Eugênia Lopes, no Estadão:
Depois de enterrar 11 ações por falta de decoro parlamentar contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a tropa de choque do governo vai ficar esta semana de prontidão para impedir que a oposição aprove o comparecimento da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A estratégia do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), é manter o quórum alto na comissão, impedindo que a oposição manobre e aprove a convocação de Dilma.

“O líder Jucá mandou uma convocação por e-mail para todos os peemedebistas da CCJ, a fim de que eles estejam no plenário da comissão para que não sejam aprovadas matérias fora do interesse do PMDB”, afirmou ontem o presidente do colegiado, Demóstenes Torres (DEM-GO). “Mas como todos vão estar lá, não pretendo pôr para votar os requerimentos de convocação e convite da Dilma Rousseff”, disse.

Há duas semanas, a oposição fez uma manobra para aprovar requerimento de comparecimento da ex-secretária da Receita Lina Vieira para depor na CCJ. Lina participou de audiência na terça-feira passada, na comissão, quando reafirmou ter sido pressionada por Dilma para agilizar a investigação do Fisco sobre as empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado.

No dia seguinte ao depoimento de Lina Vieira foi a vez de o líder Jucá fazer uma manobra para tentar inviabilizar definitivamente o comparecimento de Dilma na CCJ. Com o plenário da comissão lotado, Jucá apresentou dois requerimentos - um com a convocação da ministra e outro com o convite para que Dilma fosse à comissão. A ideia do governo era derrubar os dois requerimentos na CCJ e, dessa forma, impedir que a oposição voltasse a propor a convocação ou convite para a ministra. Pelo regimento do Senado, o pedido para a convocação ou convite de Dilma para falar sobre o imbróglio com Lina não poderia mais ser alvo de requerimento, caso as duas solicitações fossem rejeitadas pela comissão. Aqui