quarta-feira, 28 de julho de 2010

PT e as FARC

Índio da costa acusou o PT de estar ligado com as FARC. Foi uma gritaria, os petistas e parte da imprensa, principalmente aquela parte remunerada pelo PT ou pelo governo, ficaram indignados. Mas a ligação com as FARC existe e não é de hoje, já faz anos. Não é apenas uma evidência, são várias.

Abaixo um trecho extraído do blog do jornalista Reinaldo Azevedo, colocando "o dedo na ferida" e evidenciando que essa ligação existe e é bastante estreita. Segue o texto:

O bafafá
O que é estar “ligado” às Farc? Bem, depende, evidentemente, do que se considera “ligado”. Fazer de conta que PT e Farc são como água e óleo, por exemplo, com moléculas que não se comunicam, ah, isso é falso. Falsíssimo!

1 - O PT é um dos fundadores do Foro de São Paulo, entidade da qual as Farc faziam parte. Oficialmente, deixaram a entidade — “deixaram”, não foram expulsas. Quando estavam lá, já seqüestravam, já matavam, já mantinham campos de concentração na floresta. Sob o mesmo teto de Lula, o chefão do grupo, e de Fidel Castro, o outro chefão! Isso é estar ligado? O PT não vai me processar por isso. Não vai porque eu falo a verdade. É uma ligação?

2- Em 2005, petistas mantiveram em Brasília uma reunião com representantes das Farc. Um agente da Abin disse que a organização prometeu US$ 5 milhões ao partido. Não há comprovação de que o dinheiro tenha sido entregue. Mas a reunião aconteceu. E o PT, de novo, não vai me processar porque isso é um fato. É ligação?

3 - Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil, requisitou a mulher de Olivério Medina, representante das Farc no Brasil, para trabalhar no Ministério da Pesca em Brasília. Vai ver para catar lambari no Lago Paranoá. Num e-mail, Medina comunica o fato ao terrorista Raúl Reys (aquele pançudo que foi morto no Equador) e deixa claro que a contratação faz parte de uma operação para proteger aquela que chama “Mona” (apelido da patroa). O PT não vai me processar por isso porque o requerimento assinado por Dilma existe e porque o e-mail de Medina a Reyes existe. É uma ligação?
Assim escreveu o “marido da Mona” para o terrorista Reyes sobre a contratação:
Na segunda-feira, dia 15, a “Mona” começou em seu novo emprego e para garanti-la ou impedir que a direita em algum momento a hostilize, a colocaram na Secretaria da Pesca, trabalhando no que chamam aqui de cargo de confiança ligado à Presidência da República.

Tá bom. Publico abaixo o documento assinado por Dilma requisitando a mulher de Medina, uma grande especialista em… pesca!

dilma-solicita-mulher-de-medina

- Reportagem do jornal El Tiempo, da Colômbia - integra aqui, demonstra que Medina continua ligado aos terroristas. Na verdade, é um dos chefões de uma organização que tem 400 núcleos espalhados pelo mundo. No Brasil, segundo o El Tiempo, ele responde pela troca de drogas por armas. E sua mulher, não obstante, foi requisitada pessoalmente por Dilma para trabalhar em Brasília. O PT não vai me processar por isso porque a reportagem, com fartura de dados, existe. Isso é uma ligação?

- A Revista Cambio, da Colombia, publicou uma série de e-mails que estavam no computador do terrorista Raul Reyes, morto por forças colombianas no Equador, listando aqueles que seriam “os amigos” das Farc no Brasil, a saber: José Dirceu, Roberto Amaral, Gilberto Carvalho, Erika Kokay, Celso Amorim, Marco Aurélio Garcia, Perly Cipriano (da Secretaria de Direitos Humanos), Paulo Vannuchi e Selvino Heck, assessor de Lula. A integra da reportagem da revista colombiana está aqui. Carvalho, chefe de gabinete de Lula, chegou a se manifestar. Disse ter intercedido em favor de Medina quando estava preso por motivos humanitários. Marco Aurélio afirmou que os e-mails eram uma armação. A Interpol o desmentiu: são verdadeiros. O PT não vai me processar por isso porque os e-mails existem, e a reportagem existe. Não vai também porque o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, forneceu os documentos a Lula. Não aconteceu nada.

No e-mail, datado de 29 de julho de 2005, por exemplo, Medina escrevia para o chefão do terror: “Os amigos daqui [do Brasil] me advertiram que deveria ficar atento, pois há uma comissão da Procuradoria que tem uma ordem de captura”. Em seguida, Medina diz que esses amigos lhe asseguraram que não deveria se preocupar porque “a cúpula do governo com apoio de Celso Amorim estavam a par. Eles não apoiariam uma captura por crimes políticos”. Isso é uma ligação?

Em entrevista histórica ao jornal Le Figaro, Marco Aurélio Garcia, aquele que aparece como amigo das Farc na revista Cambio, afirma que o Brasil é neutro sobre o caráter terrorista das Farc. Marco Aurélio acha que um grupo que seqüestra, degola, assalta, faz tráfico de droga não pode ser considerado ainda terrorista. A entrevista está neste link: ESCÂNDALO! ESCÁRNIO! ESTUPIDEZ! É TOP TOP GARCIA NA ÁREA. E vocês certamente se lembram da imagem inesquecível deste senhor, com o seu chapéu Panamá, se embrenhando na selva, numa operação liderada pela turma de Chávez, para libertar reféns, numa operação NEGOCIADA com as Farc, que não tinha o endosso do governo colombiano. O PT não vai me processar por isso também. Porque isso também é um fato.

Encerro
Não sou político, não pertenço a partido nenhum e não preciso dançar o minueto com o PT. Se Lula pode subir num palanque em Diadema e MENTIR que o governo de São Paulo cria dificuldades para as obras do PAC dentro do Estado, acho que posso falar a verdade sobre este binômio “PT-Farc”. A reação petista tem muito de cálculo. Segundo li, está mais interessado em desqualificar o deputado Índio da Costa, com a ajuda das franjas petistas ou filopetistas da imprensa, do que em negar propriamente a ligação com as Farc. Usa a entrevista do outro como uma janela de oportunidades.

O PT gosta de democracia? Não gosta! E a VEJA fez muito bem em estampar na capa, na edição passada, o monstrengo do autoritarismo. Ou aquele programa do “rubriquei, mas não traguei” não era mais uma iniciativa, entre tantas, para censurar a imprensa? O Brasil está mais democrático com o PT? Uma ova! Crescimento econômico e distribuição de renda podem se combinar bem com democracia, mas não são coisas sinônimas. Um governo que viola o sigilo bancário de um caseiro e o sigilo fiscal de um dirigente da oposição não está mais democrático, mas menos. Já expliquei aqui por quê. Confundir melhoria das condições de vida com mais democracia é coisa que agrada a ditadores. Ou o Brasil do ciclo militar foi mais democrático do que o país que o antecedeu?

Se o PT não quer ser confundido com um partido da desordem, que, então, não se confunda com ele. Ademais, as Farc não são o único grupo terrorista com o qual a legenda já flertou. Lula já manifestou o interesse em bater um papinho com o Hamas. E é hoje o grande aliado de Ahmadinejad, que financia o terror em três outros países.

Entendo que o PT, os petistas e os jornalistas isentos estejam bravos. Mas não dá pra turma posar de vestal indignada a esta altura do campeonato. Se o PSDB e até o DEM ficam com receio de chamar as coisas pelo nome, eu não fico. Com os devidos links para o divertimento dos meus leitores.

Pronto, queridos! Agora deixem o Tio Rei curtir o seu calor, enquanto vocês amargam esse frio desgraçado do aquecimento global…

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ajuda "humanitária" para o Hamas



O vídeo mostra que os soldados não chegaram atirando como falam os terroristas-humanitários. Pelo contrário, só abriram fogo depois de um soldado ser espancado por vários ativistas com barras de ferros e de outro soldado ser jogado pra fora da embarcação.

Israel já tinha avisado que se eles tentassem chegar à Gaza seriam impedidos, solicitou que os mantimentos fossem descarregados num porto de Israel para inspeção e depois proseguiriam por terra até Gaza, o que é normal na situação em que se encontram os 2 estados.

Mas não, os valentes queriam confusão... e conseguiram. Agora acusam Israel de força desproporcional. Israel poderia ter disparado um missil, assim como fez a Coréia do Norte com o navio da Coréia do Sul. Poderia ter atirado dos helicópteros. Poderia ter bombardeado de longe. Mas não fez, e não fez porque os soldados desceram para conversar e tirar os barcos daquela rota. Mas ao chegar no navio foram alvejados com pedras, barras de ferro, cadeiradas, etc... e tiveram que reagir.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Encontro de Lula com Ahmadinejad

A foto acima é uma montagem, mas reflete o que foi o "acordo" feito entre Lula e Ahmadinejad. Lula foi ao encontro ( com uma delegação de mais de 300 pessoas em 2 aviões de passageiros e mais um de carga ), com alguns propósitos:
  • Fazer campanha: Ele já voltou de lá se dizendo o pacificador da "nova ordem" que na cabeça dessa gente deve existir. Qualquer pessoa sabe que não existe "nova ordem", mas eu tenho certeza de que no próximo horário eleitoral Lula estará sendo endeusado como pacificador e negociador internacional.
  • Alinhamento ideológico: Ahmadinejad, assim como Lula, é contra o imperialismo ocidental. Lula tenta tirar o Brasil do ocidente e levar para o "oriente ideológico", se ele pudesse, levaria fisicamente.
  • Afrontar os EUA: não é de hoje que Lula faz isso. Volta e meia ele faz alguma besteirinha pra afrontar os EUA. Já fez no caso de Honduras e, como todo mundo viu, fez a coisa errada. Honduras não foi vítima de golpe como quer o Brasil e a Venezuela, os EUA demoraram mas perceberam que o que aconteceu em Honduras foi uma deposição de um presidente feita de acordo com os princípios constituicionais daquele país. O porta-voz do governo americano já falou que o acordo não agrada, logicamente.
Na prática o acordo não vale absolutamente nada para o Irã. Tudo o que os aiatolás querem é ganhar tempo, é isso que o acordo vai dar à eles. Acordos semelhantes já foram feitos com a Rússia, China e países europeus, sendo que Teerã não cumpriu nenhum. Porque dar mais uma chance? Se o programa nuclear iraniano fosse pacífico, porque impedir a inspeção da AIEA que é feita em todos os países inclusive o Brasil?

O tempo que o Irã está ganhando não será suficiente, eu espero, para que eles consigam finalmente construir sua bomba. A própria Coréia do Norte está tentando há muito tempo e até agora só conseguiu uma bomba inviável para ser colocada em foguetes. Porém, são mais alguns passos que os países ocidentais estão permitindo à eles. Onde isso vai parar?

Logicamente o país que mais teme a bomba iraniana é Israel. O Irã nunca conseguiria atingir os EUA nem o Japão nem qualquer país Europeu. Mas consegue facilmente atingir Israel.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Acordo entre Brasil e Irã

Coluna de Diogo Mainardi, na Veja.

“O Brasil é uma espécie de Macaé do mundo. Isso é uma sorte. Se o Brasil fosse a Inglaterra, Lula já estaria consagrado como o nosso Chamberlain. Sempre que alguém quer guerrear, surge algum pateta tentando ser intermediário da paz. Em 1938, o primeiro-ministro da Inglaterra, Chamberlain, viajou para a Alemanha para negociar olho no olho com Hitler. Depois de alguns encontros, eles assinaram um tratado de paz, pelo qual Hitler se comprometia a ocupar apenas uma parte do território da Checoslováquia. Chamberlain voltou à Inglaterra comemorando a paz. Seis meses mais tarde, Hitler atropelou Chamberlain e ocupou o resto da Checoslováquia. Em seguida, ocupou a Europa inteira.

Se Lula é o Chamberlain de Macaé, Mahmoud Ahmadinejad só pode ser o Hitler de Macaé. Como Hitler, ele mata seus opositores. Como Hitler, ele persegue as minorias. Como Hitler, ele tem um plano para eliminar todos os judeus. Só lhe falta o poder de fogo, porque um Macaé, felizmente, é sempre um Macaé. O papel de Lula é esse: dar-lhe algum tempo para que ele possa obter uma arma nuclear. Na semana passada, um articulista do Washington Post chamou Lula de “idiota útil” de Mahmoud Ahmadinejad. O articulista está certo. Mas há outros “idiotas úteis”, além de Lula. O G15, reunido neste domingo no baile funk iraniano, conta também com a Venezuela, de Hugo Chávez, com o Zimbábue, de Robert Mugabe, e com a Indonésia, de Susilo Bambang Yudhoyono, eleito pela Time, em 2009, uma das 100 personalidades mais influentes do mundo. Time é uma espécie de VEJA de Macaé.”

sexta-feira, 14 de maio de 2010

QUANDO O CRIME COMPENSA

sexta-feira, 14 de maio de 2010 | 5:11 ( Blog do Reinaldo Azevedo )

As piadas no Brasil costumam nascer prontas, saídas mesmo da própria natureza dos fatos. Pouco mais de uma hora depois que a mais escandalosa afronta à Lei Eleitoral de que se tem notícia foi ao ar — o horário político do PT (ver posts de ontem) —, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu punir o PT pelo programa exibido em dezembro do ano passado: multa de R$ 20 mil para o partido, de R$ 5 mil para Dilma Rousseff e cassação do próximo horário semestral do partido, previsto para… 2011 — ano em que não haverá eleição!!!

Atenção! O programa de dezembro foi muito mais brando do que o de ontem. Se uma das punições era a cassação do horário seguinte a que o partido teria direito, por que, então, não se evitou a ilegalidade desta quinta? A resposta é de fazer corar as catedrais: porque o TSE não conseguiu julgar a tempo a representação das oposições! O PT escarnece das leis de caso pensado. O TSE… Bem, o TSE, eu não sei.

Este é o tribunal que cassou governadores de estado e que pôs em seu lugar opositores que não tinham sido eleitos por ninguém! Isso dá uma medida do seu poder. Pode muito! Só não pôde julgar a tempo uma representação que coibiria um crime anunciado.

Crime anunciado? Sim, senhores! O jornalismo já havia antecipado o espírito do programa do PT. Eu mesmo escrevi um longo texto na madrugada de ontem sobre o que chamei de “celebração de mentiras sobre o passado e sobre o presente”. Estava claro que o PT forçaria a mão no horário político para tentar mover a candidata Dilma Rousseff, que andou se atrapalhando, enroscada em seus próprios… méritos, digamos assim.

É evidente que eu não estou aqui a advogar que se aplicasse uma punição antecipada, por algo que nem mesmo tinha ido ainda ao ar. Ao contrário: estou afirmando que o partido deveria ter sido punido POR AQUILO QUE FOI AO AR EM DEZEMBRO. Só que o julgamento deveria ter ocorrido a tempo para que não estivéssemos agora diante do que se caracteriza como um prêmio ao crime.

O PT, então, vai pagar alguns tostões de multa — imaginem o que representam R$ 25 mil reais em meio aos milhões que circulam numa campanha — e vai perder o tempo a que teria direito no semestre que vem, que nem é ano eleitoral!? A conclusão é uma só: o crime compensa. Assim, ou se opta pelo erro ou se passa, então, por bobo. O programa do DEM será no dia 27 de maio; o do PPS, em 10 de junho, e o do PSDB, 17 do mesmo mês. O que deve fazer cada um desses partidos? Respeitar a lei e dar ao PT a vantagem comparativa de mandar a legislação às favas ou responder na mesma moeda, apostando numa multa irrisória e na perda do tempo em 2011, quando os programas serão mesmo irrelevantes? Não fazê-los será até medida de economia!

Civilizados, diremos todos: “Não! Há que se seguir a lei! Um erro não justifica o outro!” E assim segue, então, o PT, sempre confiando que a coerência é uma cruz que deve ser carregada apenas por seus adversários, nunca pelo próprio partido? Boa parte das facilidades que Lula encontrou para governar, diga-se, decorreu deste fato: as oposições votaram com seus princípios; o PT, com o oportunismo. A mini-reforma da Previdência que o partido fez, por exemplo, contou com apoio dos adversários — afinal, elas haviam defendido aquelas medidas quando governo. O PT é que as havia bombardeado quando oposição. Propostas que os petistas, como governistas, defendiam na esfera federal, eles rejeitavam em São Paulo como oposicionistas. Eis o PT: na oposição, sabota quem está no governo; no governo, sabe que não será sabotado. Lembro tais questões, de outra área, para evidenciar que o partido não tem compromisso com a civilidade política.

O programa foi um vale-tudo escancaradamente eleitoral. E já se sabe que há um instituto de pesquisa, o Sensus, encerrando seu campo justamente amanhã. Alguém poderá dizer: “Pô, Reinaldo, isso não caracteriza nenhuma forma de manipulação; afinal, reproduz o ambiente da campanha tão logo comece o horário eleitoral; Lula estará ao lado de Dilma na TV, afirmando aquelas mesmas coisas”. É verdade! Só que os adversários da petista também estarão na TV, com programas eleitorais.

Esse coquetel envolvendo ilegalidades e malandragem é um golpe de força que o PT aplica para tentar, nem que seja na porrada, empatar um jogo que, todos sabem, começou mal para Dilma Rousseff. E noto: pouca importa o efeito que a pantomima de ontem possa ter. Essa não é a questão mais importante. O que constrange é ver o presidente da República, em pessoa, a ser o mestre de cerimônias da mais descarada ilegalidade.

E não é a primeira vez. Sou obrigado a lembrar de novo que Jackson Lago, governador do Maranhão, acabou cassado porque seu antecessor e aliado fez numa solenidade rigorosamente o que Lula fez por Dilma Rousseff naqueles eventos ilegais de que ela participou e que custaram ao presidente não mais do que duas multas de R$ 5 mil. Em novo ato ilegal, ele fez chacota das punições.

O que se está aqui cobrando de tão formidável ao presidente e aos petistas? Que respeitem as regras do jogo. E que o TSE seja um pouco mais célere para sacar o cartão amarelo.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

DILMA, O CAVALO DE TRÓIA

sexta-feira, 7 de maio de 2010 | 5:25 - Blog do Reinaldo Azevedo

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, foi na terça-feira à noite a um encontro com Michel Temer (PMDB), presidente da Câmara, declarar a sua rendição. Mas não bastou. Saiu do encontro sem o “sim” definitivo. A mercadoria já subiu de preço. E isso começa a revelar o chamado “custo PMDB”, que também pode ser chamado de “Risco Dilma”. Explico-me.

Depois de Lula ter sido malsucedido na tentativa de sabotar a candidatura de Temer a vice na chapa encabeçada por Dilma, restou aos petistas fazer o “convite”. Os peemedebistas exigiram o ritual de humilhação. Afinal, era preciso que uma coisa ficasse muito clara: entre PT e PMDB, quem não tem opção é o partido de Lula. O outro sempre pode bandear-se para o lado do tucano José Serra, como farão alguns diretórios regionais, levando consigo seu latifúndio televisivo. O PT lideraria, nessa hipótese, uma coligação de nanicos ou quase-nanicos. E ficaria ainda mais dependente do “fator Lula”.

Seria uma tragédia. Serra certamente não dispensaria o PMDB, mas sua postulação não depende do apoio do gigante. Sem o PMDB, a candidatura de Dilma ficaria extremamente fragilizada, apesar do amparo de Lula.

Os peemedebistas sabem que seu apoio não tem preço — ou melhor: tem um preço enorme. Nesse particular sentido, a boa largada do tucano e a impressionante soma de trapalhadas da petista fazem o PMDB valorizar ainda mais a mercadoria. Na sua habitual arrogância, Lula e os petistas acreditaram poder engabelar Temer, Sarney, Renan e moralistas do gênero e impor a solução Henrique Meirelles — uma espécie, assim, de PMDB sem peemedebismo. Deu errado, como se sabe.

Pois bem! Dilma fez o convite, mas o PMDB, olhem que coisa, fez-se de rogado — ou “de estreito”, como diria o Marquês de Sade… Não declarou apoio, não! Temer está muito honrado, claro, claro, mas decisão mesmo, para valer, só em junho. Esse negócio de partir já para o rala-e-rola é coisa para PC do B, PSB, PDT, os que não têm como impor a sua vontade. Os peemedebistas pretendem dar a palavra final só no dia 12 do mês que vem, véspera da convenção do PT.

Há chances reduzidíssimas, próximas de zero, de o PMDB “nacional” não fechar com Dilma, embora os diretórios regionais tenham liberdade para fazer o que acharem melhor. Mas, enquanto a possibilidade existe, os peemedebistas fazem como os deuses antigos, segundo Fernando Pessoa: “vendem quando dão”, e os petistas tentarão “comprar a glória com desgraça”. Os minutos do partido na TV custarão a imposição de soluções regionais a que o PT aqui e ali vai resistir inutilmente. É o caso, por exemplo, de Minas Gerais. O PMDB não aceita qualquer solução que não seja Helio Costa na cabeça de chapa. A decisão, que todos sabem qual é, sai daqui a um mês.

Dilma, está posto, não é Lula. Os peemedebistas estão demonstrando que já a fizeram refém do partido — e isso será o normal caso ela se eleja presidente da República. Vejam que fato curioso, notável mesmo! Ao tentar o seu terceiro mandato por procuração, escolhendo para protagonista da peça a camareira tarefeira — e Dilma não tem a desenvoltura de Anne Baxter em All About Eve —, Lula jogou a sorte da candidatura de seu partido no colo do PMDB e de seus notáveis patriotas. Mais do que isso: caso Dilma seja eleita, jogou a sorte do país.

Sim, todos têm aliados incômodos, até Marina Silva. A questão não é essa. O caso de Dilma é um pouco diferente. Se vocês não gostam da fachada petista que tem a sua candidatura, saibam que isso é só a parte externa mesmo do Cavalo de Tróia. O ventre do bicho está lotado de peemedebistas prontos para fazer com o país o que os gregos, afinal, fizeram com Tróia..

quarta-feira, 28 de abril de 2010

UMA GRANDE FARSA DO PETISMO CHEGA AO FIM!

quarta-feira, 28 de abril de 2010 | 5:17 ( Blog do Reinaldo Azevedo )

O texto ficou um pouco longo, mas peço que vocês leiam até o fim. Uma das grandes farsas dos petistas, que eles tentam requentar até hoje, chega ao fim. A partir de agora, chamem de vigaristas, sem susto, os que insistirem na mentira.
*
Uma das tramóias mais bem-urdidas contra o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e alguns de seus auxiliares mais competentes foi a que inventou o escândalo que nunca existiu: o da privatização da Telebras. O PT nadou de braçada no caso e aproveitou para criar um mito, endossado por parte significativa da imprensa, de que grandes crimes se cometiam ali: o primeiro, claro, seria a venda propriamente; o segundo, a suposta manipulação do leilão; o terceiro, o financiamento supostamente irregular do BNDES. A empresa foi privatizada em 1998 — há 12 anos, portanto. O desfecho de uma ação de improbidade administrativa contra os agentes públicos que promoveram a privatização teve seu julgamento há pouco menos, acreditem!, de duas semanas. E ATESTA A ABSOLUTA LISURA DA VENDA. Acompanhei, em parte, não digo o sofrimento — que não pretendo ser dramático —, mas o esforço de ao menos uma das pessoas colhidas pela rede de maledicência: Luiz Carlos Mendonça de Barros. Eu o conheci em 2001 e me tornei seu amigo, o que muita gente sabe. Amizade de que muito me orgulho.

Ele foi uma das pessoas que tiveram de provar, acreditem!, a sua inocência sem que jamais tenha sido apresentada uma única prova de sua culpa, nessa fabulosa inversão muito comum no Brasil. Um roteiro verdadeiramente surrealista! Antes que exponha alguns detalhes da sentença judicial, uma pequena digressão.

A digressão importante
As privatizações promovidas no governo FHC, responsáveis por boa parte do que há de virtuoso no governo Lula, sempre foram um cavalo de batalha ideológico, alimentado a fantasia de que o bem público havia sido entregue, “a preço de banana”, ao capital estrangeiro em processos suspeitos. Aiatolás da imprensa, como Elio Gaspari, escreviam e escrevem ainda sobre a suposta “privataria tucana”.

Pois bem! Não há ato oficial que tenha sido mais investigado, revirado, esmiuçado, do que a venda das ações da Telebras. E o que se tem é uma penca de pareceres, análises e sentenças judiciais atestando não apenas a lisura do que se fez, mas também o esforço das pessoas responsáveis por aquele processo para valorizar o patrimônio público.

Infelizmente, poucos parecem se interessar pela sentença atestando a legalidade de tudo o que se fez, com um exaustivo relatório do Tribunal de Contas da União que lhe dá suporte, em detalhes, Afinal, diriam os aiotolás, repetindo frase famosa de “seu” guia: “Por que a gente vai agora se subordinar à decisão de um juiz, não é mesmo?” Sim, senhores! O corredor polonês de uma perseguição política pode demorar longos 12 anos.

Belo Monte está aí! Agora conhecemos o jeito petista de fazer as coisas! No que há de virtuoso, segue, como sempre, o que o PSDB já fez: o BNDES entra como financiador da operação; os fundos de pensão são mobilizados para participar de consórcios. No passado, tais ações eram consideradas crimes. Mas o PT também inova, aí fazendo o que não presta: em vez de atuar para garantir a concorrência, como na privatização da Telebras, atua para eliminá-la; o BNDES financia agora nada menos de 80% da operação; em vez de chamar o capital privado para investir, mobiliza quase exclusivamente recursos do estado, que poderiam ter outra destinação. Saindo a usina, em vez de concorrência, haverá a distribuição de lotes de obras entre as empresas. Serve a máxima: o que há de bom no processo de Belo Monte não é novo, e o que há de novo não é bom.

Ah, sim: há uma outra diferença: setores petistas do Ministério Público se mobilizaram com unhas e dentes contra os agentes do governo que promoveram a privatização da Telebras. No caso de Belo Monte, foi o governo que decidiu processar o Ministério Público e o juiz por terem tentando impedir o leilão. Entenderam? Fim da digressão.

Agora a decisão judicial
O Ministério Público Federal entrou com uma ação civil pública por improbidade administrativa pedindo a anulação da privatização da Telebras e a condenação dos “réus” pela prática de ato de improbidade administrativa, com penas pesadíssimas, em caso de condenação, que incluíam “perda de direitos políticos” e “ressarcimento integral do dano”. Entre os acusados, estavam Luiz Carlos Mendonça de Barros (então ministro das Comunicações), André Lara Rezende e José Pio Borges, ex-presidentes do BNDES.

O juiz Moacir Ferreira Ramos, da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, já havia julgado improcedente a ação. E justificou: o MP não apresentou as provas. Mais: havia a decisão nº 765/99 do Plenário do Tribunal de Contas da União, que concluiu não haver qualquer irregularidade no processo. Não adiantou! O MP recorreu. Há duas semanas, o Tribunal Regional Federal do Distrito Federal decidiu.

O voto do juiz Tourinho Neto, na sua clareza, chega a ser VIRTUOSAMENTE ESCANDALOSO. Explico-me: expõe os momentos verdadeiramente orwellianos a que Luiz Carlos e os outros foram expostos. Por que “orwellianos”? Porque, muitas vezes, a verdade chegava a ser o exato oposto da acusação!

O voto é inequívoco, indubitável! Sabem a satanizada — pelos petistas, por Gaspari e por outros que não entendem do assunto — privatização da Telebras? Seguiu os mais rigorosos ritos legais! Sabem a acusação de “manipulação do leilão”? Foi atuação para valorizar o patrimônio público. Sabem a acusação de que se os cofres públicos perderam com juros supostamente camaradas? De camaradas, eles nada tinham. Quando tiverem um tempinho, leiam a íntegra do documento. Está aqui.

O voto
Segue um trecho da conclusão. Depois destaco alguns aspectos específicos:
“Conforme exposto acima, não restaram provadas as nulidades levantadas no processo licitatório de privatização do Sistema Telebrás. Da mesma forma, não está demonstrada a má-fé, premissa do ato ilegal e ímprobo, para impor-se uma condenação aos réus. Também não se vislumbrou ofensa aos princípios constitucionais da Administração Pública para configurar a improbidade administrativa.”

O Ministério Público acusou oito irregularidades, uma a uma descaracterizadas pelo juiz. Os interessados podem ler a íntegra. Reproduzo as mais, digamos assim, famosas:

Acusação de empréstimo a juros camaradas:
a concessão de seis empréstimos ilegais às pessoas jurídicas acima citadas, com juros bem inferiores aos praticados pelo mercado (TJLP+6% a.a.), o que teria configurado empréstimos de favor;
Sentença demonstra que aconteceu o exato contrário:
Verifica-se, ainda, que a concessão de empréstimos às pessoas jurídicas com base na TJLP+6% a.a. não eram bem inferiores aos praticados pelo mercado, eis que o índice previsto no edital — IGP-DI + 12% a.a. —, nos meses de junho e agosto de 1998, encontrava-se no patamar de 1,70% ao ano, enquanto o oferecido pelo BNDES perfazia patamar de 10,63% ao ano, portanto, bem maior que o anterior. Assim, a TJLP+6% a.a. representava encargos anuais de 16,63%, encontra o IGP-DI + 12% a.a. representava encargos anuais de 13,70%.

Acusação de participação irregular dos fundos de pensão e de atuação dos agentes públicos para beneficiar o grupo Opportunity:
a permissão de participação relevante da PREVI e outros Fundos na Tele Norte Leste, em violação à Lei Geral das Telecomunicações, ao edital e ao Plano Geral de Outorgas, uma vez que já participavam da Tele Centro Sul Participações, da Telemig Celular e da Tele Norte Celular;

Sentença desmonta a tese:
A participação da Previ não se dava no consórcio Telemar, mas no consórcio Opportunity, que foi excluído do leilão em razão de ter adquirido antes a Tele Centro-Sul Participações S.A..(…)
Ora, nas conclusões do Ministério Público que atua junto ao TCU, em relatório de inspeção, sob a lavra do Procurador Geral Lucas Rochas Furtado, entendeu-se que os responsáveis não visavam favorecer em particular o consórcio composto pelo Banco Opportunity e pela Itália Telecom, mas favorecer a competitividade do leilão da Tele Norte Leste S/A, objetivando um melhor resultado para o erário na desestatização dessa empresa (fls. 2745/2747).

Comento
Vocês entenderam direito, sim. Ao descaracterizar a acusação, a sentença lembra relatório do TCU em que aquela famosa “manipulação do leilão”, que teria tentando beneficiar o Opportunity, não passou, de fato, de um esforço PARA OBTER UM MELHOR RESULTADO PARA O ERÁRIO.

Encerrando
Durante longos 12 anos, a reputação de pessoas honradas, que, atestam TCU e Justiça, atuaram para valorizar o patrimônio público, foi parar na lata do lixo. Imaginem o que isso significa de desgaste emocional, familiar, profissional e, sim, se querem saber, de custo mesmo. Imaginem o que é ver o seu nome associado a uma suposta “privataria” quando se tem a consciência de que nada se fez de errado.

TCU, Justiça e, pasmem!, até os petistas atestam que todo o processo se caracterizou pela mais absoluta lisura — o “eles” teriam feito um escarcéu. E a sentença inocentando os que viraram, durante algum tempo, a Geni do Brasil parece não interessar. É como se uma acusação falsa que já dura 12 anos já fizesse parte da paisagem.

O PT já tentou, neste 2010, a exemplo da vigarice de 2006, ameaçar com o “risco de privatização do patrimônio público” caso Serra vença a eleição presidencial. É claro que o partido sabe que se trata de uma mentira. Mentirosas eram as acusações sobre a privatização da Telebras, mas foram decisivas para afastar da vida pública um dos homens mais competentes que passaram por lá: Luiz Carlos Mendonça de Barros. Quem ganhou com isso? Os que fazem, por exemplo, esse grande monte em Belo Monte! Ou o fantástico “modelo Dilma” de concessão das rodovias federais. Seu “pedágio baratinho” é uma espécie de homenagem aos cadáveres da “Estrada da Morte”.

A farsa petista chega ao fim para alívio das pessoas de bem enredadas nessa teia surrealista. Mas o país continua à mercê de mistificadores. Não custa lembrar que, no caso da telefonia, Lula atuou ativamente também, mas para restabelecer uma espécie de monopólio, agora privado. E com a ajuda do BNDES. Quando o banco decidiu financiar a compra da Brasil Telecom pela Oi, uma lei ainda impedia a operação. Quando o presidente mudou a lei só para “legalizar” a transação, o banco oficial já havia dado o seu aval. Isso, sim, é que é um governo ético!

FHC era um reacionário: no seu governo, faziam-se negócios de acordo com as leis. Lula é um progressista: fazem-se as leis de acordo com os negócios. Os primeiros iam parar no banco dos réus. estes outros mandam os outros para o banco dos réus. Aqueles eram enforcados sem errar. Estes erram e enforcam.

Mas vai passar. Vão passar!

terça-feira, 6 de abril de 2010

A melhor coisa que Lula fez pelo Brasil foi nada

Da BBC Brasil:

Desde que o Brasil descobriu novas e promissoras reservas de petróleo na sua costa em 2007, o país parece ter abandonado várias reformas que deveriam deixá-lo em sintonia com sua ambição de conquistar um lugar entra as nações mais industrializadas do mundo.

É o que diz um artigo no Wall Street Journal nesta segunda-feira assinado por Mary Anastasia O’Grady, editora e colunista do jornal americano de finanças.

O texto, intitulado “Contenha seu entusiasmo pelo Brasil”, questiona o otimismo manifestado no país sobre o sucesso das parcerias público-privadas na reinvenção “de um Brasil com sua nova riqueza”.

O’Grady se refere em particular ao entusiasmo manifestado pelo empresário carioca Eike Batista em uma recente passagem por Nova York.

Ela conta que Batista, apontado como o homem mais rico do Brasil e o oitavo mais rico do mundo pela revista Forbes, “encantou a plateia com seu entusiasmo, não apenas por seus próprios projetos no desenvolvimento da exploração de petróleo, de portos e de estaleiros, como também pelo seu país”.

“Apesar dos muitos erros do passado, ele (Batista) disse que o Brasil mudou e está pronto para reclamar seu lugar de direito entre as nações industrializadas”, escreve.

Mas a autora do artigo se diz “cética” quanto ao otimismo de Batista, e se pergunta se o resto do país também vai se beneficiar das oportunidades que se abriram para o empresário no setor de gás e petróleo.

“Quanto mais a elite do país fala sobre sua parceria público-privada para reinventar o Brasil com sua recém descoberta riqueza, mais soa como o mesmo velho corporativismo latino”, diz ela.

O’Grady admite que o Brasil melhorou “em relação ao que era em meados da década de 90, quando hiperinflação alimentou caos nacional”, e disse que “o crédito por controlar os preços vai para o ex-presidente de dois mandatos (Fernando) Henrique Cardoso, cujo governo implementou o Plano Real”.

A autora minimiza o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no comando do país, dizendo que “uma revisão de sua gestão revela que a melhor coisa que ele fez como chefe-executivo do país foi nada”.

“Além da reforma da lei de falências e a melhoria da legislação relativa a seguros, ele (Lula) fez muito pouco.”

A jornalista considera positivo que mudanças sejam gradativas, mas diz que “o problema é que desde que o Brasil descobriu petróleo abundante na costa em 2007, parece ter abandonado até as reformas modestas”.

No artigo, ela sugere que faltam reformas que facilitem a operação de muitas empresas de pequeno e médio porte.

Citando um relatório do Banco Mundial de 2010, O’Grady diz que o Brasil não tem um bom histórico em relação à abertura de empresa, pagamento de impostos, contratação de funcionários e obtenção de alvará de construção.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

PAC 2 começa mas PAC 1 nunca termina

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é mais um jogo de palavras bonitas que o governo do PT não consegue transformar em realidade. Não passa de uma peça de propaganda da candidatura Dilma Rousseff, dita a “Mãe do PAC”.

Para esconder o fracasso, o governo maquia dados. Obras estão atrasadas? Muda o prazo de entrega, e o atraso some do balanço. Ou, então, “fatia” a obra para dizer que esse ou aquele pedaço foi entregue.

O problema não é só a incompetência. Como em quase tudo na gestão do PT, sobram indícios de irregularidades nas obras, apontadas pelo TCU.

Fatos

. Mais de 3 anos depois de anunciado com estardalhaço pelo governo, das 12.520 obras e ações previstas, apenas 1.229, 9,8% do total, estão concluídas.

. Levantamentos feitos com base em dados do próprio governo mostram que 7.715 projetos não saíram do papel: 61,6% do total.

. De acordo com o volume de dinheiro investido, o resultado também é desanimador: apenas 32,9% dos recursos foram utilizados – menos de 1/3, em 3 dos 4 anos do segundo mandato de Lula.

. Aeroportos do PAC estão com até 41 meses de atraso. O plano de dragagem dos portos teve até agora uma única obra concluída.

. O TCU fiscalizou apenas 4% das obras do PAC. Achou irregularidades em 0,5%. A partir dessa constatação, o Congresso ordenou a paralisação de 4 obras, para quais estão previstos investimentos de R$ 20,4 bilhões.


quarta-feira, 31 de março de 2010

PT convoca militantes para a baderna

Esse pessoal é realmente valente, não tem medo das leis e nem de repreensão do povo. A Apoesp, cuja presidente é militante do PT está organizando uma manifestação explicitamente política. O próprio José Dirceu está convocando os militantes do PT em seu blog, e não tem a menor vergonha de dizer que essa é uma manifestação política ( o que é proibido ) e não sindical.

Uma das críticas à José Serra, governador do estado de São Paulo é em relação ao programa de bonificação por mérito que ele criou. De acordo com esse programa, o professor que estuda, se atualiza e tem boas notas nas provas anuais promovidas pelo governo vai recebendo incremento no salário em forma de bonificação.

Essa é uma maneira de fazer com que os professores não se acomodem e continuem estudando durante toda a vida. Mas para o PT isso está errado, eles querem que volte o sistema antigo, de bonificação sem mérito.

Afinal essa é a filosofia das esquerdas, a filosofia da igualdade. É muito difícil para essa gente perceber que quando se iguala 2 pessoas, o melhor sempre sai perdendo. É difícil entender que o mérito individual também tem seu valor e deve ser recompensado.

Serra já havia tentado emplacar esse plano há uns 2 anos atrás, teve que recuar devido à protestos da Apoesp. Agora, o sistema entrou em vigor pra valer, e logicamente aqueles professores acomodados que não querem estudar estão indignados e se juntaram ao PT para protestar contra o governador. Nas palavras da presidente da Apoesp, eles vão "quebrar a espinha dorsal do governador".

Abaixo o editorial do Estadão falando sobre o assunto.

Dois anos após o embate entre delegados e investigadores armados e a tropa de choque da Polícia Militar, durante a greve da Polícia Civil, as cercanias do Palácio dos Bandeirantes voltaram a ser palco de pancadaria, desta vez com os professores da rede pública estadual. Os líderes da categoria sabiam que a legislação veda manifestações no local e, mesmo assim, tentaram realizar um ato de protesto na sexta-feira, sabendo que a PM seria obrigada a reagir.

Como era inevitável, a provocação resultou em violência, deixando um saldo de 26 feridos. E, apesar de o professorado ter invocado reivindicações de natureza salarial para justificar uma passeata ilegal, o caráter político e eleiçoeiro da iniciativa foi explicitado pela presidente do sindicato dos docentes, Maria Isabel Noronha, que é filiada ao PT e que havia participado na noite anterior de evento político com a ministra Dilma Rousseff. “Estamos aqui para quebrar a espinha dorsal do PSDB e desse governador”, disse ela do alto de um carro de som, incitando os manifestantes a romper o cordão de isolamento formado por cerca de cem PMs, nas cercanias da sede do governo.

O protesto, que resultou em fotos da pancadaria largamente exploradas por simpatizantes do PT para denunciar a “violência de Serra”, foi engrossado por estudantes e integrantes de outras categorias vinculadas à CUT, o braço sindical da agremiação. Essa manifestação faz parte de um plano de provocações e de invasões com o objetivo de obrigar as autoridades de segurança a reagir, o que comprometeria a imagem pública de Serra.

Basta ver que, dias antes ao incidente em frente ao Palácio dos Bandeirantes, um grupo integrado por estudantes e servidores da USP, com o apoio de agremiações de esquerda, como o PSTU, o PCO, PSOL e PT, invadiu as dependências da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas), na Cidade Universitária, sob a justificativa de reivindicar mais investimentos em moradia estudantil. A invasão, na realidade, é outra tentativa de criar um fato político com o indisfarçável objetivo de quebrar a “espinha dorsal” do reitor João Grandino Rodas, no cargo há dois meses, nomeado por Serra.

Na época em que dirigiu a Faculdade de Direito, Grandino chamou a PM para evitar a ocupação do prédio do Largo São Francisco durante a Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública e, desde então, tornou-se um dos principais alvos das críticas de facções discentes e docentes de esquerda. Em 2009, ele foi acusado de ter oferecido ao Palácio dos Bandeirantes os argumentos jurídicos que permitiram à PM executar a ação de reintegração de posse da reitoria, que foi ocupada por estudantes e servidores em maio e junho. Antes mesmo de sua posse, em janeiro, circulava informação de que entidades de estudantes e de servidores vinculadas a grupos de esquerda tentariam invadir uma unidade da USP para obrigá-lo a chamar a polícia. E, para tentar esvaziar a iniciativa, em fevereiro ele fez uma perigosa concessão a esse grupo, propondo ao Conselho Universitário a revogação do dispositivo legal que permitia a entrada da PM na Cidade Universitária, para evitar manifestações. Deixando a reitoria de dispor de instrumentos legais para restabelecer prontamente a ordem no campus, os baderneiros invadiram o Coseas e anunciam que a ocupação é por tempo indeterminado.

Vinculados à CUT, sindicatos de categorias do funcionalismo estadual convocaram nova manifestação de protesto para hoje, quando Serra deve renunciar ao governo estadual para se candidatar à Presidência da República. A ideia é promover mais uma passeata em ruas e avenidas de grande movimento, na capital. A estratégia acarreta congestionamentos gigantescos para a população paulistana, convertida em refém de interesses corporativos. É assim que os militantes da CUT, do PT e das microagremiações de esquerda tentam demonstrar uma força política que jamais conseguiram ter no processo eleitoral. São métodos que tornam iguais pela violência e pelo radicalismo os extremistas de esquerda e de direita.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Público, gratuito e ruim

Publico abaixo um texto de Carlos Alberto Sardenberg, no Estadão. Com esse texto ele sintetiza o que foi esse governo Lula, tem muito mais a falar, mas em termos administrativos, o governo Lula foi isso.


08/03/2010
PÚBLICO, GRATUITO E RUIM


--Como a privatização pode atrapalhar na eleição, ficam as estradas ruins---

O governo Lula desistiu de privatizar o trecho de 300 quilômetros da BR 381, rodovia que vai de Belo Horizonte a Governador Valadares. Motivo, segundo explicou o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento: o pedágio ficaria muito caro, já que a estrada exige investimentos pesados. A obra agora será feita pelo próprio governo.
Parece uma decisão sensata. Para não onerar os que utilizam a estrada, o governo assume a tarefa de prestar esse serviço público.
É falso, porém.
Começa que a obra não será feita, não num horizonte de tempo razoável. Se o governo não tinha o dinheiro para mantê-la minimamente em condições, se os investimentos em outras estradas são limitados e andam atrasados, de onde vai sair o dinheiro graúdo para esse trecho?
A alternativa, na verdade, não estava entre uma boa estrada privatizada/pedagiada e uma rodovia pública razoável e de graça. Era ou estrada pedagiada ou a mesma porcaria que está lá. Por que se optou pela porcaria?
Por razões políticas. Em um ano eleitoral, o governo não quer aparecer como tendo privatizado uma estrada importante e na qual se pagaria pedágio considerado caro.
Já no segundo mandato, e depois de mais de quatro anos estudando uma fórmula de investir em estradas que não fosse o “neoliberalismo” da concessão, o governo Lula resolveu conceder algumas vias, mas de tal modo que o pedágio saísse bem baratinho. Não cobrou outorga das concessionárias – ou seja, entregou de graça as estradas – e selecionou os vencedores pelo critério do menor pedágio. Teve empresa que ganhou propondo pedágio de menos de um real, fato que foi alardeado pelo governo como a modo lulista de privatizar, digo, de conceder.
Ocorre que a coisa não andou muito bem. Empresas vencedoras, em algum tempo, passaram a pedir reajustes extras nos pedágios, sem o que não teriam os recursos para investir na melhoria das rodovias. Continua enrolado.
Com isso, o processo de concessão de rodovias acabou suspenso, como se comprovou com esse caso da BR381. Reparem: a preocupação não foi com a melhoria da infra-estrutura ou mesmo com o bolso dos usuários. Foi simplesmente para evitar uma complicação política ou a perda do discurso que compara o pedágio lulista com o pedágio tucano.
Construção e gestão de estradas é investimento caro. Por isso praticamente no mundo todo se opta pelos pedágios como forma de financiamento. Também se considera justo que o custo da estrada seja paga pelos seus usuários diretos e não por todos os contribuintes. É comum que se cobre pelo uso mesmo quando a estrada é operada pelo governo.
Há também toda uma discussão sobre o preço do pedágio, especialmente quando a rodovia é concedida a empresas privadas. Se o governo cobra pela concessão e se exige investimentos pesados na obra, é claro que o pedágio fica mais caro. É o caso das estradas paulistas, as “tucanas” – são as melhores do país, com padrão internacional, mas caras.
Reduzindo-se o padrão e sem cobrança pela outorga, sai mais barato. É uma opção. Tem a vantagem de facilitar a vida dos usuários, mas uma desvantagem importante: o governo, dono da estrada, não ganha nada com a concessão. Se cobrasse por ela, o governo poderia, por exemplo, financiar estradas não rentáveis ou gastar mais em saúde e educação.
Mas esse debate passou longe do governo. A questão ali era como obter um pedágio baratinho para usar na campanha. Não conseguindo, opta-se pela estrada pública e ruim.
Aeroportos
A mesma coisa ocorre com aeroportos. Hoje é praticamente é tudo estatal. As tarifas de embarque e operação são caras, mas os serviços estão longe de eficientes. É preciso ampliar os aeroportos existentes e construir novos, mas os investimentos atuais, públicos, do PAC, mal dão para um quebra-galho.
Em resumo, trata-se de um fracasso, cada vez mais evidente na medida em que o país cresce e aumenta a demanda de passageiros e carga. Com a aproximação da Copa e das Olimpíadas, a situação é simplesmente crítica.
E o que faz o governo? Não sabe. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, que manda na Infraero, a estatal que administra os aeroportos, havia anunciado planos de abrir o capital da empresa, vender ações em bolsa e assim levantar o dinheiro necessário para novos investimentos.
Era uma idéia interessante, mas ficou por aí. Também parecia, em um dado momento, que a privatização – pelo sistema de concessão a empresas privadas de aeroportos atuais ou a construir – era uma hipótese bem vista na assessoria de Jobim. O governador do Rio, Sérgio Cabral, pediu esse tipo de privatização, e urgente, para o Galeão.
Mas também não andou. Aqui houve uma curiosa mistura de doutrina de segurança militar e ideologia estatizante. Para oficiais da Aeronáutica, a aviação, sendo estratégica para a defesa, pois o país pode ser alvo de um ataque aéreo, tem que ser controlada pela Força Aérea. Para um certo pensamento político, a aviação é estratégica para a economia local, por isso tem que estar em mãos nacionais e estatais.
Ora, o fato de um aeroporto ser administrado por uma companhia privada não impede que a Aeronáutica cumpra suas funções de segurança. E se é estratégico para a economia, não se conclui daí que tenha de ser estatal, mas eficiente.
Por outro lado, a experiência internacional mostra que há aeroportos privatizados, de diferentes maneiras, que funcionam muito bem. Mas como fazer isso em um momento em que o presidente Lula está entusiasmado com a criação de novas estatais e numa campanha em que o investimento público via PAC é uma bandeira?
Dá num absurdo. Temos um setor inteiramente estatal que é um fracasso, um obstáculo ao crescimento do país, uma ameaça à Copa e às Olimpíadas, mas que não pode ser privatizado para não atrapalhar o quê? Mais estatização!

Publicado em O Estado de S. Paulo, 08 de março de 2010
Por Carlos A. Sardenberg

quarta-feira, 10 de março de 2010

Globo.com dá uma ajudinha para Lula

Hoje pela manha acessei 2 sites de noticias que costumo ver todos os dias, o da Band e o da Globo. Existe uma discrepancia gigantesca entre o titulo das reportagens de cada uma sobre o episodio de Lula ter comparado dissidentes do regime ditatorial cubano aos bandidos nas nossas cadeias. Mas vejam o titulo das 2 reportagens em anexo.

Para quem nao esta por dentro do assunto, Lula deu uma declaracao para a Associated Press, a respeito da morte por greve de fome de um preso cubano. O sujeito foi preso por discordar do regime, nada mais democratico do que isso. Foi ai que Lula saiu com essa perola:

Veja, não acho que uma greve de fome possa ser usada como pretexto de direitos humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os criminosos de São Paulo entrassem em greve de fome exigindo liberdade

Se esse preceito é verdadeiro, então durante a ditadura militar no Brasil, nada mais justo do que aqueles que eram contra a ditadura serem encarceirados e ninguém poder achar isso errado. Mas acontece que a ditadura cubana é uma ditadura de esquerda, aí pode...

O que me revolta é ver a globo distorcendo o que ele falou, interpretando de uma forma benéfica para ele.



Reportagem da Globo

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ESCANDALO NA COMPRA DOS AVIOES

Não fosse essa espécie de abdução coletiva a que estamos todos submetidos, com “O Cara” deitando e rolando sobre as instituição — e a moralidade pública — , o caso dos caças Rafale seria tratado como aquilo que é: UM ESCÂNDALO, talvez o maior do governo Lula. Não é assim porque eu quero. É assim porque é. A Índia abriu uma concorrência internacional para a compra — ATENÇÃO!!! — de 126 caças. Valor que se dispõe a pagar a Força Aérea Indiana: US$ 10 bilhões. Seis modelos participaram da primeira rodada de seleção: os americanos F 18 e F 16, o Eurofighter Typhoon, o russo MiG 35, o sueco Gripen NG e o Rafale. Só um caça foi descartado no começo da disputa: o Rafale. Justificativa: não cumpria os requisitos mínimos de desempenho técnico exigidos pela Força Aérea Indiana.

Como vocês sabem, o Rafale é o caça que Lula decidiu comprar ao arrepio da recomendação da Aeronáutica, que é quem entende da área no Brasil. Lula, o Homem com o Isopor na Cabeça, é especialista em outros assuntos. Muitos indagarão: “Mas o escândalo está em ter a Força Aérea da Índia rejeitado o Rafale, que Lula quer comprar?” Não! Já contei onde está. É que a abdução em curso está nos impedindo de ver as coisas com a rapidez necessária. Já chego lá. Antes, algumas outras considerações. Ah, sim: depois de ler este post, você pode obter mais detalhes na concorrência indiana no site India Defence. Sigamos.

Enquanto o Rafale esteva na concorrência, Nicolas Sarkozy, o comelô de aviões e marido de Carla Bruni, fez o mesmíssimo lobby que vem fazendo no Brasil. A diferença é que, na Índia, a avaliação é realmente técnica. Por lá, não basta apenas adular o imperador absolutista, dispensar-lhe rapapés, elegê-lo “o homem do ano”, para embolsar alguns bilhões. Desde o começo da concorrência, informam os sites indianos que trataram do assunto, o Rafale era considerado a pior alternativa entre — atenção! — SETE MODELOS.

A chamada grande imprensa, que a canalha petralha acusa de ser “antigovernista” (podem rolar de rir), se interessou pelo assunto? Que eu tenha achado, só o Estadão Online publicou um despacho da Reuters no dia 16 de abril de ano passado. Depois o assunto sumiu. Como vocês sabem, a Força Aérea Brasileira também não quer o Rafale. Entre os três caças que avaliou, preferiu o sueco Gripen NG. Em segundo lugar, ficou o F-18. Em último, o avião francês. Como reagiu o governo do Homem do Ano do Le Monde? Considerou a hipótese de punir o que chamou de “vazamento” do relatório. Onde já se viu a Aeronáutica ficar se metendo com caças?

Celso Amorim, um gigante da filosofia, ainda maior por dentro do que por fora, deu-se a especulações metafísicas: “Às vezes, o barato sai caro”. Samuel Pinheiro Guimarães, o chefe da banda antiamericana do governo e da Sealopra, indagou se a gente compra um carro só pensando no preço… A mediocridade dessa gente é espantosa, especialmente quando tenta mimetizar Lula nas suas filosofadas e metáforas. O que, nele, aspira a um saber popular revela-se pelo que é na boca dos doutores: BOÇALIDADE PURA E SIMPLES.

E o escândalo, além do fato de que Lula anunciou o vitorioso quando a avaliação estava em curso??? Vamos lá. A Dassault, que fabrica os Rafales, se ofereceu para vender 126 caças à Índia por US$ 10 bilhões. Preço médio de cada avião: US$ 79.365.079,36. O Brasil está disposto a pagar R$ 10 bilhões por 36 aviões — ou US$ 5.681.818.181. Dividindo-se esse valor em dólar pelo número de aparelhos, chega-se ao custo unitário: US$ 157.828.282,82. Cada Rafale para o Brasil custa mais do que o dobro do que custaria para a Índia. Atenção: ESTAMOS FALANDO DO MESMO MODELO DE AVIÃO E DE CONCORRÊNCIAS FEITAS AO MESMO TEMPO.

Agora entendo o que o sr. Samuel Pinheiro Guimarães quer dizer quando afirma que a gente não compra um carro só pelo preço. No caso, parece que se compra também para agradar o fornecedor, não é mesmo? Que, sei lá, se não tiver o coração tão duro quanto o do faraó, dá ao menos um chaveiro de presente ao comprador. Já quanto a Amorim, o que pensar? Nem uma antítese tornada um clichê popular resiste a este monumento, logo involuindo para a tautologia: O CARO SAI CARO!

É incrível que um dos maiores negócios do governo Lula, com jeito, história e números de negociata, se faça sob o silêncio cúmplice de boa parte da imprensa e, como não poderia deixar de ser, da oposição

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Nota de Sérgio Guerra sobre Dilma Rousseff

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), emitiu uma dura nota criticando afirmações recentes da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que, circunstancialmente, também é ministra da Casa Civil. Segundo a petista, se os tucanos ganharem a eleição em 2010, vão extinguir o PAC e o Bolsa Família. “Dilma mente”, reage Sérgio Guerra. Leia íntegra da nota:

NOTA À IMPRENSA

Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão.

Mente sobre o PAC, mente sobre sua função. Não é gerente de um programa de governo e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas.

Mente ao somar todos os recursos investidos por todas essas instâncias e apresentá-los como se fossem resultado da ação do governo federal. Apropria-se do que não é seu e vangloria-se do que não faz.

Dissimulada, Dilma Rousseff assegurou à Dra. Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso.

Durante anos, mentiu sobre seu currículo. Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp. Nunca foi nem uma coisa nem outra. Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas - a maioria tocada por estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC - 7.715 projetos- ainda não saíram do papel.

Outra característica de Dilma Rousseff é transferir responsabilidades. A culpa do desempenho medíocre é sempre dos outros: ora o bode expiatório da incompetência gerencial são as exigências ambientais, ora a fiscalização do Tribunal de Contas da União, ora o bagre da Amazônia, ora a perereca do Rio Grande do Sul.

Assume a obra alheia que dá certo e esconde sua autoria no que dá errado. Dilma Rousseff se escondeu durante 21 horas após o apagão. Quando falou, a ex-ministra de Minas e Energia, chefe do PAC, promovida a gerente do governo, não sabia o que dizer, além de culpar a chuva e de explicar que blecaute não é apagão.

Até hoje, Dilma Rousseff também se recusou a falar sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, com todas as barbaridades incluídas nesse Decreto, que compromete a liberdade de imprensa, persegue as religiões, criminaliza quem é contra o aborto e liquida o direito de propriedade. Um programa do qual ela teve a responsabilidade final, na condição de ministra-chefe da Casa Civil.

Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff. Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos.

Senador Sérgio Guerra
Presidente Nacional do PSDB
Brasília, 20 janeiro de 2010

Lula investiu mais que FHC ?

Quase todos os dias ouvimos falar do tal do PAC. Todos sabem que não passa de balela. O programa foi lançado em 2006, de lá pra cá, menos de 20% das obras estão concluídas. O governo fica alardeando que já investiu R$ 643 bilhões no programa, sendo que o próprio ministério do planejamento informa em seu site que o valor investido foi de meros R$ 30,7 bilhões. Existe dinheiro disponível para investimento, simplesmente não está sendo gasto.

Todos sabem que a arrecadação do governo vem subindo desde quando FHC era presidente. Em nenhum ano de 94 até hoje houve queda de arrecadação. Os anos de 2003 até 2008 foram os anos de bonança fiLinknanceira no mercado internacional e a arrecadação de hoje é muito maior do que a que existia durante o governo FHC.

O que é assustador é que, apesar de todo esse aumento da arrecadação Lula ainda não conseguiu se equiparar à FHC em valor investido. Durante os 7 primeiros anos do FHC foram R$ 150 bilhões em investimentos, enquanto isso, nos 7 anos de Lula até agora foram míseros R$ 127 bilhões. Veja aqui

ONU se desculpa por erro sobre derretimento das geleiras

OSLO - O painel das Nações Unidas de cientistas climáticos expressou hoje arrependimento por ter exagerado sobre a velocidade com que as gelereias do Himalaia estão derretendo.

Segundo as previsões equivocadas, as geleiras desapareceriam até 2035.

Líderes do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (da sigla em inglês IPCC) "se arrependem da incorreta aplicação dos bons procedimentos do IPCC neste caso", afirmaram em um trecho de um relatório científico.

A Índia e alguns pesquisadores do clima criticaram o IPCC por avaliar erroneamente o estado do derretimento das geleiras, que sazonalmente ajudam a suprir diversas nações, como a China e a Índia, com água.

Um desaparecimento dessas geleiras interromperia drásticamente fluxos de água na Ásia que são vitais para irrigação. Líderes do IPCC afirmam que estão fortemente comprometidos para garantir um alto nível dos relatórios.

Nesta semana, o ministro do Meio Ambiente da Índia, Jairam Ramesh, disse que "as geleiras estão diminuindo, mas o relatório segundo o qual elas desaparecerão em 2035 não está baseado em evidências científicas.

O IPCC alega que a projeção de 2035 foi feita a partir de "estimatimas vagas sobre o ritmo do derretimento" e que verificações apropriadas não foram realizadas.

Fonte: Revista Info

Nunca acreditei muito nessas historinhas mal-contadas do aquecimento global, sempre me pareceu conversa mole, agora a ONU se vê obrigada a voltar atrás na previsão do fim do mundo. Após o vazamento dos e-mails do Climate Research Unit da universidade East Anglia(UK), onde professores renomados ensinavam como distorcer as informações pra fazer parecer que o fim do mundo estava próximo, ficou dificil manter as previsões catastróficas e a ONU teve que voltar atrás nas suas previsões.

Mais uma vez a ONU mostra a sua inutilidade, e depois reclamam que os EUA não respeitam as imposições da ONU, é brincadeira né.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Para Lula, Copa é só futebol, e sem juiz

Ninguém duvida que o Brasil vá oferecer ao mundo uma festa memorável na Copa de 2014. O país costuma enfrentar com louvor desafios, inclusive os esportivos. Mas, por outro lado, pedir que órgãos de fiscalização deem uma “afrouxada” em seu rigor para que as obras destinadas ao evento esportivo sejam mais ágeis, como quer o presidente Lula, é, no mínimo, má-fé. Na hipótese mais provável, é escancarar as portas para a corrupção.

O ritmo lento dos investimentos públicos brasileiros voltados à Copa se deve, principalmente, à inépcia administrativa do governo petista, do qual dona Dilma é tida como a principal “gerente”. Dois anos já se passaram sem que a fase fundamental das obras do Mundial fosse transposta: a preparação de projetos executivos. Está na hora de chamar o síndico.

Em solenidade de lançamento do “PAC da Copa” (como este pessoal é bom de slogan!), ocorrida semana passada no Itamaraty, o presidente pediu um “tratado de ajuste de contas” entre órgãos executores e fiscalizadores para que as obras sejam concluídas com agilidade. “Aquilo que você pode fazer em 45 dias, faça em cinco”, exigiu. Curiosa a lógica lulista: o que seu governo deveria ter feito em dois anos deve levar uns quatro, mas os outros é que devem apertar o passo...

Segundo o presidente, Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU) não podem mais agir “como se tivéssemos vivendo tempo de normalidade”. Que anormalidade é esta que justificaria estes órgãos atuarem ao arrepio da lei? O que a Controladoria e o TCU fazem é cumprir a legislação brasileira, coibindo desvios e falcatruas. Fica o mistério de saber o que deve ser feito de forma diferente.

Se Lula tinha intenção de arranjar uma desculpa antecipada para um eventual atraso no cronograma das obras, atirou no alvo errado. No caso do PAC, por exemplo, o TCU só fiscaliza 4% das mais de duas mil obras do programa, muito pouco para impedir o andamento de qualquer projeto do governo. Além disso, como boa parte dos empreendimentos para a Copa irá se dar em áreas urbanas, há pouco risco de embargos do Ibama, como ocorre nas hidrelétricas do rio Madeira.

O entrave verdadeiro está em outro lugar: na falta de planejamento. Cadê a gerente? O Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) aponta atraso generalizado na criação e aprovação de projetos executivos de infraestrutura para o Mundial. A lentidão contribui para que obras e serviços fiquem mais caros, como mostrou a própria agência de notícias do governo. É esta a eficiência de dona Dilma?

De acordo com o Sinaenco, passados dois anos do anúncio da Copa o Brasil deixou de fazer o fundamental: uma preparação cuidadosa, com projetos que deixariam as obras a serem tocadas longe do improviso e legariam à população empreendimentos que melhorariam a vida de quem vive nos nossos grandes centros urbanos.

Hoje, o país está em situação pior do que a Inglaterra, que se prepara para as Olimpíadas de 2012. Logo que conquistou o direito de sediar os jogos olímpicos, o país europeu ficou um ano preparando grandes projetos executivos de engenharia, escavações e demolições. Com o trabalho de base bem resolvido, as construções começaram. Por aqui, ainda não se sabe nem mesmo quais são as obras prioritárias que devem ser feitas. Do lado do governo federal, o Mundial, por ora, é só blábláblá.

No Brasil, a preocupação não deve ser com arenas esportivas, que podem ficar prontas em dois anos, mas com gargalos estruturais em aeroportos, vias de acesso a estádios e áreas de reurbanização. O número de visitantes que deve desembarcar para ver os jogos é estimado em 600 mil pessoas, sem falar dos próprios brasileiros que irão aos estádios. A exasperação ocorre porque, como em épocas de “normalidade” o governo só consegue entregar 10% das obras prometidas, conforme já mostrado aqui, será preciso muito mais do que o “afrouxamento” da fiscalização para que as ações alcancem um ritmo razoável.

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, já admitiu que pode haver um colapso nos aeroportos, como mostrou o Estadão. Isso torna ainda mais grave, por exemplo, a dificuldade que os investimentos nas ampliações de Cumbica e Viracopos encontram para serem realizados pelo governo federal. A construção do trem-bala virou outra miragem.

O curioso é que os problemas não se devem à falta de dinheiro. O governo já tem R$ 20 bilhões para os jogos, entre recursos do BNDES, FGTS e reservas do Tesouro. Entretanto, cerca de R$ 1,8 bilhão da verba já disponível foi cortado por falta de planejamento – cadê a “gerente” Dilma?

Por sorte, mesmo com tanto descontrole, não há risco de a Copa se tornar inviável por causa da negligência da União. Os estádios, a princípio, estão no prazo: um exemplo é o Mineirão, onde a gestão Aécio já tem um cronograma de obras montadinho que deve começar a ser executado já, incluindo a transferência dos jogos dos times mineiros para um estádio – já reformado – em Sete Lagoas.

Com tantas obras de vulto tocadas de improviso, haverá poucos ganhos efetivos para o cidadão brasileiro, apesar da montanha de dinheiro que será queimada. O ideal seria que as 12 capitais que receberão os jogos se tornassem lugares melhores para se viver. Pode não ser o caso. Na África do Sul, por exemplo, devido a atrasos e má-gestão, as linhas de metrôs que deveriam ser construídas em Johannesburgo foram substituídas, na penúltima hora, por corredores de ônibus. E lá nem TCU tem.

Fonte: Blog Pauta em Ponto

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Boneca Lulita

Um pouco de humor pra descontrair a sexta-feira.


Atenção para não perder o prazo da troca!!!

Devolução de Brinquedo fabricado no Brasil

O fabricante do brinquedo LULITA' está fazendo um recall para troca ou devolução do dinheiro devido a uma série de falhas de fabricação listadas abaixo:




1) Falta um dedo

2) Tem a fala presa

3) É mentirosa

4) Só diz “Eu não sabia”

6) Não pára em casa!

7) Não existe na versão movida a pilha, só na movida a álcool.

8) Pode ser adquirido facilmente com utilização de Cartão Corporativo

9) A boneca não serve para nada, mas custa uma fortuna ao contribuinte.

10) É megalomaníaca

Obs. A troca so podera ser efetuada em outubro de 2010