terça-feira, 31 de março de 2009

Com Lula, Presidência emprega 67 diretores e centenas de chefes

Por Tânia Monteiro e Leonencio Nossa, no Estadão:

À semelhança do Congresso, o Palácio do Planalto é uma Casa com organograma inchado. Os salários podem não chegar às cifras do Legislativo, mas a Presidência criou no governo Luiz Inácio Lula da Silva uma série de funções para encaixar a militância. Na teia administrativa, há 67 diretores e uma centena de chefes. Só a Casa Civil, pasta comandada pela ministra Dilma Rousseff, conta com sete diretores, mesmo número da multinacional Vale do Rio Doce.
O setor que mais ganhou diretores foi o da Comunicação Social, do ministro Franklin Martins. Desde 2003, passou de 2 para 12 diretores, o dobro da Petrobrás. Há diretores de Patrocínios, Normas, Controle, Internet e Eventos, Comunicação da Área de Desenvolvimento, Mídia, Imprensa Internacional, Imprensa Nacional, Imprensa Regional, Produção e Divulgação de Imagens, Apoio Operacional e Administrativo e Comunicação da Área Social.
Foram criadas, ainda, mais oito Diretorias de Programa para as pastas de Relações Institucionais e Assuntos Estratégicos. Um diretor geralmente ocupa cargo comissionado com salário de R$ 8.988, o DAS-5, mas há variações, caso seja servidor ou não (ver quadro ao lado).
Ao todo, entre cargos de chefia ou postos subalternos, cerca de 1.750 pessoas trabalham na estrutura da Presidência. Os "chefes" estão em todos os departamentos, secretarias e escalões de poder.
O gabinete de Lula tem 13 deles, com salários de R$ 6.843,76 a R$ 11.179,36. Trabalham ali também chefes adjuntos de Agenda, Informações em Apoio à Decisão, Gestão e Atendimento, sem contar os tradicionais chefes de Cerimonial e Ajudância de Ordens. O mais poderoso de todos, porém, é Gilberto Carvalho, chefe do gabinete.
Já o organograma da Vice-Presidência, mais enxuto, lembra o de uma empresa. O vice José Alencar trabalha com sete chefes, que comandam as assessorias de Comunicação, Administração, Parlamentar, Técnica, Diplomática, Militar, além do Gabinete. Não há correligionários mineiros ou amigos.

Gastos
O gasto anual com funcionários em toda a estrutura da Presidência deve passar de R$ 2,9 bilhões, em 2008, para R$ 3,4 bilhões, neste ano. Está incluído o gasto com pessoal das secretarias especiais de Direitos Humanos, Mulheres, Promoção Racial, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Advocacia-Geral da União (AGU) e Empresa Brasileira de Comunicação.

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terça-feira, 10 de março de 2009

Os vampiros e os patetas

Fonte: Blog do Guilherme Fiuza

A crise acaba de consagrar a Petrobras como sede oficial da DisneyLula.

Depois de morder 2 bilhões de reais da Caixa Econômica em tempo de crédito escasso, depois de eleita principal beneficiária da ajuda de 20 bilhões de reais do BNDES às empresas, a estatal “enferma” anuncia um lucro líquido de 34 bilhões de reais – 50% maior que o de 2007.

A Petrobras é mesmo um grande parque de diversões. Os brinquedos são o dinheiro público e o Pateta é o contribuinte.

Depois de passar de 100 dólares, o preço internacional do barril de petróleo despencou para menos da metade. Sabem em quanto a Petrobras reduziu o preço do óleo no mercado interno? Zero. Os chefes daquele pedaço de paraíso sindical explicaram que é para preservar a empresa do risco das oscilações…

A única coisa que nunca oscila, com crise ou sem crise, é a teta generosa da estatal-mãe.

Com seu mundo maravilhoso de convênios, apoios e cargos, muitos cargos, ela é capaz de desencravar milhões e milhões de unhas – para usar a expressão imortalizada pelo nosso Delúbio. E, claro, jorrar dinheiro para o fundo de pensão, locomotiva pirata do governo popular.

Surge agora a notícia de que a Petrobras deixou à míngua os projetos de música, teatro, dança e festivais. É a crise.

Os patetas não haverão de estranhar. A cultura pode esperar. Enquanto isso, vamos aplaudindo o espetáculo do enriquecimento da república dos pelegos.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Pensamento do dia...

Recebi este pensamento por e-mail, faz todo sentido:

PENSAMENTO DO DIA...

O Brasil é o único país do mundo governado por um analfabeto que assinou uma reforma ortográfica, e também alcoólatra, que instituiu uma lei seca.

E ele ainda teve a petulância de pedir a Deus para dar INTELIGÊNCIA ao Barack Obama, que é formado em Harvard.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Não existem leis para o MST

A entrevista abaixo, do ex-chefe do Ministério do Desenvolvimento Agrário no governo FHC, Raul Jungman concedida ao Reinaldo Azevedo, explica como o MST tem o direito de se utilizar de práticas ilegais. É o fim da picada.

Como o senhor vê a intensificação dos conflitos na zona rural de Pernambuco, que já resultaram na morte de quatro seguranças, contratados por proprietários rurais?
Os conflitos agrários em Pernambuco estão ligados a algumas características bem particulares da ação do MST naquele Estado. A começar pelo estilo do principal líder do movimento ali, o Jaime Amorim, que sempre agiu com um claro viés militarista, de constante enfrentamento. O Amorim, vale a pena lembrar, foi suboficial do Exército e tem um estilo extremamente duro.

Esse estilo extremamente duro já era visível no governo anterior, quando o senhor era ministro?

Sim, durante o governo de Fernando Henrique, o Amorim depredou em mais de uma ocasião a sede do Incra no Estado. Também esteve à frente de uma ação que terminou com um carro do Incra incendiado. Ele chegou a invadir e atacar um navio com coquetéis molotov, para protestar contra o embarque de grãos transgênicos. Para mim são sinais claro de quem cultiva o estilo militarista, brigadista. Quem for à fazenda que ele transformou em sede de operações, na região de Caruaru, verá que se parece com um bunker, com suas paredes decoradas com fotos do guerrilheiro Che Guevara. Ele trabalha protegido por vários postos de controle de entrada e saída de pessoas, rodeado por gente armada.

Os locais não são controlados pelo governo do Estado que o senhor representa no Congresso?

Não. Infelizmente, a PM de Pernambuco não pode entrar nos assentamentos, não pode fazer revistas, não pode realizar operações de desarmamento. Isso se deve a uma política antiga dos governadores, que temem conflitos com impacto político.

Pelo que o senhor diz, os assentamentos são territórios livres.
Sim. Mais do que isso: são quase santuários impenetráveis para o poder público. São repúblicas onde tem mais força a lei do MST do que as leis gerais do País, que valem para todos os outros cidadãos. O pior é que estão se transformando em locais de homiziamento de marginais, de bandidos. Não há mais como negar isso. A situação só vai mudar quando mudar a política dos governadores, facilitando a ação da PM e impedindo a formação dessas repúblicas do MST.

Acontece que o Lula sempre foi aliado do MST, e continua sendo, só que agora apenas por baixo dos panos, nunca às claras para não ficar evidente mais uma forma de apoio ao terrorismo feito pelo PT.

Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse que é ilegal o financiamento público de movimentos que cometem ato ilícito e cobrou providências do Ministério Público.

Se o ministro Gilmar Mendes continuar cobrando, quem sabe algo seja feito. O governo com certeza vai abafar, mas vai continuar mandando dinheiro para esses militantes, afinal eles precisam de cabos eleitorais para 2010 e não podem se indispor com um grupo tão grande quanto o MST, mesmo que seja à custa de vidas inocentes e atos ilegais. Mas o governo não se importa com a ilegalidade, porque o governo Lula é soberano, a lei é que está errada. Tarso Genro passa por cima da lei concedendo asilo à um terrorista, Lula passa por cima da lei antecipando a campanha eleitoral de Dilma, pagando mensalão à deputados, distorcendo informações sobre gastos públicos, utilizando a Petrobras para financiar o PT, etc...

É isso, estamos num ciclo vicioso que poderá começar à acabar, quem sabe, em 2010.

TARSO E O MUNDO DOS MORTOS

O Jornal Nacional ouviu ontem o ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre as ações do MST, que o próprio Lula, em entrevista coletiva a que estavam presentes jornalistas estrangeiros, houve por bem censurar. E o que disse Tarso?

"Eu não vejo nenhum índice de aumento da violência. O que ocorre é a mobilização dos movimentos sociais, em determinadas circunstâncias, de uma maneira mais arrojada. Quando eles violam a lei ou a Constituição, os estados têm que operar ou quando a União for chamada opera também”.

Este senhor é irredimível. A cada fala sua, o estado democrático e de direito sai rebaixado. No dia 21, o MST executou quatro pessoas. Primeiro, as vítimas levaram tiros nas pernas, sinal de que tentavam fugir de seus algozes. Em seguida, tiros na cabeça — uma delas foi atingida no rosto. É o que ele entende por “maneira mais arrojada” de fazer reivindicações.

É o ministro que negou a extradição para a Itália do terrorista Cesare Battisti, condenado por assassinatos. Em sua justificativa, Tarso afirmou que aquele pobre homem poderia ser perseguido em seu país. Temos o exemplo vivo do que esse gigante do direito considera o comportamento exemplar de um estado democrático. Reconheçamos: em matéria de homicidas, o ministro não discrimina nacionalidade. Parece bastar a identidade ideológica dos facínoras.

Esse gigante também é militante incansável em defesa da revisão da Lei da Anistia. Mais uma vez, não lhe falta coerência. Trinta anos depois, ele continua a querer a revanche. Fosse por senso de Justiça, ele demonstraria agora a sua indignação com os homicidas do MST. Mas quê...

Para Tarso, os assassinos têm lado. E os mortos também.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

terça-feira, 3 de março de 2009

Lá vai o fantoche

Todos os repórteres do Brasil estão convocados para a brincadeira mais divertida do ano: o questionário da Dilma.

Andem atrás da ministra-candidata e perguntem sobre tudo a ela. A graça do jogo é descobrir que a resposta é sempre a mesma. Só muda a forma do vazio categórico.

Dilma Rousseff, a possível futura presidente do Brasil, não sabe o que dizer sobre as denúncias de Jarbas Vasconcellos e a crise no PMDB. Mas reage aos jornalistas com a firmeza plastificada de sempre: “Ora, tenham dó!”

Claro que sai dali e vai tentar ensaiar um discurso com tio Lula. Mas aí é tarde. A próxima pergunta é sobre os 50 milhões de reais repassados pelo governo a movimentos invasores de terra. Ela também não sabe o que dizer. Mas é categórica: “Nós não operamos com nenhuma ilegalidade”.

É uma espécie de resposta multiuso, que aliás serviria também para a pergunta anterior. O que a senhora acha das bandalheiras apontadas pelo senador Jarbas no maior partido da base do governo? “Nós não operamos com nenhuma ilegalidade”.

É simplesmente perfeito. Como os outros candidatos não pensaram nisso antes? E a primeira resposta também vale para a segunda pergunta. Ministra, o governo está ciente de que já repassou cerca de 50 milhões de reais a entidades que promovem invasões de propriedades? “Ora, tenham dó!”

Dilma, a gerentona, a mãe, a tocadora de obras, essa verdadeira curinga da mistificação política, não sabe nada. Mas é categórica. Enrolar sim, mas sempre com veemência.

Quando foi entrevistada por Jô Soares, não olhava para o entrevistador, nem para a câmera. Seu olhar ficava parado, fixo em algum ponto do horizonte, como uma espécie de esfinge estatal. Voltava-se para Jô, recitava alguma numeralha falsa do PAC, e retornava à posição de estátua. Repórteres, divirtam-se com essa ministra andróide.

Sugestão aos coleguinhas de Brasília: no próximo comício palaciano de Dilma Rousseff, perguntem se ela aceitaria dinheiro do fundo de pensão de Furnas para sua campanha.


Fonte: Blog do Guilherme Fiuzza