quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Nunca antes nesse país

Lula é o único político no Brasil que pode falar isso e sair ileso:

“Há um certo tipo de gente que, no exercício da democracia, não aceita perder. Ele quer que quem ganhe não faça nada para justificar os discursos feitos durante a campanha”

A primeira pessoa que vem à cabeça com essa definição é: Lula. A segunda pessoa: Dilma. Mas eles ainda estão no poder. Lula nunca reconheceu os méritos de FHC, que arrumou a economia, estabilizou o país, criou uma moeda forte, saneou as dívidas dos bancos, modernizou as telecomunicações, etc.

Nem com 100 mandatos Lula conseguirá fazer o que FHC fez pelo Brasil em 8 anos. Mas FHC sempre esteve errado, em tudo que ele fez, inclusive no plano real, Lula o criticou. Mas Lula é assim, o que ele fala num dia, o pessoal esquece no outro.

Imaginem, se o presidente fosse Serra, e ele tivesse saído em defesa do Sarney na época dos escândalos dos atos secretos no senado. Com certeza veríamos várias manifestações contra o Serra. Contra o Lula houve alguma? Claro que não. Lula pode tudo



O que fazer quando o presidente da república age desta forma? Se todos os brasileiros fossem tão desonestos como ele, o país seria um caos. Felizmente existem brasileiros honestos, infelizmente existem brasileiros ingênuos que se deixam levar por esse tipo de conversa mole.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

GOVERNO NÃO CONSEGUE IMPEDIR CPI DO MST, E BASE ALIADA AGORA FAZ AMEAÇAS RIDÍCULAS

O governo Lula se esforçou até a 0h desta quinta-feira para tentar retirar assinaturas da CPI Mista do MST, mas não conseguiu, e a comissão deve der criada hoje. O objetivo é investigar o repasse de verbas oficiais para entidades de fachada criadas pelo movimento, que não tem nem existência legal e, por isso, está impedido de receber dinheiro público.

Embora não exista oficialmente, o MST tem o controle do Incra é a voz mais influente no Ministério do Desenvolvimento Agrário. O governo já anunciou que pretende ter a presidência e a relatoria da comissão, a exemplo do que fez com a CPI da Petrobras, que não consegue investigar nada. No caso do MST, talvez a coisa seja um pouco diferente. Parlamentares da base, ligados ao setor rural, também estão indignados com os crimes cometidos pelos sem-terra e têm a quem prestar contas.

Parlamentares do governismo diziam ontem à noite, em Brasília, que vão tentar investigar também a CNA — Confederação Nacional da Agricultura. É uma ameaça ridícula de retaliação contra a entidade presidida pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que se tornou uma das principais referências da questão agrária no país — E NÃO DA “QUESTÃO RURALISTA”.

A senadora tem conseguido retirar do debate o glacê de ideologia cretina e de mistificação vagabunda. O MST prospera porque boa parte das pessoas se nega a enxergar a realidade do campo. Kátia também tem levado adiante O debate ambiental fora dos parâmetros dos naturebas do miolo mole. Ninguém quer devastar a natureza, é claro. Ou será que os agricultores são maus, mas os ambientalistas são bonzinhos? É preciso saber de onde vem a comida que se compra do Pão de Açúcar, no Carrefour e no armazém do Seu Manuel.

O MST é hoje uma indústria de produzir ideologia e números falsos. E o Incra se tornou a sua fachada oficial. E é bom que os governistas fiquem atentos. Se é fácil inventar mentiras sobre a Petrobras — como a vigarice segundo a qual alguns gostariam de privatizá-la (o único que gostaria, creio, sou eu…) —, no caso do MST, as coisas são um tanto diferentes. O MST conta a sua própria verdade por meio de seus atos. E a maioria dos brasileiros está com o saco cheio dos seus crimes.

Investigar o CNA? Por quê? Por acaso a entidade, que congrega o setor privado, recebe verba pública, como recebe o MST? “Ah, mas ela tem caráter sindical…” Excelente! Então que se investiguem também as centrais sindicais. Vamos ver quem passa por um crivo sério de apuração no uso de recursos. Sem contar que a CUT e congêneres recebem, por exemplo, uma parcela do Imposto Sindical, que é obrigatório mesmo aos não-sindicalizados. É dinheiro do público. E não aceita que suas contas sejam acompanhadas pelo TCU. Aliás, quem vetou o artigo da lei que previa que o tribunal fizesse a verificação foi o companheiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Essa história é puro terrorismo. Se as esquerdas querem investigar a CNA ou qualquer outra confederação, que apresentem uma proposta de CPI com fato determinado. Como é determinado o fato de que dinheiro público e de ONGs estrangeiras vai parar no cofre do MST. E, com ele, financiam-se crimes em penca.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Governo vs Roger Agnelli

Segue editorial da Folha que fala sobre as recentes manobras do governo para trocar Roger Agnelli por Eike Batista no comando da Vale.

O QUE se manifestava na forma de críticas isoladas à gestão da mineradora Vale, por parte do governo federal e seus aliados, assume agora feições claras de uma ação concertada, concebida no Planalto com o intuito de solapar o presidente da empresa, Roger Agnelli -indicado pelo Bradesco, após acordo entre acionistas controladores.

Os sinais recentes dessa ofensiva partiram, com coincidência de datas, da ministra Dilma Rousseff e do empresário Eike Batista, disposto a fazer o papel de ventríloquo do presidente Lula. Em viagem ao Pará, no último feriado, a aspirante petista à sucessão presidencial aproveitou a audiência da festa religiosa do Círio de Nazaré para dizer que o governo vê como “questão de honra” a retomada do plano de investimentos no polo siderúrgico de Marabá por parte da Vale.
No mesmo dia 11, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Eike Batista parecia conhecer a fala da ministra. Além de criticar opções estratégicas da mineradora, assumia o interesse de tornar-se seu acionista e manifestava apoio à ideia de que o petista Sérgio Rosa, presidente da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil), venha ocupar o lugar de Agnelli.
Muito mais do que uma ingerência, está em jogo um esforço coordenado para que a Vale venha a ser gerida por figuras simpáticas, associadas ou subordinadas ao governismo. A plataforma mal disfarça a intenção de reestatizar, para todos os efeitos práticos, a companhia.
Tamanho retrocesso não seria novidade neste governo. Não faz um ano, o Planalto patrocinou a compra da Brasil Telecom pela Oi. Foi preciso alterar normas, manobrar resistências na Anatel e conseguir o aporte de dinheiro público, via repasses bilionários do BNDES e do Banco do Brasil, para viabilizar um negócio cujo resultado foi o surgimento de um oligopólio nos serviços de telefonia fixa no país.
No caso da Vale, o governo reinvoca um suposto interesse nacional para legitimar a tentativa de convertê-la em instrumento político. A empresa sob ataque especulativo da sanha estatizante é, porém, caso exemplar de privatização bem-sucedida.
Em 1997, quando foi privatizada, a Vale tinha cerca de 10 mil empregados; hoje conta com 60 mil -soa como mero pretexto, portanto, que o Planalto tome cerca de 4 mil demissões recentes na empresa, por conta da crise mundial, para desestabilizar sua direção. Seu valor de mercado passou de US$ 8 bilhões para US$ 125 bilhões. O lucro líquido foi multiplicado por 29.
Se há algo que o governo deveria fazer em relação à Vale é retirar, complemente, seus tentáculos da mineradora.