Embora não exista oficialmente, o MST tem o controle do Incra é a voz mais influente no Ministério do Desenvolvimento Agrário. O governo já anunciou que pretende ter a presidência e a relatoria da comissão, a exemplo do que fez com a CPI da Petrobras, que não consegue investigar nada. No caso do MST, talvez a coisa seja um pouco diferente. Parlamentares da base, ligados ao setor rural, também estão indignados com os crimes cometidos pelos sem-terra e têm a quem prestar contas.
Parlamentares do governismo diziam ontem à noite, em Brasília, que vão tentar investigar também a CNA — Confederação Nacional da Agricultura. É uma ameaça ridícula de retaliação contra a entidade presidida pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que se tornou uma das principais referências da questão agrária no país — E NÃO DA “QUESTÃO RURALISTA”.
A senadora tem conseguido retirar do debate o glacê de ideologia cretina e de mistificação vagabunda. O MST prospera porque boa parte das pessoas se nega a enxergar a realidade do campo. Kátia também tem levado adiante O debate ambiental fora dos parâmetros dos naturebas do miolo mole. Ninguém quer devastar a natureza, é claro. Ou será que os agricultores são maus, mas os ambientalistas são bonzinhos? É preciso saber de onde vem a comida que se compra do Pão de Açúcar, no Carrefour e no armazém do Seu Manuel.
O MST é hoje uma indústria de produzir ideologia e números falsos. E o Incra se tornou a sua fachada oficial. E é bom que os governistas fiquem atentos. Se é fácil inventar mentiras sobre a Petrobras — como a vigarice segundo a qual alguns gostariam de privatizá-la (o único que gostaria, creio, sou eu…) —, no caso do MST, as coisas são um tanto diferentes. O MST conta a sua própria verdade por meio de seus atos. E a maioria dos brasileiros está com o saco cheio dos seus crimes.
Investigar o CNA? Por quê? Por acaso a entidade, que congrega o setor privado, recebe verba pública, como recebe o MST? “Ah, mas ela tem caráter sindical…” Excelente! Então que se investiguem também as centrais sindicais. Vamos ver quem passa por um crivo sério de apuração no uso de recursos. Sem contar que a CUT e congêneres recebem, por exemplo, uma parcela do Imposto Sindical, que é obrigatório mesmo aos não-sindicalizados. É dinheiro do público. E não aceita que suas contas sejam acompanhadas pelo TCU. Aliás, quem vetou o artigo da lei que previa que o tribunal fizesse a verificação foi o companheiro Luiz Inácio Lula da Silva.
Essa história é puro terrorismo. Se as esquerdas querem investigar a CNA ou qualquer outra confederação, que apresentem uma proposta de CPI com fato determinado. Como é determinado o fato de que dinheiro público e de ONGs estrangeiras vai parar no cofre do MST. E, com ele, financiam-se crimes em penca.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
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