A população brasileira confia em Lula... mas tudo o que ele fala é mentira, aí vai mais uma:
A Folha (para assinantes) divulga hoje dados de um relatório do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) que reforçam a tese do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de que o desmatamento na Amazônia está aumentando e que deve, ou deveria, calar aqueles que defendem teses contrárias. O dado mais alarmante é o de Ulianópolis. A cidade paraense desmatou incríveis 76% de sua floresta para dar espaço à pecuária. No total dos 36 municípios que mais desmatam, sete já passaram dos 50% de áreas devastadas (20% é o permitido) e a estimativa é de que 500 mil “bois piratas” estejam instalados nas áreas destruídas ilegalmente.
É assim que funciona, a popularidade do presidente é alta porque a maioria dos brasileiros não se informa, ou não recebe a informação correta. Enquanto o governo afirma que o desmatamento está diminuindo, ele não pára de aumentar. Quando percebermos, estaremos sem a floresta. E depois não gostamos quando outros países sugerem a internacionalização. Se continuarmos dando motivos para isso, em breve os grandes países europeus e os EUA vão sim forçar o Brasil a internacionalizar a amazônia. E talvez isso seja o melhor visto que não temos competência para resolver o problema do desmatamento.
Diferente das drogas, que o traficante esconde onde quiser, inlcusive no estômago, a madeira extraída precisa ser transportada em balsas ou caminhões. Bastaria deslocar de 30% à 50% dos 180 mil homens do exército para cuidar disso, inclusive na reserva Serra do Sol. Isso pode ser considerado como parte do treinamento, assim como temos homens nossos ajudando o Haiti, poderíamos tê-los ajudando o Brasil a manter a Amazônia.
Outra coisa que pode ser feita é: dado o mapeamento da floresta que temos, proibir que seja produzido qualquer coisa em áreas já desmatadas. Se fosse assim, não haveria como no caso citado acima um desmatamento de 76% da floresta apenas para dar espaço à pecuária.
A segunda medida depende da primeira, ou seja, precisamos ter o exército fiscalizando junto com o SIAM e fornecendo a retaguarda necessária para os fiscais do ibama aplicarem as multas e sansões sem serem ameaçados ou até subornados.
Não adianta nos revoltarmos contra quem desmata, mas sim contra quem permite desmatar e é isso que o governo está fazendo, vistas grossas ao desmatamento e ainda tentando iludir a população dizendo que o desmatamento está diminuindo.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Mais do mesmo... mais vereadores a mesma irrelevância
Um estudo divulgado pela ONG Transparência Brasil aponta um dado assustador, tá certo, seria assustador se não fosse no Brasil. O estudo mostra que 93% da atividade legislativa dos vereadores do Rio de Janeiro são irrelevantes. Mas vejam, isso não é exclusividade do Rio, em São Paulo esse número é de 91% e em Porto Alegre 88%. Se esse estudo for estendido à mais cidades acredito que dificilmente alguma conseguiria melhorar a marca de POA.
O estudo foi feito entre 2005 e 2008 e envolve todos os projetos submetidos pelos vereadores. Para ver os resumos clique nos links abaixo:
Rio De Janeiro
São Paulo
Porto Alegre
Agora o senado aprovou o aumento no número de vereadores, serão mais 7326 paspalhos e a mesma irrelevância. Felizmente deputados e senadores não conseguiram se acertar e talvez a medida tenha que voltar para a votação e nós ficaremos torcendo para que ela não seja aprovada, porque é só o que podemos fazer.
Essa votação do senado mostra que a irrelevância não é exclusividade dos municípios, eles também sabem ser irrelevantes. Ao invés de votarem projetos de reforma política, reforma trabalhista e reforma tributária como todos queremos e precisamos, dão mais importância à pendurar mais aliados nas prefeituras, lógico.
Para informação dos catarinenses, o senador Raiumundo Colombo foi o único (entre os catarinenses) que votou contra o projeto, gostaria de parabenizá-lo pela atitude correta.
O estudo foi feito entre 2005 e 2008 e envolve todos os projetos submetidos pelos vereadores. Para ver os resumos clique nos links abaixo:
Rio De Janeiro
São Paulo
Porto Alegre
Agora o senado aprovou o aumento no número de vereadores, serão mais 7326 paspalhos e a mesma irrelevância. Felizmente deputados e senadores não conseguiram se acertar e talvez a medida tenha que voltar para a votação e nós ficaremos torcendo para que ela não seja aprovada, porque é só o que podemos fazer.
Essa votação do senado mostra que a irrelevância não é exclusividade dos municípios, eles também sabem ser irrelevantes. Ao invés de votarem projetos de reforma política, reforma trabalhista e reforma tributária como todos queremos e precisamos, dão mais importância à pendurar mais aliados nas prefeituras, lógico.
Para informação dos catarinenses, o senador Raiumundo Colombo foi o único (entre os catarinenses) que votou contra o projeto, gostaria de parabenizá-lo pela atitude correta.
Dê sua sapatada no bush
Essa é pra descontrair. Esse joguinho permite dar sapatadas no Bush. Pena que não dá pra trocar o personagem e colocar o Lula, mas já dá pra brincar um pouquinho.
Site original do jogo: http://play.sockandawe.com/
Site original do jogo: http://play.sockandawe.com/
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Lula diz que empresário não tem motivo para demitir
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que, apesar da crise financeira mundial, "nenhum empresário tem motivo para mandar trabalhador embora". De acordo com o presidente, com base nas condições do mercado interno brasileiro, que trazem números favoráveis de venda de automóveis e do comércio varejista, não há justificativa para que empresas como a mineradora Vale corte parte do quadro de funcionários.
Fonte: Terra
Aí está. Primeiro nega a crise, depois diz que as empresas não devem demitir, e o pior é que tem gente que concorda com ele. Num momento complicado como esses, empresas como a Vale precisam ser cautelosas. A Vale tem que dar lucro, e para isso tem que ser enxuta. O governo deveria seguir o exemplo das empresas privadas, e diminuir o número de servidores, implementar práticas de governança corporativa, etc...
Mas o que ocorre no Brasil é o oposto. O governo é um cabide de empregos. Deputados e sua penca de acessores, além de todas as verbas e regalias que eles tem. Sem falar as centenas de ministérios e secretarias, ao fim do seu mandato Lula poderá dizer com todo orgulho que nunca na história desse país se criou tantos ministérios e secretarias.
Os sinais da crise estão por todas as partes, outra notícia "Exportação de carne bovina despenca 33% em novembro". Dificilmente as empresas que dependem disso ( frigoríficos, abatedouros, transportadoras, etc... ) conseguirão manter seu quadro de funcionários, afinal essas empresas precisam ser enxutas e lucrativas.
Enfim, apenas pedir aos empresários que não demitam não vai resolver o nosso problema. O governo precisa tomar medidas concretas para amenizar os efeitos, como reduzir impostos que incidem sobre a folha de pagamento pra começar.
Fonte: Terra
Aí está. Primeiro nega a crise, depois diz que as empresas não devem demitir, e o pior é que tem gente que concorda com ele. Num momento complicado como esses, empresas como a Vale precisam ser cautelosas. A Vale tem que dar lucro, e para isso tem que ser enxuta. O governo deveria seguir o exemplo das empresas privadas, e diminuir o número de servidores, implementar práticas de governança corporativa, etc...
Mas o que ocorre no Brasil é o oposto. O governo é um cabide de empregos. Deputados e sua penca de acessores, além de todas as verbas e regalias que eles tem. Sem falar as centenas de ministérios e secretarias, ao fim do seu mandato Lula poderá dizer com todo orgulho que nunca na história desse país se criou tantos ministérios e secretarias.
Os sinais da crise estão por todas as partes, outra notícia "Exportação de carne bovina despenca 33% em novembro". Dificilmente as empresas que dependem disso ( frigoríficos, abatedouros, transportadoras, etc... ) conseguirão manter seu quadro de funcionários, afinal essas empresas precisam ser enxutas e lucrativas.
Enfim, apenas pedir aos empresários que não demitam não vai resolver o nosso problema. O governo precisa tomar medidas concretas para amenizar os efeitos, como reduzir impostos que incidem sobre a folha de pagamento pra começar.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Queda brusca na arrecadação do governo federal
Após recordes sucessivos, a arrecadação do governo federal em impostos e contribuições caiu 16,74% em novembro na comparação com o mês anterior, resultado do agravamento da crise financeira internacional. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda real foi de 1,85%.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Receita Federal. Segundo o órgão, foram arrecadados R$ 54,729 bilhões durante o mês de novembro. No acumulado do ano, o valor já totaliza R$ 633,4 bilhões, um aumento de 9,16% em relação ao que havia sido registrado no mesmo período de 2007.
Antes da crise, os resultados positivos da arrecadação estavam sendo puxados pelos tributos que têm como base o lucro das empresas. "Especificamente no mês de novembro, os mesmos tributos que vinham contribuindo de forma preponderante para o desempenho positivo da arrecadação foram responsáveis pelo decréscimo", afirmou a Receita em nota.
Comento:
Apesar de o Lula ficar fazendo discursos de que o Brasil não foi e nem será atingido pela crise, qualquer pessoa com um mínimo de noção sabia que seríamos afetados. Afinal estamos num mundo globalizado, talvez o nosso imbecíl presidente não tenha percebido isso. Continuamos sendo um país dependente do capital estrangeiro como sempre fomos.
O problema é que o nosso presidente acha que convencendo a população de que a crise não nos atingirá isso realmente acontecerá.
Enquanto todos os outros países anunciaram medidas para conter os efeitos desde o início, o governo brasileiro preferiu ficar assistindo e tentando nos convencer de que a crise "não atravessaria o atlântico", nas palavras do próprio Lula.
O problema dessa demora toda é que nesse período de tempo, vários novos cargos foram aprovados pela câmara e pelo senado, além dos aumentos de salários para os servidores em exercício. Em 16 de outubro já após o início da crise a Câmara dos Deputados aprovou um aumento de salários para 471.477 servidores, o que poderá causar um rombo de R$ 3,4 bilhões de reais apenas este ano indo para R$ 16,6 bilhões em 2011. Outro exemplo, que não afeta diretamente os cofres do governo federal, mas sim os dos municípios é a notícia de que a CCJ recria as vagas de 7554 vereadores, que haviam sido extintas ( extinção que havia sido comemorada pela maioria dos brasileiros ). Veja a notícia neste link.
Enquanto o Lula faz de conta que a crise não existe e não chegará à nós, os deputados fazem de conta que acreditam e o Brasil vai cavando a própria cova.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Receita Federal. Segundo o órgão, foram arrecadados R$ 54,729 bilhões durante o mês de novembro. No acumulado do ano, o valor já totaliza R$ 633,4 bilhões, um aumento de 9,16% em relação ao que havia sido registrado no mesmo período de 2007.
Antes da crise, os resultados positivos da arrecadação estavam sendo puxados pelos tributos que têm como base o lucro das empresas. "Especificamente no mês de novembro, os mesmos tributos que vinham contribuindo de forma preponderante para o desempenho positivo da arrecadação foram responsáveis pelo decréscimo", afirmou a Receita em nota.
Comento:
Apesar de o Lula ficar fazendo discursos de que o Brasil não foi e nem será atingido pela crise, qualquer pessoa com um mínimo de noção sabia que seríamos afetados. Afinal estamos num mundo globalizado, talvez o nosso imbecíl presidente não tenha percebido isso. Continuamos sendo um país dependente do capital estrangeiro como sempre fomos.
O problema é que o nosso presidente acha que convencendo a população de que a crise não nos atingirá isso realmente acontecerá.
Enquanto todos os outros países anunciaram medidas para conter os efeitos desde o início, o governo brasileiro preferiu ficar assistindo e tentando nos convencer de que a crise "não atravessaria o atlântico", nas palavras do próprio Lula.
O problema dessa demora toda é que nesse período de tempo, vários novos cargos foram aprovados pela câmara e pelo senado, além dos aumentos de salários para os servidores em exercício. Em 16 de outubro já após o início da crise a Câmara dos Deputados aprovou um aumento de salários para 471.477 servidores, o que poderá causar um rombo de R$ 3,4 bilhões de reais apenas este ano indo para R$ 16,6 bilhões em 2011. Outro exemplo, que não afeta diretamente os cofres do governo federal, mas sim os dos municípios é a notícia de que a CCJ recria as vagas de 7554 vereadores, que haviam sido extintas ( extinção que havia sido comemorada pela maioria dos brasileiros ). Veja a notícia neste link.
Enquanto o Lula faz de conta que a crise não existe e não chegará à nós, os deputados fazem de conta que acreditam e o Brasil vai cavando a própria cova.
Câmara vai gastar R$ 44 milhões em reforma de apartamentos de deputados
Em tempos de crise, a Câmara dos Deputados prepara a segunda etapa da reforma dos apartamentos funcionais, cuja menor proposta global de concorrência é de R$ 44 milhões. Trata-se de um custo médio de R$ 366 mil por apartamento.
A compra de 120 banheiras de hidromassagem, com aquecedor, deve gerar despesas aproximadas em R$ 300 mil. Há também a previsão de peças como chuveiros (valor estimado em R$ 1,26 mil por unidade), trituradores de resíduos (R$ 1,36 mil), cubas de aço inox (R$ 1 mil) e assentos removíveis para banho, linha conforto (R$ 2 mil).
Os apartamentos funcionais ficam à disposição dos parlamentares em Brasília. O índice de ocupação dos imóveis está abaixo de 50% há dois anos. De acordo com pesquisa publicada na edição desta quarta-feira do jornal Correio Braziliense, a baixa taxa de ocupação gerou um desperdício de R$ 109 milhões no período.
Comento:
Pois é pessoal, só no Brasil vemos este tipo de coisa. O mais revoltante não é o gasto, se é necessário, tudo bem que se faça. O que mais me intriga é que o valor de R$ 44 milhões deveria ser suficiente para derrubar o prédio e construir um novo, talvez até com o dobro do tamanho, não fossem os luxos desnecessários citados acima.
A compra de 120 banheiras de hidromassagem, com aquecedor, deve gerar despesas aproximadas em R$ 300 mil. Há também a previsão de peças como chuveiros (valor estimado em R$ 1,26 mil por unidade), trituradores de resíduos (R$ 1,36 mil), cubas de aço inox (R$ 1 mil) e assentos removíveis para banho, linha conforto (R$ 2 mil).
Os apartamentos funcionais ficam à disposição dos parlamentares em Brasília. O índice de ocupação dos imóveis está abaixo de 50% há dois anos. De acordo com pesquisa publicada na edição desta quarta-feira do jornal Correio Braziliense, a baixa taxa de ocupação gerou um desperdício de R$ 109 milhões no período.
Comento:
Pois é pessoal, só no Brasil vemos este tipo de coisa. O mais revoltante não é o gasto, se é necessário, tudo bem que se faça. O que mais me intriga é que o valor de R$ 44 milhões deveria ser suficiente para derrubar o prédio e construir um novo, talvez até com o dobro do tamanho, não fossem os luxos desnecessários citados acima.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Governo contrata esquerdistas
Quero inaugurar esse blog, comentando sobre algo que eu li hoje e achei extremamente prejudicial ao país.
Não quero fazer deste um blog anti-petista, nem anti-lula. Quero me manter neutro, para opinar o que tem sido feito de bom e de ruim no governo lula, bem como nos outros governos que vierem a assumrir a presidência.
Infelizmente o governo lula toma algumas atitudes estranhas, vou colar aqui um e-mail que foi enviado ao Reinaldo Azevedo por uma economista que participou de um concurso do IPEA. Concurso cujo objetivo deveria ser selecionar os melhores economistas, cujos salários serão de R$ 11 mil. O salário é justo, visto que os cargos devem ser ocupados por excelentes profissionais da área. Segue o relato:
Quem vem acompanhando os acontecimentos recentes do IPEA, iniciados desde que a nova diretoria assumiu, poderia esperar que o maior concurso da história da instituição tivesse algum viés ideológico e teria algumas excentricidades. Entretanto, o que se viu no concurso realizado no dia 13/12/2008 supera de longe a expectativa mais pessimista. Não quero aqui julgar o viés ideológico da prova e sim a capacidade de selecionar pesquisadores de qualidade.
O que deveria ser exigido na seleção de um bom pesquisador aplicado em economia (para fazer jus ao nome da instituição)? Na minha opinião, conhecimentos sobre diversas linhas de pensamento, o instrumental básico de micro e macroeconomia e econometria. O edital da prova, entretanto, já adiantava alguns problemas. A palavra “econometria” não era nem citada, e as vagas foram dividas em áreas de especialização, de conteúdo limitado, o que beneficia "concurseiros" em detrimento de economistas de formação ampla. Escolhi, por eliminação, a área "Estruturas Produtivas, Tecnológica e Industrial", que continha microeconomia e outros tópicos sobre a estrutura produtiva brasileira, e fui surpreendida com uma prova que nem condizente com o conteúdo anunciado era.
A prova é um festival de afirmações cheias de juízo de valor e de linguagem ininteligível (...). O que dizer sobre a frase: "A especulação financeira vislumbra como luz no fim do túnel o brilho do tesouro nacional"? Ou "Sem a conversão dos fundos públicos em pressuposto geral do capital, a economia produtiva capitalista é insustentável"? (...). Como se não existissem inúmeras teorias de economistas consagrados, fez-se referência à teoria de padrões de acumulação e oligopólios do sociólogo Francisco de Oliveira (que correspondeu a quase 10% da prova) e do conceito de “burocracia” do filósofo francês Claude Lefort. Para ser justa, não posso ignorar que fizeram perguntas sobre as teorias de Schumpeter, Malthus e Adam Smith, mas será que mais nada foi pensado em economia que mereça menção na prova?
Outra excentricidade foi o grande número de perguntas sobre artigos de leis e instruções normativas sobre parcelamento do solo, IPTU, Estatuto das Cidades, posse de terras e acesso à terra, que nem citados no programa estavam. Alguém deve estar se perguntando sobre o conteúdo de microeconomia, que correspondia a um terço da prova segundo o edital. Estes exigiam o conhecimento passado no primeiro dia do curso de microeconomia: "O custo total médio da produção é a soma, para cada nível de produção dos custos fixos e variáveis", ou "A teoria da firma se desdobra em Teorias da Produção, dos Custos e dos rendimentos e alicerceia a análise da oferta". Ou ainda: "Como as quantidades procuradas (QP) não dependem diretamente do nível de preços (P), é correto afirmar que não há uma relação funcional de dependência entre as variáveis QP e P".
A prova foi fechada com chave de ouro com a parte discursiva, onde as duas únicas questões eram sobre a teoria neo-shumpeteriana. Esses são os horrores da prova de "microeconomia". Não faltam exemplos nas outras áreas. Não sei se fico mais deprimida como economista, por pensar no futuro do IPEA e no que o governo considera que é um conteúdo razoável para um profissional da minha área, ou como cidadã, que pagará impostos para custear os cerca de 60 profissionais que serão contratados com base nesses critérios para ganhar quase R$ 11 mil por mês.
Voltando...
Mesmo não sendo especialista em economia, percebo que as questões citadas pela economista são, no mínimo, estranhas. É obvio que para um concurso que visa selecionar os melhores profissionais disponíveis em determinada área, as perguntas deveriam ser objetivas e condizentes com o cargo.
Apesar de parecerem condizentes, perguntas ideológicas ou políticas não podem fazer parte de qualquer tipo de prova em concursos públicos, por uma razão óbvia.
O IPEA, era subordinado ao Ministério do Planejamento, mas o governo passou a bola para a Secretaria de Assuntos de Longo Prazo ( dita por uns, SEALOPRA ). Secretaria essa, que foi criada pelo governo Lula, para variar.
Podemos perceber que os Assuntos de Longo prazo tem um foco muito bem traçado. Estamos falando em longo prazo para o PT e não para o Brasil. Pelo menos nisso, parece que estão sendo competentes, tratando de filtrar a entrada de funcionários públicos ( de alto escalão ) que estejam "engajados" com a "causa". Ora, é muito mais fácil manipular estes que são simpáticos às ideologias do PT.
Não quero fazer deste um blog anti-petista, nem anti-lula. Quero me manter neutro, para opinar o que tem sido feito de bom e de ruim no governo lula, bem como nos outros governos que vierem a assumrir a presidência.
Infelizmente o governo lula toma algumas atitudes estranhas, vou colar aqui um e-mail que foi enviado ao Reinaldo Azevedo por uma economista que participou de um concurso do IPEA. Concurso cujo objetivo deveria ser selecionar os melhores economistas, cujos salários serão de R$ 11 mil. O salário é justo, visto que os cargos devem ser ocupados por excelentes profissionais da área. Segue o relato:
Quem vem acompanhando os acontecimentos recentes do IPEA, iniciados desde que a nova diretoria assumiu, poderia esperar que o maior concurso da história da instituição tivesse algum viés ideológico e teria algumas excentricidades. Entretanto, o que se viu no concurso realizado no dia 13/12/2008 supera de longe a expectativa mais pessimista. Não quero aqui julgar o viés ideológico da prova e sim a capacidade de selecionar pesquisadores de qualidade.
O que deveria ser exigido na seleção de um bom pesquisador aplicado em economia (para fazer jus ao nome da instituição)? Na minha opinião, conhecimentos sobre diversas linhas de pensamento, o instrumental básico de micro e macroeconomia e econometria. O edital da prova, entretanto, já adiantava alguns problemas. A palavra “econometria” não era nem citada, e as vagas foram dividas em áreas de especialização, de conteúdo limitado, o que beneficia "concurseiros" em detrimento de economistas de formação ampla. Escolhi, por eliminação, a área "Estruturas Produtivas, Tecnológica e Industrial", que continha microeconomia e outros tópicos sobre a estrutura produtiva brasileira, e fui surpreendida com uma prova que nem condizente com o conteúdo anunciado era.
A prova é um festival de afirmações cheias de juízo de valor e de linguagem ininteligível (...). O que dizer sobre a frase: "A especulação financeira vislumbra como luz no fim do túnel o brilho do tesouro nacional"? Ou "Sem a conversão dos fundos públicos em pressuposto geral do capital, a economia produtiva capitalista é insustentável"? (...). Como se não existissem inúmeras teorias de economistas consagrados, fez-se referência à teoria de padrões de acumulação e oligopólios do sociólogo Francisco de Oliveira (que correspondeu a quase 10% da prova) e do conceito de “burocracia” do filósofo francês Claude Lefort. Para ser justa, não posso ignorar que fizeram perguntas sobre as teorias de Schumpeter, Malthus e Adam Smith, mas será que mais nada foi pensado em economia que mereça menção na prova?
Outra excentricidade foi o grande número de perguntas sobre artigos de leis e instruções normativas sobre parcelamento do solo, IPTU, Estatuto das Cidades, posse de terras e acesso à terra, que nem citados no programa estavam. Alguém deve estar se perguntando sobre o conteúdo de microeconomia, que correspondia a um terço da prova segundo o edital. Estes exigiam o conhecimento passado no primeiro dia do curso de microeconomia: "O custo total médio da produção é a soma, para cada nível de produção dos custos fixos e variáveis", ou "A teoria da firma se desdobra em Teorias da Produção, dos Custos e dos rendimentos e alicerceia a análise da oferta". Ou ainda: "Como as quantidades procuradas (QP) não dependem diretamente do nível de preços (P), é correto afirmar que não há uma relação funcional de dependência entre as variáveis QP e P".
A prova foi fechada com chave de ouro com a parte discursiva, onde as duas únicas questões eram sobre a teoria neo-shumpeteriana. Esses são os horrores da prova de "microeconomia". Não faltam exemplos nas outras áreas. Não sei se fico mais deprimida como economista, por pensar no futuro do IPEA e no que o governo considera que é um conteúdo razoável para um profissional da minha área, ou como cidadã, que pagará impostos para custear os cerca de 60 profissionais que serão contratados com base nesses critérios para ganhar quase R$ 11 mil por mês.
Voltando...
Mesmo não sendo especialista em economia, percebo que as questões citadas pela economista são, no mínimo, estranhas. É obvio que para um concurso que visa selecionar os melhores profissionais disponíveis em determinada área, as perguntas deveriam ser objetivas e condizentes com o cargo.
Apesar de parecerem condizentes, perguntas ideológicas ou políticas não podem fazer parte de qualquer tipo de prova em concursos públicos, por uma razão óbvia.
O IPEA, era subordinado ao Ministério do Planejamento, mas o governo passou a bola para a Secretaria de Assuntos de Longo Prazo ( dita por uns, SEALOPRA ). Secretaria essa, que foi criada pelo governo Lula, para variar.
Podemos perceber que os Assuntos de Longo prazo tem um foco muito bem traçado. Estamos falando em longo prazo para o PT e não para o Brasil. Pelo menos nisso, parece que estão sendo competentes, tratando de filtrar a entrada de funcionários públicos ( de alto escalão ) que estejam "engajados" com a "causa". Ora, é muito mais fácil manipular estes que são simpáticos às ideologias do PT.
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