sábado, 31 de janeiro de 2009

Decisão de comitê contradiz todas as alegações de Tarso

Órgão do ministério afirmou que temor de perseguição a Battisti não se sustenta

Decisão do ministro, que tem poder para rever as determinações do Conare, contrariou tudo o que o órgão havia argumentado

ANDRÉA MICHAEL
FELIPE SELIGMAN
LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em um documento de 16 páginas, os integrantes do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados) justificam a negativa de status de refugiado a Cesare Battisti afirmando que Justiça italiana é democrática e respeita os direitos humanos, que não há "nexo causal" entre a perseguição alegada por ele e o pedido de refúgio e que não caberia ao órgão, vinculado ao Ministério da Justiça, definir se os crimes atribuídos a ele foram ou não "políticos".

A Folha teve acesso ao processo sigiloso do comitê -ontem o Supremo Tribunal Federal pediu uma cópia dessa decisão. Os argumentos do documento foram ignorados por completo pelo ministro Tarso Genro (Justiça), que reverteu o entendimento do órgão e concedeu o refúgio a Battisti.

O Conare é um órgão interministerial formado por conselheiros de diversas áreas do governo e da sociedade civil. Suas deliberações, conforme prevê a lei, podem ser revistas pelo ministro da Justiça -como ocorreu com Battisti. Mas isso é raro: desde a criação do comitê, em 1998, houve revisão em só 25 de 2.026 casos de refúgios.

A decisão do Conare de negar o pedido de refúgio a Battisti ocorreu em novembro, mas não foi unânime. De cinco conselheiros, três optaram pela negativa e dois pela concessão do refúgio. Votaram contra Luiz Paulo Barreto, presidente do comitê e secretário-executivo do Ministério da Justiça; Gilda Santos Neves, do Itamaraty; e o delegado Antônio Carlos Lessa, da PF, outro órgão subordinado ao ministro.

O principal argumento apresentado por Tarso é que o italiano "possui fundado temor de perseguição por suas opiniões políticas". Para os conselheiros do Conare, porém, "não há como considerar que na Itália não vige um sistema jurídico capaz de resguardar a vida daqueles que cumprem pena em seus cárceres". Acrescenta que o país é democrático, com o funcionamento normal de suas instituições, e que não há violações aos direitos humanos.

Os argumentos de Tarso, se comparados à decisão do Conare, representam mudança radical na interpretação dos fatos. O ministro afirma que a situação de Battisti na França, onde viveu por mais de uma década, foi alterada com "a mudança de posição do Estado francês, que havia lhe conferido guarida". A França concordou com sua extradição.

Já o Conare entendeu o contrário. "Se for feita uma análise real da situação do senhor Cesare Battisti, verifica-se que o mesmo foge da condenação desde 1981." E mais: "A Justiça italiana buscou a sua extradição desde o início, perpassando por diversos governos".

Em sua decisão, Tarso cita pensadores como Norberto Bobbio e Hannah Arendt, mas pouco se atém às decisões judiciais da Itália, referendadas anos depois na França e pela Corte Europeia de Direitos Humanos. O Conare reproduz despacho do último tribunal, no qual o italiano teve "direito de defesa e estava informado sobre a acusação contra ele".

O Conare se nega a avaliar se são políticos os crimes atribuídos a Battisti, dizendo ser essa "competência exclusiva" do STF, diz que não cabe a ele "instaurar" novo julgamento e atesta a legalidade do processo.

Quanto às pressões da Itália para que o Brasil extraditasse Battisti, que agora tanto tem incomodado autoridades brasileiras, os conselheiros do Conare concluíram que a atitude era um "direito legítimo de qualquer Estado que pretende ver cumpridas as suas decisões, como o faz da mesma maneira o governo brasileiro, sem que se caracterize constrangimento à soberania de outros país".

(*) Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc3001200902.htm

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Forum Social Mundial deveria se chamar Fórum Social Comunista

Pérolas do Forum(Farra) Social Mundial

Da Reuters:
Quatro presidentes sul-americanos entusiasmaram na quinta-feira a plateia do Fórum Social Mundial em Belém, fazendo duros ataques ao capitalismo e propondo um novo mundo socialista.
O venezuelano Hugo Chávez, o boliviano Evo Morales, o equatoriano Rafael Correa e o paraguaio Fernando Lugo foram aclamados pela multidão no encontro "Perspectivas da Integração Popular da América Latina".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participou do evento, mas se reuniria depois com os quatro colegas.
Durante o debate, os presidentes fizeram inúmeros ataques ao "imperialismo norte-americano", e somaram suas vozes a cantos de protesto e aos coros usados há décadas por militantes de esquerda, sindicalistas, indígenas e diversos outros movimentos.
Houve momentos de homenagem ao guerrilheiro de origem argentina Ernesto "Che" Guevara, heroi da revolução cubana, morto na Bolívia na década de 1960, e gritos de saudação ao revolucionário cubano Fidel Castro, afastado definitivamente do poder por motivo de saúde.
"Enquanto (no Fórum Econômico Mundial) em Davos, Suíça, se reúne o mundo que morre, aqui se reúne o mundo que nasce. Estamos onde nasce um mundo novo, uma nova era", disse Chávez ao desembarcar em Belém.
Criado há oito anos em Porto Alegre, o Fórum Social Mundial habitualmente coincide com o evento de Davos, onde a elite empresarial e política mundial se reúne todos os anos.
Em seu pronunciamento, Chávez voltou a atacar o ex-presidente norte-americano George W. Bush, e reservou uma recepção apenas cautelosa ao sucessor dele na Casa Branca, Barack Obama.
"Estaremos à espera, observando, a atuação do novo governo dos Estados Unidos, que tem um problema muito grave dentro das suas fronteiras: a crise econômica", disse.
Acrescentou, porém, que não se ilude quanto a mudanças. "O império está intacto (...), e o próprio presidente (Obama) já disse que Chávez é um obstáculo."
Correa também atacou o capitalismo e disse ser parte de um grupo de "governos progressistas que buscam um sistema mais justo" por meio do "socialismo do século 21", no qual vigore "a supremacia do ser humano e do trabalho humano sobre o capital."
Morales admitiu que pode cometer erros, mas prometeu jamais abandonar "a luta contra o imperialismo norte-americano".
O ex-bispo Lugo, mais recente integrante do bloco de esquerda sul-americano, disse que, graças aos grupos militantes, a América Latina vive um profundo processo de mudanças.
"Movimentos populares, camponeses, indígenas, de mulheres e de jovens nos deram a possibilidade de gerar essa mudança em nosso país", afirmou Lugo, cuja vitória eleitoral, no ano passado, encerrou décadas de governo conservador do Partido Colorado.

Palmada no bumbum

Fonte: Guilherme Fiuza (blog)

O governo federal decidiu exigir licença prévia para importações. É um certo estilo de combater a abertura de mercado a golpes de carimbo, mas é direito dele.

Assustador é o mesmo governo federal suspender a medida em coisa de 48 horas – depois de ouvir as primeiras reações contrárias, entre elas um pito da Miriam Leitão ao vivo (“são uns malucos”).

Qual será afinal a diretriz de política econômica do governo? A que prescreve um entrave burocrático nas operações de importação, ou a que o remove? Há uma terceira opção possível, talvez a mais provável: não haver diretriz alguma.

Como se sabe, a era Lula fundou o estatismo neoliberal. Esse sistema hermafrodita consiste basicamente em deixar o Banco Central governando (ninguém está aí para correr riscos eleitorais) e colocar uns ministros jogando pedras nele. A fórmula é perfeita: o país segue seu trilho e o povo continua achando o governo bonzinho.

Aí tem de tudo, até assessor especial do presidente da República mandando cartinha pela internet para dizer que “A América do Sul e Latina estão vivendo o momento mais rico de sua história de 500 anos”, graças ao que está acontecendo na Venezuela, na Bolívia, no Brasil e no Equador – ou seja, graças ao chavismo.

Assim os meninos aloprados de Lula vão brincando de revolução nacionalista, e de repente alguém tem a idéia de fazer uma traquinagem contra as importações.

Não tem problema. Uma traquinagem é só uma traquinagem. Um pito da Miriam Leitão resolve.

Pensando bem, o melhor é deixar os meninos gastando 80 milhões de reais do contribuinte na Farra Social Mundial. Pelo menos lá eles não mexem com a vida real.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O Brasil Terrorista

Até alguns anos atrás era difícil alguem imaginar que o Brasil um dia poderia ser tratado como país terrorista. Pois é o que a turma do Lula está conseguindo fazer, transformar o Brasil em país que abriga terroristas, e pior, criando intrigas com países que sempre foram nossos aliados.

Todo mundo sabe que o Brasil só passou há ser considerado um país democrático de alguns anos pra cá, e ainda temos problemas nas nossas instituições e na nossa constituição que dificultam a justiça e a democracia de funcionarem corretamente. Um exemplo é o que explica o advogado e mestre em direito internacional Bruno Yepes Pereira:
"É necessário um novo projeto para modificar alguns aspectos dessa lei de concessão do benefício de refugiado. Porque ela acaba repousando a palavra final sobre a concessão nas mãos de alguém que exerce um cargo político, que vai agir ao sabor da política", ou seja, a decisão de Tarso Genro não pode ser contestada pelo STF e por nenhum outro órgão do governo. E todos os brasileiros pagam pela imbecilidade dos nossos governantes-salva-terroristas.

Existem vários outros casos, por exemplo do repórter que foi deportado pelo Lula simplesmente porque falou mal dele. É lógico, se ele pudesse voltaríamos para a ditadura hoje mesmo.

Se não bastasse a imbecilidade de dar abrigo político à um terrorista, Tarso Genro para justificar seu ato insano, alegou que a Itália não deu direito de defesa à Batisti, e que a democracia italiana precisa melhorar.

Vejam lá o que diz o vice-ministro de Relações Exteriores da Itália, Alfredo Mantica: “Lula coloca em discussão a democracia e o sistema jurídico italiano. Francamente, não podemos aceitar receber uma lição do Brasil ou de Lula".

Concordo plenamente com ele. O Brasil não é e nunca foi exemplo de justiça para nenhum outro país no mundo, talvez seja exemplo de democracia para Cuba, Venezuela, etc.. mas não para a Itála.

Se é para ser justo, porque então o Brasil não concedeu asilo aos dois atletas cubanos que tentaram se refugiar aqui nos tempos do Pan? Duas pessoas que não queriam mais voltar para o seu país de origem por não aguentar mais o regime totalitário de Castro. A resposta é óbvia: porque Cuba também é comunista, e Lula tem um pé no comunismo, isso é inegável.

Agora, após toda essa lambança já ter sido feita, a Itália já estuda retaliações ao governo brasileiro, e a primeira delas será vetar qualquer tentativa de o Brasil entrar no Conselho de Segurança da ONU. Se o Brasil insistir nisso, provavelmente levarão o embaixador italiano de volta para Itália em definitivo ( ele já foi para dar explicações ). Além disso, podemos sofrer retaliações de outros países, aliados da Itália como a União Européia e Estados Unidos.

Tudo isso graças à imbecilidade de um bando de petistas desastrados que estão metendo os pés pelas mãos. Mas no final das contas até acho tudo isso bom, quem sabe o país acorda e enxerga quem realmente está no poder.

Vítimas do terrorismo criticam Brasil

Por Jamil Chade, ESP

As famílias das vítimas do terrorismo na Itália protestam contra a carta enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao governo italiano justificando a decisão do Brasil de dar status de refugiado político ao extremista Cesare Battisti. Para as famílias, a decisão e a carta são "verdadeiros insultos ao povo italiano e às vítimas do terrorismo".

O grupo está ainda organizando uma reação popular contra a decisão do Brasil e pede para cada italiano enviar cartas ao governo e à embaixada do País em Roma.

"O que estamos vendo é um comportamento vergonhoso do Brasil em relação a esse assunto", afirmou ao Estado o vice-presidente da Associação das Famílias das Vítimas do Terrorismo na Itália, Roberto Della Rocca.

"Será que o Brasil sabe exatamente o que está fazendo e quem são essas pessoas? Battisti é um homicida, mas nem por isso seria torturado nas cadeias italianas se voltasse ao país", disse Della Rocca.

Ele ainda faz uma ironia. "Para as famílias das vítimas, não queremos nada mais que ver Battisti em uma cela comum no Brasil. Isso bastaria e já seria já sua punição pelo que fez", disse, se referindo às condições das cadeias brasileiras.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Battisti, o Brasil, The Economist e a esquerda herbívora

Texto extraido do blog do Reinaldo Azevedo:
O estrago causado por Tarso Genro na imagem do Brasil não é pequeno. Jornais e revistas de toda a Europa noticiam o “refúgio” dado pelo ministro a Cesare Battisti, terrorista italiano condenado em seu país. Agora foi a vez da revista britânica The Economist. A revista aponta o erro do governo brasileiro e dá relevo à questão comentada neste blog desde o primeiro dia: na terra de Aldo Moro, o terrorismo — e o combate implacável que ele pede — é uma questão de suma importância. Está inscrita na memória do país. A besteira custaria caro.

A revista critica o Apedeuta por ter ignorado os apelos do governo italiano e tê-los transformado numa questão de soberania, como se o país mais rico quisesse dizer ao mais pobre o que fazer. A Economista lembra que o governo Lula é composto por muitos membros com o passado na extrema esquerda — onde estava Battisti quando cometeu seus crimes.

Para lembrar o termo cunhado por alguns estudiosos, Lula era tido como representante de uma “esquerda vegetariana”, à diferença da “esquerda carnívora” de um Chávez. Brinquei, então, que deveríamos tratar as coisas pelo seu devido nome: seria uma esquerda herbívora...

Bem, meus caros, o fato é que o episódio começou a dar a vários países uma dimensão do governo Lula que ficava um tanto mitigada pelo, sejamos genéricos, amor aos mercados... Poucos se dão conta de que, muitas vezes, o PT procura usar o respeito às regras de mercado como só um “mercadismo”. É como se isso lhe desse o direito de praticar toda sorte de abusos.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Lula Forever

Extraído do blog do Guilherme Fiuza. Dispensa comentários:

Atenção, Brasil. Luiz Inácio falou, Luiz Inácio avisou: o petismo não vai largar o osso.

Em visita à Venezuela, Meca do populismo golpista, o presidente apoiou a lei da reeleição infinita de Hugo Chávez. E disse que no Brasil, no momento em que o país tiver “instituições consolidadas” e “liberdade política”, isso vai acontecer.

Lula tem razão: o Brasil ainda é uma democracia frouxa. Se fosse uma democracia de verdade, o Congresso Nacional o questionaria imediatamente sobre essa suposta falta de liberdade política para eternizar o governante no poder.

O que Lula quis dizer com isso? Ninguém vai perguntar a ele? Não. Padinho Ciço falou, tá falado. E o Brasil, como se sabe, não tem oposição.

É bom ver Lula à vontade na Venezuela, exaltando a maravilhosa democracia chavista. É ali que sua coceira autoritária dá as caras. É bom lembrar que o ex-operário tem essa coceira.

É bom lembrar que o “ministro Dirceu” continua despachando com o primeiro escalão do governo, como se viu na agenda de Nelson Jobim.

É bom lembrar da megalomania expansionista para o Banco do Brasil.

E da promiscuidade entre a Caixa Econômica e a Petrobras nos negócios de Estado.

E da lavagem cerebral esquerdista no concurso do Ipea.

E da mordaça terceiro-mundista do Itamaraty.

E da cruzada de Tarso Genro contra a imprensa burguesa, que dá azia no chefe.

E do uso da Polícia Federal como polícia política (na democrática Venezuela deve ser comum esse negócio de espionar advogados, novidade por aqui).

A iniciativa privada também pode contribuir com o plano popular revolucionário: na Venezuela, Lula e Chávez foram visitar um “projeto agrário socialista” de 2 bilhões de dólares bancado pela Odebrecht. Só rindo.

Enquanto o Brasil não chega ao nirvana chavista, continua sendo uma democracia vagabunda. Partidos como PSDB e DEM, que também só pensam naquilo, são incapazes de uma crítica responsável ao devaneio lulista. Ficam pelos cantos, se roendo de ciúmes dos 80% de popularidade, torcendo pela crise.

Fica então combinado assim: quando o Brasil tiver instituições consolidadas e liberdade política, será como a Venezuela.

Não reclame de barriga cheia: o paradigma podia ser o Irã.


quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

PT Apóia Oficialmente o terrorismo

07 de janeiro de 2009

Do Observatório de Inteligência

Repercute no país e no exterior a manifestação do Partido dos Trabalhadores descaracterizando o direito de defesa nacional de Israel e se posicionando a favor do Hamas, diante do atual conflito em Gaza.

O partido do presidente da república, maculado pela sua simpatia a extremistas de toda ordem, colecionador de fatos imorais na condução da administração pública, principal aparelhador do Governo e vinculado ao Foro São Paulo, este integrado por organizações narco-guerrilheiras e terroristas, confirma seu espírito venal e de abutre ao transformar os cadáveres de Gaza em carniça ideológica para agitação e propaganda internacional.


Berzoini, presidente do PT: texto revela o pensamento insano do partido do presidente da república.
A sociedade judaico-cristã não pode esquecer o "21 de Setembro", marco de profundas e contínuas reflexões para a salvaguarda da civilização, permanente vigília e ação em busca da compreensão e paz social das nações.

O PT, com suas rompantes manifestações de marketing político, exibe a insanidade mental e espiritual de seus dirigentes, esquecendo que a URSS não mais existe e que Cuba não é, nem nunca foi, exemplo de democracia e liberdade.

Segue o manifesto do PT, na íntegra, bem como as cartas entregues aos embaixadores de Israel e da Palestina, no Brasil, por parlamentares do PT e PCdoB.

PT condena ataques criminosos

Os ataques do exército de Israel contra o território palestino, que já causaram milhares de vítimas e centenas de mortes, além de danos materiais, só podem ser caracterizados como terrorismo de Estado.

Não aceitamos a "justificativa" apresentada pelo governo israelense, de que estaria agindo em defesa própria e reagindo a ataques.

Atentados não podem ser respondidos através de ações contra civis. A retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista: Lídice e Guernica são dois exemplos disso.

O governo de Israel ocupa territórios palestinos, ao arrepio de seguidas resoluções da ONU. Até agora, conta com apoio do governo dos Estados Unidos, que se realmente quiser tem os meios para deter os ataques.

Feitos sob pretexto de "combater o terrorismo", os ataques de Israel terão como resultado alimentar o ódio popular e as fileiras de todas as organizações que lutam contra os EUA e seus aliados no Oriente Médio, aumentando a tensão mundial.

O Partido dos Trabalhadores soma sua voz à condenação dos ataques que estão sendo perpetrados pelas forças armadas de Israel contra o território palestino e convoca seus militantes a engrossarem as manifestações contra a guerra e pela paz que estão sendo organizadas em todo o Brasil e no mundo.

O PT reafirma, finalmente, seu integral apoio à causa palestina.

Ricardo Berzoini
Presidente nacional do PT
Valter Pomar
Secretário de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores


Nota de repúdio da comunidade Judaica ao manifesto do PT

A Federação Israelita do Estado de São Paulo, entidade que representa a comunidade judaica do referido estado, recebeu com indignação a nota do Partido dos Trabalhadores (PT) relativa ao conflito no Oriente Médio.

Em primeiro lugar, jamais este partido se manifestou contra os ataques do grupo terrorista Hamas contra o território israelense, que acontecem há anos, inclusive durante o cessar-fogo, que jamais foi respeitado por esta milícia. Jamais este partido se manifestou contra o assassinato de 400 civis em apenas dois dias no Congo, nem com a "limpeza étinica" que vitimou mais de 100 mil pessoas em Darfur.

Israel, como um país soberano tem todo o direito de se defender de ataques terroristas. Israel não atacou os palestinos. O sul de Israel vem sendo quase ininterruptamente bombardeado pelos Hamas há 7 anos e o Exército não tem respondido para evitar congelar os progressos nos acordos de paz realizados com a Autoridade Palestina (oposição do Hamas).

Israel retirou-se da Faixa de Gaza há 3 anos num gesto de paz e os ataques pioraram, pois o Hamas ficou mais próximo da fronteira israelense. Após uma breve trégua utilizada pelo Hamas para se fortalecer e se armar, os ataques palestinos se intensificaram.

Nestas circunstaâncias, Israel iniciou o contra-ataque atual para evitar os lançamentos de mísseis. Qualquer país no mundo faria o mesmo para se defender, no entanto, todos condenam Israel com o termo "Nazistas" ou "Massacre" num claro jogo sujo e baixo de desinformação e manipulação.

Convocar seus militantes a se manifestarem causando a importação do conflito é um erro crasso. O PT, como partido que governa este país, em seus 30 anos de existência deveria se preocupar mais em contribuir para um processo de paz duradouro e eficaz na região ao invés de jogar gasolina em uma história que desconhece.

FISESP - Federação Israelita do Estado de S. Paulo
São Paulo, 6 de janeiro de 2008

Abin monitora ''aliança'' entre MST e Paraguai para rever acordo de Itaipu

Por Tânia Monteiro e Roldão Arruda, no Estadão:
Por determinação do Palácio do Planalto, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deverá monitorar a aproximação que estaria ocorrendo entre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o governo do presidente Fernando Lugo, do Paraguai. A preocupação do governo é com a tentativa de cooptação dos sem-terra pelos paraguaios, com o objetivo de apoiar mudanças no Tratado de Itaipu, aumentando o valor da energia paga pelo Brasil, além de renegociar a dívida. Essas mudanças estavam entre as principais promessas de campanha de Lugo nas eleições presidenciais do ano passado.
O MST está distribuindo entre acampados e assentados material com informações sobre a polêmica, chamando a atenção de seus militantes para os direitos do país vizinho. "No caso da usina de Itaipu, é uma questão de defesa dos princípio da soberania nacional e popular sobre os recursos naturais", disse ontem ao Estado um dos principais líderes nacionais da organização, Roberto Baggio. "A Eletrobrás paga uma bagatela para eles (paraguaios) e quem está ganhando mesmo são os grandes grupos econômicos, estrangeiros, que compram barato essa energia para ter lucro."
O governo brasileiro vê como um problema a eventual atuação do presidente paraguaio em sintonia com os sem-terra. Primeiro, porque seria uma interferência indesejada em assuntos internos, considerando que as autoridades brasileiras já disseram que o tratado é inegociável. E, segundo, porque ocorreria às vésperas do aniversário de 25 anos do MST, que deverá ser comemorado com manifestações de protesto, ocupações de terra e marchas por todo o País.
Acredita-se que a questão do pleito paraguaio será incluída nas manifestações, difíceis de serem monitoradas - devido ao fato de os sem-terra não terem um controle centralizado, cabendo a cada Estado definir o que fazer.

Muitos falam que o Brasil é um país bom porque não temos terroristas. O MST está aí pra provar o contrário. Afinal, o que pode ser mais prejudicial para o país do que isto ? Ao invés de defenderem o nosso país, estão defendendo o aumento dos valores pagos ao paraguai, muito provavelmente em troca de nada ou quase nada.
Esse pessoal do MST são uns baderneiros, todos sabem, só que a maioria esquece de que Lula sempre os apoiou, sempre disse que eles eram injustiçados, que só queriam terra para trabalharem.
Só que para Lula não importa se o país vai pagar mais pela energia, afinal já estamos pagando pelo gás né. Como eu sempre digo, estamos acostumados com esse tipo de aberrações que acontecem na nossa política.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O Legado de 2010

Gostaria de começar citando o que li hoje no blog do Guilherme Fiuza :

Há exatos dez anos, tomava posse uma safra de governadores movidos por uma mesma, e nova na época, palavra de ordem: ajuste fiscal. Ali terminava a adolescência da administração pública brasileira.

Fora as pantomimas de Itamar Franco – que queria voltar a ser presidente e decretou a moratória mineira, desastrosa para o Brasil – governadores de todos os partidos assumiam decretando o fim da festa das máquinas estatais. Era o fim do almoço grátis consagrado por Brizola, Quércia, Maluf e companhia.

Até então, ajuste fiscal era palavrão de PFL. Dali em diante, virou princípio sagrado – subscrito, entre outros, por Lula em 2002, para sair da fila.

Mas Lula nunca se conformou muito com essa história de responsabilidade fiscal. Tapou o nariz e foi em frente, porque não iria mexer em time vencedor. Mas governar sem espalhar dinheiro por aí não tinha nada a ver com seus sonhos de poder.

Papai do céu é amigo de Lula e lhe deu seis anos de crédito farto e dinheiro barato no mundo. Daí nasceram 37 ministérios, emprego para a companheirada toda, dinheiro de graça para os pobres e os nem tão pobres, entre outras farras e bolsas – o paradoxo do populismo neoliberal.

Agora os deuses estão finalmente avisando que o bicho vai pegar. Mas quem são os deuses diante de Luiz Inácio da Silva?

Na posse dos novos prefeitos, dez anos depois do nascimento da responsabilidade fiscal, Lula deu um pito nos que prometeram austeridade. O presidente está mandando gastar. E está distribuindo dinheiro federal para a legião de prefeituras aliadas.

Ou seja: no alvorecer da crise, mantém seu credo de explodir os gastos públicos – agora com truques como o Fundo Soberano e seu cheque voador de 14 bilhões de reais.

A conta amarga dessa falsa prosperidade, evidentemente, só será conhecida por quem assumir o Brasil em 2011. E que ninguém duvide: a culpa será do novo mandatário.

Lula será bonzinho para sempre.

Todos têm que admitir que esse fundo soberano é uma arma se cair em mãos erradas. E já caiu. Nas mãos de Lula, que vai distribuir dinheiro para cobrar de volta em 2010, quando for colocar algum 'companheiro' seu no poder. É incrível como os governantes no Brasil não pensam nem um pouco no país. Se pensassem pelo menos um pouco veriam que esse fundo soberano vai contra qualquer tipo de esforço para trazer transparência e melhorar a administração do dinheiro público. É mais uma aberração brasileira ( o Lula é outra )

Mas o povo brasileiro vive disso, gostamos de ficar assistindo de camarote à todas as imbecilidades dos nossos governantes, sem que nada seja feito, esperando que tudo se resolva um dia, procurando alguém em quem pôr a culpa, ou são os Estados Unidos, ou a União Européia, ou os especuladores, ou a imprensa, ou os banqueiros, ou os empresários, alguém tem de levar a culpa, desde que não seja o governo Lula,que age de forma irresponsável, mandando o povo gastar em momento de crise, aumentando o gasto da máquina pública ao invés de diminuir, criando míseros 37 novos ministérios e mais de 300 mil cargos para os companheiros em 6 anos.

Lula está enrrolando, se ele conseguir continuar assim até 2010, vai sair por cima, e o próximo presidente, se não for do PT, terá a difícil tarefa de arrumar a casa, e para fazer isto, ele terá que tomar medidas impopulares como rever aposentadorias, diminuir benefícios como bolsa-família, reduzir o número de ministérios, secretarias e funcionários públicos em geral etc...