quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Lula Forever

Extraído do blog do Guilherme Fiuza. Dispensa comentários:

Atenção, Brasil. Luiz Inácio falou, Luiz Inácio avisou: o petismo não vai largar o osso.

Em visita à Venezuela, Meca do populismo golpista, o presidente apoiou a lei da reeleição infinita de Hugo Chávez. E disse que no Brasil, no momento em que o país tiver “instituições consolidadas” e “liberdade política”, isso vai acontecer.

Lula tem razão: o Brasil ainda é uma democracia frouxa. Se fosse uma democracia de verdade, o Congresso Nacional o questionaria imediatamente sobre essa suposta falta de liberdade política para eternizar o governante no poder.

O que Lula quis dizer com isso? Ninguém vai perguntar a ele? Não. Padinho Ciço falou, tá falado. E o Brasil, como se sabe, não tem oposição.

É bom ver Lula à vontade na Venezuela, exaltando a maravilhosa democracia chavista. É ali que sua coceira autoritária dá as caras. É bom lembrar que o ex-operário tem essa coceira.

É bom lembrar que o “ministro Dirceu” continua despachando com o primeiro escalão do governo, como se viu na agenda de Nelson Jobim.

É bom lembrar da megalomania expansionista para o Banco do Brasil.

E da promiscuidade entre a Caixa Econômica e a Petrobras nos negócios de Estado.

E da lavagem cerebral esquerdista no concurso do Ipea.

E da mordaça terceiro-mundista do Itamaraty.

E da cruzada de Tarso Genro contra a imprensa burguesa, que dá azia no chefe.

E do uso da Polícia Federal como polícia política (na democrática Venezuela deve ser comum esse negócio de espionar advogados, novidade por aqui).

A iniciativa privada também pode contribuir com o plano popular revolucionário: na Venezuela, Lula e Chávez foram visitar um “projeto agrário socialista” de 2 bilhões de dólares bancado pela Odebrecht. Só rindo.

Enquanto o Brasil não chega ao nirvana chavista, continua sendo uma democracia vagabunda. Partidos como PSDB e DEM, que também só pensam naquilo, são incapazes de uma crítica responsável ao devaneio lulista. Ficam pelos cantos, se roendo de ciúmes dos 80% de popularidade, torcendo pela crise.

Fica então combinado assim: quando o Brasil tiver instituições consolidadas e liberdade política, será como a Venezuela.

Não reclame de barriga cheia: o paradigma podia ser o Irã.


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