sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Battisti, o Brasil, The Economist e a esquerda herbívora

Texto extraido do blog do Reinaldo Azevedo:
O estrago causado por Tarso Genro na imagem do Brasil não é pequeno. Jornais e revistas de toda a Europa noticiam o “refúgio” dado pelo ministro a Cesare Battisti, terrorista italiano condenado em seu país. Agora foi a vez da revista britânica The Economist. A revista aponta o erro do governo brasileiro e dá relevo à questão comentada neste blog desde o primeiro dia: na terra de Aldo Moro, o terrorismo — e o combate implacável que ele pede — é uma questão de suma importância. Está inscrita na memória do país. A besteira custaria caro.

A revista critica o Apedeuta por ter ignorado os apelos do governo italiano e tê-los transformado numa questão de soberania, como se o país mais rico quisesse dizer ao mais pobre o que fazer. A Economista lembra que o governo Lula é composto por muitos membros com o passado na extrema esquerda — onde estava Battisti quando cometeu seus crimes.

Para lembrar o termo cunhado por alguns estudiosos, Lula era tido como representante de uma “esquerda vegetariana”, à diferença da “esquerda carnívora” de um Chávez. Brinquei, então, que deveríamos tratar as coisas pelo seu devido nome: seria uma esquerda herbívora...

Bem, meus caros, o fato é que o episódio começou a dar a vários países uma dimensão do governo Lula que ficava um tanto mitigada pelo, sejamos genéricos, amor aos mercados... Poucos se dão conta de que, muitas vezes, o PT procura usar o respeito às regras de mercado como só um “mercadismo”. É como se isso lhe desse o direito de praticar toda sorte de abusos.

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