quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sobre o apagão

Discurso patético de Dilma em São Paulo, dia 22/11/09:

“Sabe aquela árvore de Natal que tem na Lagoa Rodrigo de Freitas? Sabe aquela outra que tem no Parque Ibirapuera? Sabe aquela outra que tem ali no Rio Grande do Sul? Ou em Natal ou em qualquer outro estado? A hipótese de você ter árvore de Natal em 2001 e 2002 era zero, porque não tinha energia.”

Em 2001 a árvore da Lagoa Rodrigo de Freitas não perdeu o brilho e em 2002, inclusive, foram utilizadas pela primeira vez luzes dançantes naquela decoração de Natal do Rio de Janeiro. Já em São Paulo, o convênio da prefeitura com o Banco Santander, que permitiu a instalação da árvore de Natal do Ibirapuera, começou em 2002. E a do Guaíba começou apenas em 2007, já no segundo governo Lula.

A revista Veja da semana passada mostra como o atual apagão foi maior do que os 2 ocorridos no governo FHC. Mas isso não vem ao caso. O que deve ser considerado é a forma como o governo está tratando o apagão. Ao invés de se procurar saber o que aconteceu, e tentar dar explicações do que será feito para que não volte à ocorrer, o governo fica tentando minimizar o ocorrido dizendo que o apagão do governo anterior foi pior. No dia seguinte do apagão, Dilma sumiu para não precisar dar explicações. Toda a sua agenda foi cancelada, ninguém falou com ela. Isso é profissionalismo? Acho que não.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Governo Simpson

Um pouco de humor. Essa eu tirei do blog do casseta Beto Silva

Num dos episódios mais geniais dos Simpsons, de uma das primeiras temporadas, Homer Simpsom come um baiacu num restaurante japonês e acha que vai morrer envenenado. Então , ele chama seu filho Bart e passa para ele a sua filosofia de vida, resumida nas três frases fundamentais que se precisa saber na vida. As três frases são:
- Não fui eu!
- Quando eu cheguei já estava assim!
e
- Boa idéia, chefe!
Bart Simpson não foi o único a aprender com Homer. Parece que os ministros do governo Lula também aprenderam muito bem essa lição. Assim que perguntaram a eles o que causou o apagão, eles gritaram:
- Não fui eu!
Para logo em seguida completar:
- Já estava assim quando eu cheguei!
E quando o presidente resolveu dizer que o assunto estava encerrado eles disseram:
- Boa idéia, chefe!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

As mentiras do PT de São Paulo e a verdade sobre o governo de José Serra

As mentiras do PT de São Paulo e a verdade sobre o governo de José Serra

  • Um “estudo” da liderança do PT na Assembleia Legislativa de SP sobre o desempenho do Governo do Estado de São Paulo é o mais recente produto da fábrica de mentiras do partido. Veja as mentiras do panfleto destinado a circular na internet e a verdade sobre o governo José Serra, em material preparado pela liderança tucana na Assembléia Legislativa de São Paulo e publicado no site do Diretório Estadual do PSDB:

MENTIRA:

  • O governo Serra aumentou a carga tributária.

A VERDADE:

  • Nenhum imposto foi aumentado no governo José Serra. A receita aumentou porque se intensificou o combate à sonegação e melhorou a eficiência da arrecadação. Ao contrário: o governo Serra reduziu a carga tributária individual com a Nota Fiscal Paulista, devolvendo R$ 1,3 bilhão ao bolso do contribuinte: 5,6 milhões de consumidores cadastrados para receber créditos. Isentou de ICMS produtos e serviços, como a carne bovina e a internet com o Programa Banda Larga Popular. Aliviou o peso dos impostos sobre numerosos setores da agricultura e da indústria, inclusive os que produzem bens de capital.

MENTIRA:

  • O governo Serra colocou patrimônio público à venda e privatizou a Nossa Caixa.

A VERDADE:

  • O governo Serra não privatizou nenhuma empresa pública. O banco Nossa Caixa foi vendido para o Banco do Brasil. Continua, portanto, a ser um banco público e fortaleceu a posição do BB no mercado bancário. É o governo do PT que estuda abrir o Banco do Brasil ao capital estrangeiro, lançando ações na Bolsa de Nova York. Está pensando em privatizar o maior banco público do país? A venda da Nossa Caixa para o BB garantiu recursos para investimentos em infra-estrutura, no transporte coletivo (Metrô e CPTM) e na área social. Durante o governo Serra, o patrimônio do Estado aumentou.

MENTIRA:

  • O governo de São Paulo dá calote nos precatórios.

A VERDADE:

  • Enquanto prefeituras do PT não conseguem pagar precatórios e sofrem até ameaças de intervenção, o governo Serra já pagou R$ 3,9 bilhões em precatórios, em 2007/2008; até o fim de 2009, serão mais de R$ 6 bilhões, o equivalente a uma vez e meia o trecho sul do Rodoanel.
  • O aumento do valor total do estoque de precatórios deve-se às altas taxas de correção determinadas pela Justiça, em muitos casos, superiores a 20% ao ano. A propósito, o mentiroso “estudo” petista usa de má fé ao omitir que o PT está apoiando a PEC dos Precatórios no Congresso.

MENTIRA:

  • A dívida de São Paulo está crescendo.

A VERDADE:

  • O endividamento do governo do Estado caiu na gestão Serra. A relação dívida/receita, que era de 1,97 em 2005, é de 1,63 hoje, muito abaixo do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

MENTIRA:

  • Os gastos com educação, segurança e saúde caíram em São Paulo, como proporção no orçamento.

A VERDADE:

  • Truque malandro do PT. Considera as receitas de empréstimos externos e internos – que são vinculadas a investimento em transporte e saneamento – para criar a ilusão de queda relativa dos gastos sociais. De fato, o aparato petista é contra os investimentos no Metrô, no saneamento básico e nas estradas vicinais – estas, aliás, reivindicações das prefeituras do PT de SP atendidas pelo governo estadual. No governo Serra, os gastos sociais aumentaram em todas as áreas. Entre 2006 e 2009, tiveram crescimento real, descontada a inflação, de 15,2% na educação, 14,4% na saúde e 17,2% em segurança pública.
  • Tomando-se como referência a receita tributária do Estado, as despesas com educação, saúde e segurança pública, somadas, representam mais de 74,4% do total – uma participação mais de duas vezes maior do que o falseado pelo PT em seu “estudo”. Somente as despesas com educação correspondem, em 2009, a 35,1% da receita tributária, ou seja, quase o triplo do que o PT cita em seu “estudo” (12,7%).

MENTIRA:

  • O governo de São Paulo arrocha o salário do funcionalismo.

A VERDADE:

  • O governo Serra, ao contrário do governo federal, valoriza o servidor sem permitir a deterioração das contas públicas nem o inchaço da máquina. A remuneração do servidor em São Paulo vem crescendo, ano a ano, acima da inflação: em 2006, a remuneração média era de R$ 2.288,80; em 2008, de R$ 2.682,90. Entre outras medidas, a área da saúde teve aumentos que variam de 17% a 37%; os pesquisadores dos institutos de pesquisa, de até 44%; e os policiais militares, de até 23,4%. O Programa de Valorização do Mérito para o magistério poderá triplicar o vencimento do professor, de acordo com seu desempenho e conhecimento. Por exemplo, um professor de educação básica poderá ganhar até R$ 6.270 ao longo da carreira. Os bônus por resultado para os servidores da Fazenda e da educação podem representar um adicional de até três salários no ano, conforme o alcance de metas pré-estabelecidas. Onde está o arrocho?

MENTIRA:

  • Aumentaram as terceirizações no governo Serra.

A VERDADE:

  • Manipulação vergonhosa: o alvo da “acusação” do PT é o modelo das Organizações Sociais de Saúde, que tem proporcionado ampliação e melhora da qualidade de atendimento à população de SP. As parcerias com as OSSs, que não têm fim lucrativo, respondem pela maior parte do crescimento das despesas com “serviços de terceiros”. Quando denuncia o modelo, o verdadeiro objetivo do PT é: a) acabar com a inovação dos AMES (Ambulatórios Médicos de Especialidades), que propiciam centenas de milhares de exames e consultas em dezenas de especialidades. (São Paulo já tem 20 AMES e, até o fim do governo, terá 40); b) inviabilizar a Rede Lucy Montoro, de reabilitação, o Instituto do Câncer, os hospitais de Cidade Tiradentes, Itaim Paulista e M’Boi Mirim e o Hospital Mário Covas, em Santo André. Para atacar o governo Serra, o PT não hesita em ofender seus parceiros na gestão de hospitais e AMEs: Irmãs Marcelinas, Irmãs do Santa Catarina, Santas Casas, USP, UNICAMP, UNESP, UNIFESP etc. A malandragem dos “companheiros” petistas é tanta, que eles escondem que o modelo das OSSs é adotado por diversas prefeituras do próprio PT, como São Bernardo e Osasco, além de Santo André, na época administrada pelo partido. Também os governadores do PT adotam o mesmo modelo, como Ana Júlia, do Pará, e Jaques Wagner, da Bahia, que têm OSSs operando nos sistemas de saúde de seus estados. Aliás, o governo petista da Bahia está fazendo uma PPP para a gestão de um hospital com uma empresa que tem fim lucrativo…

MENTIRA:

  • Os gastos com publicidade do governo Serra cresceram muito.

A VERDADE:

  • Distorção evidente do PT. Os gastos com propaganda do governo estadual correspondem a 0,19% do orçamento e estão voltados para ações de informação da população, como a Nota Fiscal Paulista e a Lei Antifumo. O retorno é amplamente favorável ao contribuinte paulista. Por exemplo: no caso da Nota Fiscal Paulista, um investimento de R$ 40 milhões em propaganda possibilitou a arrecadação de mais de R$ 5 bilhões pelo Estado – recursos investidos em saúde, educação, segurança etc. E, ao contrário do governo federal, o governo Serra vai respeitar os limites de gasto publicitário, no ano eleitoral de 2010.

MENTIRA:

  • O governo Serra não cumpriu mais de 40% das metas para 2008.

A VERDADE:

  • Em primeiro lugar, muitas metas do PPA citadas pelo “estudo” petista são para 2011 – portanto, faltam mais de dois anos. Quanto a 2008, o índice médio de cumprimento das metas foi de 80,4%. Muitos programas prioritários superaram suas metas, entre outros, o Programa Ler e Escrever (151%), a ampliação das FATECs (171%), o atendimento de saúde pelas Organizações Sociais (174%) e a recuperação de rodovias vicinais (315%). Outro exemplo da malandragem petista: no Programa de Merenda Escolar, a meta era capacitar 4 mil profissionais em 2008. Foram capacitados 3.997. Nos cálculos do PT, sob o argumento de se tratar de meta não-cumprida, o número de atendimentos equivale a zero! Para o governo e para qualquer gestor público honesto, a meta foi atingida em 99,9%. É importante ressaltar ainda a melhora dos indicadores sociais no Estado: a taxa de mortalidade infantil foi de 12,5 por mil em 2008, uma queda de 15,54%, comparada a 2003, quando o índice era de 14,8. Em relação a 1995, a queda foi de 49%.

MENTIRA:

  • O governo Serra mostra descaso com a moradia.

A VERDADE:

  • Invencionice pura e simples do PT. Em 2007/2008, por exemplo, de R$ 1,240 bilhão previsto de despesas com recursos próprios, foi liquidado R$ 1,278 bilhão, superando, portanto, a dotação inicial. Especialistas em dossiês falsos, os aloprados petistas omitem que o único recurso orçado e não aplicado pelo governo Serra, na área da habitação, foram R$ 140 milhões que o governo federal prometeu em 2008, mas não repassou a São Paulo. Quanto à urbanização de favelas, o PT usa, desonestamente, uma meta prevista para o final de 2011 e alega que não foi atingida… A verdade: desde o início de 2007, os programas do governo do Estado atenderam 9.191 famílias e, até o fim de 2009, serão 12.252. Mais 8.896 famílias serão beneficiadas pelas obras em andamento. São ações de grande porte: desde a urbanização de favelas, como Jardim Pantanal e Heliópolis, até o programa de recuperação ambiental e social da Serra do Mar – o maior já realizado no país.

MENTIRA:

  • O governo Serra é tolerante com os grandes devedores.

A VERDADE:

  • O governo Serra trabalha com rigor na cobrança da dívida ativa. Criou o CADIN, o cadastro de inadimplentes, que já tem mais de 438 mil débitos inscritos; e fez o PPI (ICMS) e o PPD (IPVA), programas de parcelamento e recuperação de débitos, que já arrecadaram R$ 2,7 bilhões e R$ 66,2 milhões, respectivamente. A Receita Federal, comandada pelo PT, é que relaxou com os grandes devedores, este ano: além das fiscalizações dos grandes contribuintes terem caído, no primeiro semestre, a Receita deu um “refresco”, sem maiores explicações, às grandes empresas, com o adiamento do prazo de entrega da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), do final de julho para 16 de outubro. A Declaração é o principal instrumento pelo qual os fiscais têm acesso ao balanço das empresas.

MENTIRA:

  • O governo Serra multiplicou os pedágios.

A VERDADE:

  • O PT distorce a realidade e ignora, espertamente, o sucesso do sistema de concessões e a qualidade das estradas paulistas. Omite que, desde 2007, foram feitas cinco novas concessões de rodovias, além do trecho oeste do Rodoanel. E que as concessionárias estão investindo mais de R$ 8 bilhões diretamente nas estradas: duplicação de 382 km, construção de 253 km de novas marginais, 380 km de acostamentos, 179 km de faixas adicionais, 58 novas passarelas e 221 novos trechos, além da manutenção de 916 km de estradas vicinais, nas regiões em que obtiveram as concessões. Além disso, pagam mais R$ 5,5 bilhões ao governo estadual pela outorga das concessões. Esses recursos estão sendo aplicados na construção do trecho sul do Rodoanel e na expansão e melhoria da malha rodoviária sob a responsabilidade direta do governo estadual. Pesquisa da CNT divulgada esta semana mostra que as dez melhores estradas do Brasil são mantidas pelo Governo de São Paulo, mediante o sistema de concessões. O Estado de São Paulo possui a melhor malha viária do país, com 75% dos trechos pesquisados classificados como ótimo ou bom – o contrário das estradas brasileiras, 73,9% consideradas em más condições. Estradas ruins pesam no chamado custo Brasil. O PT paulista também omite que o governo federal adota o modelo de concessões para estradas. Com uma diferença: além de não exigir nada de outorga das empresas concessionárias, entregando de graça o patrimônio público para a exploração da iniciativa privada, prevê baixíssimo investimento por quilômetro de estrada/ano concedido: 30% menos que nas concessões do Governo de São Paulo.

MENTIRA:

  • O governo Serra não tomou medidas de alívio da crise econômica.

A VERDADE:

  • As medidas do governo de São Paulo foram rápidas e eficientes no combate à crise. Garantiram os recursos públicos para executar o maior programa de investimentos do país, no valor previsto de R$ 20,6 bilhões em 2009 e com geração de 858.067 empregos no ano. Anteciparam as compras do Estado e promoveram alívio na tributação do setor produtivo, incentivando o investimento privado. Ampliaram em 56% os recursos aplicados no programa de microcrédito operado pelo Banco do Povo Paulista. Expandiram e aperfeiçoaram linhas de crédito para as empresas. Aplicaram mais recursos para a qualificação profissional.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Para onde vamos?, por Fernando Henrique Cardoso

A enxurrada de decisões governamentais esdrúxulas, frases presidenciais aparentemente sem sentido e muita propaganda talvez levem as pessoas de bom senso a se perguntarem: afinal, para onde vamos? Coloco o advérbio “talvez” porque alguns estão de tal modo inebriados com “o maior espetáculo da terra”, de riqueza fácil que beneficia a poucos, que tenho dúvidas. Parece mais confortável fazer de conta que tudo vai bem e esquecer as transgressões cotidianas, o discricionarismo das decisões, o atropelo, se não da lei, dos bons costumes. Tornou-se habitual dizer que o governo Lula deu continuidade ao que de bom foi feito pelo governo anterior e ainda por cima melhorou muita coisa. Então, por que e para que questionar os pequenos desvios de conduta ou pequenos arranhões na lei?

Só que cada pequena transgressão, cada desvio, vai se acumulando até desfigurar o original. Como dizia o famoso príncipe tresloucado, nesta loucura há método. Método que provavelmente não advenha do nosso Príncipe, apenas vítima, quem sabe, de apoteose verbal. Mas tudo o que o cerca possui um DNA que, mesmo sem conspiração alguma, pode levar o país, devagarinho, quase sem que se perceba, a moldar-se a um estilo de política e a uma forma de relacionamento entre Estado, economia e sociedade, que pouco têm a ver com nossos ideais democráticos.

É possível escolher ao acaso os exemplos de “pequenos assassinatos”. Por que fazer o Congresso engolir, sem tempo para respirar, uma mudança na legislação do petróleo mal explicada, mal ajambrada? Mudança que nem sequer pode ser apresentada como uma bandeira “nacionalista”, pois se o sistema atual, de concessões, fosse “entreguista” deveria ter sido banido, e não foi. Apenas se juntou a ele o sistema de partilha, sujeito a três ou quatro instâncias político-burocráticas para dificultar a vida dos empresários e cevar os facilitadores de negócios na máquina pública. Por que anunciar quem venceu a concorrência para a compra de aviões militares se o processo de seleção não terminou? Por que tanto ruído e tanta ingerência governamental em uma companhia (a Vale) que, se não é totalmente privada, possui capital misto regido pelo estatuto das empresas privadas? Por que antecipar a campanha eleitoral e, sem qualquer pudor, passear pelo Brasil às custas do Tesouro (tirando dinheiro do seu, do meu, do nosso bolso...) exibindo uma candidata claudicante? Por que, na política externa, esquecer-se de que no Irã há forças democráticas, muçulmanas inclusive, que lutam contra Ahmadinejad e fazer mesuras a quem não se preocupa com a paz ou os direitos humanos?

Pouco a pouco, por trás do que podem parecer gestos isolados e nem tão graves assim, o DNA do “autoritarismo popular” vai minando o espírito da democracia constitucional. Essa supõe regras, informação, participação, representação e deliberação consciente. Na contramão disso tudo, vamos regressando a formas políticas do tempo do autoritarismo militar, quando os “projetos de impacto” (alguns dos quais viraram “esqueletos”, quer dizer obras que deixaram penduradas no Tesouro dívidas impagáveis) animavam as empreiteiras e inflavam os corações dos ilusos: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Em pauta, temos a transnordestina, o trem-bala, a Norte-Sul, a transposição do São Francisco e as centenas de pequenas obras do PAC, que, boas algumas, outras nem tanto, jorram aos borbotões no orçamento e minguam pela falta de competência operacional ou por desvios barrados pelo TCU. Não importa: no alarido da publicidade, é como se o povo já fruísse os benefícios: “Minha casa, minha vida”; biodiesel de mamona, redenção da agricultura familiar; etanol para o mundo e, na voragem de novos slogans, pré-sal para todos.

Diferentemente do que ocorria com o autoritarismo militar, o atual não põe ninguém na cadeia. Mas da própria boca presidencial saem impropérios para matar moralmente empresários, políticos, jornalistas ou quem quer que seja que ouse discordar do estilo “Brasil potência”. Até mesmo a apologia da bomba atômica como instrumento para que cheguemos ao Conselho de Segurança da ONU – contra a letra expressa da Constituição – vez por outra é defendida por altos funcionários, sem que se pergunte à cidadania qual o melhor rumo para o Brasil. Até porque o presidente já declarou que em matéria de objetivos estratégicos (como a compra dos caças) ele resolve sozinho. Pena que tivesse se esquecido de acrescentar “l’État c’est moi”. Mas não esqueceu de dar as razões que o levaram a tal decisão estratégica: viu que havia piratas na Somália e, portanto, precisamos de aviões de caça para defender “nosso pré-sal”. Está bem, tudo muito lógico.

Pode ser grave, mas, dirão os realistas, o tempo passa e o que fica são os resultados. Entre estes, contudo, há alguns preocupantes. Se há lógica nos despautérios, ela é uma só: a do poder sem limites. Poder presidencial com aplausos do povo, como em toda boa situação autoritária, e poder burocrático-corporativo, sem graça alguma para o povo. Este último tem método. Estado e sindicatos, Estado e movimentos sociais estão cada vez mais fundidos nos altos-fornos do Tesouro. Os partidos estão desmoralizados. Foi no “dedaço” que Lula escolheu a candidata do PT à sucessão, como faziam os presidentes mexicanos nos tempos do predomínio do PRI. Devastados os partidos, se Dilma ganhar as eleições, sobrará um subperonismo (o lulismo) contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão. Estes são “estrelas novas”. Surgiram no firmamento, mudaram de trajetória e nossos vorazes mas ingênuos capitalistas recebem deles o abraço da morte. Com uma ajudinha do BNDES, então, tudo fica perfeito: temos a aliança entre o Estado, os sindicatos, os fundos de pensão e os felizardos de grandes empresas que a eles se associam.

Ora dirão (já que falei de estrelas), os fundos de pensão constituem a mola da economia moderna. É certo. Só que os nossos pertencem a funcionários de empresas públicas. Ora, nessas, o PT, que já dominava a representação dos empregados, domina agora a dos empregadores (governo). Com isso, os fundos se tornaram instrumentos de poder político, não propriamente de um partido, mas do segmento sindical-corporativo que o domina. No Brasil, os fundos de pensão não são apenas acionistas – com a liberdade de vender e comprar em bolsas – mas gestores: participam dos blocos de controle ou dos conselhos de empresas privadas ou “privatizadas”. Partidos fracos, sindicatos fortes, fundos de pensão convergindo com os interesses de um partido no governo e para eles atraindo sócios privados privilegiados, eis o bloco sobre o qual o subperonismo lulista se sustentará no futuro, se ganhar as eleições. Comecei com para onde vamos? Termino dizendo que é mais do que tempo de dar um basta ao continuísmo antes que seja tarde.

Fernando Henrique Cardoso foi presidente do Brasil de 1995 até 2002. Criou o plano real, colocou a economia nos eixos, privatizou empresas que davam prejuízos, saneou o sistema bancário trazendo os resultados que hoje estamos vendo. Deve ser muito triste para ele ver os estragos que estão sendo feitos e todo o retrocesso pelo qual o Brasil está passando.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Nunca antes nesse país

Lula é o único político no Brasil que pode falar isso e sair ileso:

“Há um certo tipo de gente que, no exercício da democracia, não aceita perder. Ele quer que quem ganhe não faça nada para justificar os discursos feitos durante a campanha”

A primeira pessoa que vem à cabeça com essa definição é: Lula. A segunda pessoa: Dilma. Mas eles ainda estão no poder. Lula nunca reconheceu os méritos de FHC, que arrumou a economia, estabilizou o país, criou uma moeda forte, saneou as dívidas dos bancos, modernizou as telecomunicações, etc.

Nem com 100 mandatos Lula conseguirá fazer o que FHC fez pelo Brasil em 8 anos. Mas FHC sempre esteve errado, em tudo que ele fez, inclusive no plano real, Lula o criticou. Mas Lula é assim, o que ele fala num dia, o pessoal esquece no outro.

Imaginem, se o presidente fosse Serra, e ele tivesse saído em defesa do Sarney na época dos escândalos dos atos secretos no senado. Com certeza veríamos várias manifestações contra o Serra. Contra o Lula houve alguma? Claro que não. Lula pode tudo



O que fazer quando o presidente da república age desta forma? Se todos os brasileiros fossem tão desonestos como ele, o país seria um caos. Felizmente existem brasileiros honestos, infelizmente existem brasileiros ingênuos que se deixam levar por esse tipo de conversa mole.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

GOVERNO NÃO CONSEGUE IMPEDIR CPI DO MST, E BASE ALIADA AGORA FAZ AMEAÇAS RIDÍCULAS

O governo Lula se esforçou até a 0h desta quinta-feira para tentar retirar assinaturas da CPI Mista do MST, mas não conseguiu, e a comissão deve der criada hoje. O objetivo é investigar o repasse de verbas oficiais para entidades de fachada criadas pelo movimento, que não tem nem existência legal e, por isso, está impedido de receber dinheiro público.

Embora não exista oficialmente, o MST tem o controle do Incra é a voz mais influente no Ministério do Desenvolvimento Agrário. O governo já anunciou que pretende ter a presidência e a relatoria da comissão, a exemplo do que fez com a CPI da Petrobras, que não consegue investigar nada. No caso do MST, talvez a coisa seja um pouco diferente. Parlamentares da base, ligados ao setor rural, também estão indignados com os crimes cometidos pelos sem-terra e têm a quem prestar contas.

Parlamentares do governismo diziam ontem à noite, em Brasília, que vão tentar investigar também a CNA — Confederação Nacional da Agricultura. É uma ameaça ridícula de retaliação contra a entidade presidida pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que se tornou uma das principais referências da questão agrária no país — E NÃO DA “QUESTÃO RURALISTA”.

A senadora tem conseguido retirar do debate o glacê de ideologia cretina e de mistificação vagabunda. O MST prospera porque boa parte das pessoas se nega a enxergar a realidade do campo. Kátia também tem levado adiante O debate ambiental fora dos parâmetros dos naturebas do miolo mole. Ninguém quer devastar a natureza, é claro. Ou será que os agricultores são maus, mas os ambientalistas são bonzinhos? É preciso saber de onde vem a comida que se compra do Pão de Açúcar, no Carrefour e no armazém do Seu Manuel.

O MST é hoje uma indústria de produzir ideologia e números falsos. E o Incra se tornou a sua fachada oficial. E é bom que os governistas fiquem atentos. Se é fácil inventar mentiras sobre a Petrobras — como a vigarice segundo a qual alguns gostariam de privatizá-la (o único que gostaria, creio, sou eu…) —, no caso do MST, as coisas são um tanto diferentes. O MST conta a sua própria verdade por meio de seus atos. E a maioria dos brasileiros está com o saco cheio dos seus crimes.

Investigar o CNA? Por quê? Por acaso a entidade, que congrega o setor privado, recebe verba pública, como recebe o MST? “Ah, mas ela tem caráter sindical…” Excelente! Então que se investiguem também as centrais sindicais. Vamos ver quem passa por um crivo sério de apuração no uso de recursos. Sem contar que a CUT e congêneres recebem, por exemplo, uma parcela do Imposto Sindical, que é obrigatório mesmo aos não-sindicalizados. É dinheiro do público. E não aceita que suas contas sejam acompanhadas pelo TCU. Aliás, quem vetou o artigo da lei que previa que o tribunal fizesse a verificação foi o companheiro Luiz Inácio Lula da Silva.

Essa história é puro terrorismo. Se as esquerdas querem investigar a CNA ou qualquer outra confederação, que apresentem uma proposta de CPI com fato determinado. Como é determinado o fato de que dinheiro público e de ONGs estrangeiras vai parar no cofre do MST. E, com ele, financiam-se crimes em penca.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Governo vs Roger Agnelli

Segue editorial da Folha que fala sobre as recentes manobras do governo para trocar Roger Agnelli por Eike Batista no comando da Vale.

O QUE se manifestava na forma de críticas isoladas à gestão da mineradora Vale, por parte do governo federal e seus aliados, assume agora feições claras de uma ação concertada, concebida no Planalto com o intuito de solapar o presidente da empresa, Roger Agnelli -indicado pelo Bradesco, após acordo entre acionistas controladores.

Os sinais recentes dessa ofensiva partiram, com coincidência de datas, da ministra Dilma Rousseff e do empresário Eike Batista, disposto a fazer o papel de ventríloquo do presidente Lula. Em viagem ao Pará, no último feriado, a aspirante petista à sucessão presidencial aproveitou a audiência da festa religiosa do Círio de Nazaré para dizer que o governo vê como “questão de honra” a retomada do plano de investimentos no polo siderúrgico de Marabá por parte da Vale.
No mesmo dia 11, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Eike Batista parecia conhecer a fala da ministra. Além de criticar opções estratégicas da mineradora, assumia o interesse de tornar-se seu acionista e manifestava apoio à ideia de que o petista Sérgio Rosa, presidente da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil), venha ocupar o lugar de Agnelli.
Muito mais do que uma ingerência, está em jogo um esforço coordenado para que a Vale venha a ser gerida por figuras simpáticas, associadas ou subordinadas ao governismo. A plataforma mal disfarça a intenção de reestatizar, para todos os efeitos práticos, a companhia.
Tamanho retrocesso não seria novidade neste governo. Não faz um ano, o Planalto patrocinou a compra da Brasil Telecom pela Oi. Foi preciso alterar normas, manobrar resistências na Anatel e conseguir o aporte de dinheiro público, via repasses bilionários do BNDES e do Banco do Brasil, para viabilizar um negócio cujo resultado foi o surgimento de um oligopólio nos serviços de telefonia fixa no país.
No caso da Vale, o governo reinvoca um suposto interesse nacional para legitimar a tentativa de convertê-la em instrumento político. A empresa sob ataque especulativo da sanha estatizante é, porém, caso exemplar de privatização bem-sucedida.
Em 1997, quando foi privatizada, a Vale tinha cerca de 10 mil empregados; hoje conta com 60 mil -soa como mero pretexto, portanto, que o Planalto tome cerca de 4 mil demissões recentes na empresa, por conta da crise mundial, para desestabilizar sua direção. Seu valor de mercado passou de US$ 8 bilhões para US$ 125 bilhões. O lucro líquido foi multiplicado por 29.
Se há algo que o governo deveria fazer em relação à Vale é retirar, complemente, seus tentáculos da mineradora.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Serra critica ação do Brasil em Honduras

Por Silvia Amorim, no Estadão:
O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), classificou ontem como “trapalhada” a conduta do Itamaraty no caso do abrigo ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelayaa Zelaya. “Acho que o Itamaraty meteu-se numa trapalhada que não será fácil desfazer”, disse Serra.

O governador afirmou que não está “acompanhando em minúcias” o caso, mas espera que o País encontre uma saída bem sucedida. Serra lembrou que teve de recorrer à ajuda de embaixadas no Brasil e no Chile para proteger-se do regime militar nas duas vezes em que foi exilado. “Gastei na minha vida uns nove meses retido em embaixadas para sair do país. O que tem lá (em Honduras) não é asilo”, avaliou.

Já o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), avaliou ontem que há exagero, por parte de Zelaya, na ocupação da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Na opinião de Sarney, Zelaya está transformando a representação diplomática em um comitê político.

“Acho que o direito de asilo (a Zelaya) o Brasil não poderia deixar de dar. Mas o que está havendo agora é um certo exagero na ocupação da embaixada. Ele tenta transformá-la em um comitê político”, criticou Sarney, ao chegar ao Senado.

Segundo o senador, uma tradição diplomática do Brasil foi atingida. “A embaixada brasileira tem de zelar pelas leis que determinam a não intervenção nos assuntos internos dos países. O Brasil, há 200 anos, tem respeitado essa lei da soberania dos países e de não-intervenção”, acrescentou.

Parte do desconforto de Sarney com a presença de Zelaya na embaixada em Tegucigalpa deve-se ao envolvimento do presidente venezuelano, Hugo Chávez, no episódio. Atribui-se ao líder venezuelano a articulação que culminou com o “desembarque” do presidente deposto na sede diplomática do Brasil.

No início do mês, o presidente do Senado aprovou no plenário da Casa um voto de censura contra o presidente da Venezuela. Foi uma resposta ao requerimento da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que repeliu as medidas antidemocráticas tomadas por Chávez, entre elas a limitação à liberdade de imprensa.

Até Sarney concorda que o Brasil está desrespeitando um tratado de 200 anos. Zelaya está usando a embaixada brasileira em honduras para incitar uma guerra civil. Não conseguiu ainda porque o apoio que ele tem dentro de honduras é pequeno. O Brasil se posiciona claramente ao lado de todos os ditadores do mundo. Enquanto Lula diz que ninguém deve se meter no programa nuclear iraniano porque isso é questão interna do Irã, está se metendo numa questão interna de Honduras. Isso porque o golpista Zelaya, que pretendia instituir uma ditadura na pobre Honduras foi deposto de acordo com as leis daquele país.

Por lei, quando foi retirado do país ele já não era mais presidente. A ordem de retirada dele partiu da Suprema Corte e foi autorizada pelo Congresso e executada pelo exército, que é a quem cabia a execução. Tudo de acordo com a constituição de Honduras.

Mas a posição do Brasil está clara. Defendemos Hugo Cháves, entregamos a Petrobras-Bolicia ao Evo Morales, apoiamos o programa nuclear iraniano, apoiamos os ditadores assassinos africanos Kadafi e Mugabe, defendemos a 'democracia' de cuba, defendemos as intervenções aos canais de televisão na Venezuela e na Argentina. E quando um país pequeno e pobre ousa usar sua constituição para afrontar um aliado de Cháves, usamos nossa embaixada como plataforma para uma guerra civil.

Enquanto isso, parece que os EUA estão acordando para o que está acontecendo. O porta-voz da Madame Clinton falou que quem está patrocinando esta guerra civil deverá garantir a vida das pessoas envolvidas.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Brasil não cumprirá meta fiscal

Nos últimos anos a política fiscal do governo Lula degringolou de vez. Enquanto ele mantinha o que vinha sendo feito, estava excelente. Abaixo reproduzo uma parte da matéria publicada na folha sobre o superavit. Este será o primeiro ano desde 1999 (quando as metas foram estabelecidas) que o Brasil não conseguirá cumprir a meta. E isso nada tem a ver com a crise. Só neste ano, as despesas com custeio aumentaram mais de 20%, milhares de novos empregos em Brasilia e os investimentos cresceram míseros 2%.

O governo anda distribuindo dinheiro, para o próprio FMI, antes tão odiado por Lula. Além de alguns milhões para os plantadores de coca bolivianos ( se vocês duvidam, procurem notícias recentes na internet ). E tem mais um detalhe: há alguns meses atrás o governo já havia reduzido a sua meta de superavit ( antevendo a gastança que faria ), não conseguirá nem cumprir a meta reduzida.

Sempre achei que Lula agia com má-fé durante as campanhas, e que depois de eleito mostrou sua incompetência. Não é incompetência, é má-fé também na administração. À partir do final deste ano, o Brasil estará mais endividado, o risco-Brasil vai voltar à subir, afinal ninguém arriscaria investir muito em país que não honrra a principal de suas metas fiscais e segue aumentando a sua dívida.

Mas o pior de tudo é a bomba que está sendo armada para 2011. O próximo presidente terá muito trabalho para reverter muitas coisas que estão sendo feitas por Lula.

Por Gustavo Patu, na Folha:
Dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional indicam que, pela primeira vez em dez anos, o governo federal corre o risco de não cumprir suas metas no programa de ajuste fiscal -já reduzidas, quatro meses atrás, em razão dos efeitos da crise econômica global.
Em julho, a arrecadação de impostos superou em R$ 1,4 bilhão as despesas com pessoal, aposentados, programas sociais, investimentos e custeio administrativo, mas esse superavit -que corresponde à economia necessária para o abatimento da dívida pública- foi pequeno diante dos objetivos fixados para o ano.
Nos primeiros sete meses do ano, o superavit, chamado de primário por não considerar as despesas financeiras do governo, somou R$ 22,4 bilhões, ou 52,5% da meta anual de R$ 42,7 bilhões a ser atingida, em conjunto, por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. A experiência dos seis anos anteriores do governo Lula mostra que, nesse período, sempre se cumpriu algo entre 75% e 85% do resultado anual.
Entre o saldo conseguido e o que seria necessário para manter o desempenho dos últimos anos, há uma diferença suficiente para bancar o programa Bolsa Família por um ano.
Os humores do calendário são essenciais para o cumprimento das metas -e os primeiros meses do ano são, justamente, os mais propícios para acumular superavits. No segundo semestre crescem as despesas com obras de infraestrutura, como as do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e em dezembro há deficit devido ao 13º salário dos servidores públicos.
Outros sinais demonstram como a queda das receitas e a expansão das despesas distanciaram o governo de suas metas, caso inédito desde que, por imposição do FMI, a política de superavits primários foi iniciada em 1999. Aqui

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Bate-boca entre Suplicy e Heraclito

Na reportagem feita pela Rede Globo sobre o bate-boca entre Heraclito Fortes e Suplicy, não ficou muito claro o motivo real do bate-boca. Na verdade, pareceu que Heraclito estava defendendo Sarney, o que não é verdade. O que aconteceu foi que Heraclito Fortes pediu para Suplicy dar o cartão vermelho à Lula, que é o real responsável por tudo o que está acontecendo, tanto que o PT só defende Sarney por causa de Lula.

Lula, além de conseguir destruir a sua própria imagem, está também destruindo o seu partido. Se continuar assim, em breve o PT será sinônimo de PMDB, que por sua vez é sinônimo de corrupção.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1280337-5601,00-SUPLICY+DA+CARTAO+VERMELHO+A+SARNEY+E+BATE+BOCA+COM+HERACLITO+FORTES.html

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Base se mobiliza para evitar convocação de Dilma

segunda-feira, 24 de agosto de 2009 | 3:45

Por Eugênia Lopes, no Estadão:
Depois de enterrar 11 ações por falta de decoro parlamentar contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a tropa de choque do governo vai ficar esta semana de prontidão para impedir que a oposição aprove o comparecimento da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A estratégia do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), é manter o quórum alto na comissão, impedindo que a oposição manobre e aprove a convocação de Dilma.

“O líder Jucá mandou uma convocação por e-mail para todos os peemedebistas da CCJ, a fim de que eles estejam no plenário da comissão para que não sejam aprovadas matérias fora do interesse do PMDB”, afirmou ontem o presidente do colegiado, Demóstenes Torres (DEM-GO). “Mas como todos vão estar lá, não pretendo pôr para votar os requerimentos de convocação e convite da Dilma Rousseff”, disse.

Há duas semanas, a oposição fez uma manobra para aprovar requerimento de comparecimento da ex-secretária da Receita Lina Vieira para depor na CCJ. Lina participou de audiência na terça-feira passada, na comissão, quando reafirmou ter sido pressionada por Dilma para agilizar a investigação do Fisco sobre as empresas de Fernando Sarney, filho do presidente do Senado.

No dia seguinte ao depoimento de Lina Vieira foi a vez de o líder Jucá fazer uma manobra para tentar inviabilizar definitivamente o comparecimento de Dilma na CCJ. Com o plenário da comissão lotado, Jucá apresentou dois requerimentos - um com a convocação da ministra e outro com o convite para que Dilma fosse à comissão. A ideia do governo era derrubar os dois requerimentos na CCJ e, dessa forma, impedir que a oposição voltasse a propor a convocação ou convite para a ministra. Pelo regimento do Senado, o pedido para a convocação ou convite de Dilma para falar sobre o imbróglio com Lina não poderia mais ser alvo de requerimento, caso as duas solicitações fossem rejeitadas pela comissão. Aqui

quinta-feira, 2 de julho de 2009

PT volta a apoiar o PMDB

Ontém o PT havia declarado que não prestaria apoio incondicional à Sarney. Como eu antecipei, era só jogada, hoje eles disseram que continuam apoiando Sarney e que não tem motivos para que Sarney deixe seu cargo.

Eles são tão previsíveis. Veja matéria da veja onde o cara de pau do Aloízio Mercadante diz o contrário do que ele havia dito ontém.

Era óbvio que o PT em hipótese alguma retiraria seu apoio ao PMDB, afinal o PMDB é a única esperança de o PT ganhar as eleições no próximo ano. Além disso, os partidos estão tão parecidos em alguns quesitos, como já citei ontém que não dá mais para separar.

Isso não é necessariamente ruim para o Brasil, quem sabe os tapados começam a enchergar a verdadeira face do PT.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

PT e PMDB são o câncer do Brasil.

Li esta notícia no último segundo do IG, mas não se iludam, isso é só a propaganda oficial, por baixo dos panos o PT continua sendo o maior aliado de Sarney e do PMDB.

É obvio que se o PT resolver dar um pé no Sarney o maior prejudicado será o próprio PT. O partido que quer emplacar Dilma para presidente em 2010 depende muito do maior partido do Brasil que é o PMDB. Com a ajuda do PMDB a tarefa de eleger Dilma será muito difícil, sem o PMDB será impossível. Os diretórios regionais do partido são muito grandes e fortes e por isso o PT não ousaria ir contra o PMDB. Eu acredito inclusive que hoje estes partidos estão caminhando para uma fusão, claro que nenhum deixará de existir, mas os ideais dos dois partidos são semelhantes, que é se perpetuarem no poder.

PT e PMDB são hoje um câncer, que vem se espalhando pelas instituições do país. Este câncer não é benigno, de forma alguma. Estão aparelhando nossas instituições, as empresas públicas, criando cabides de empregos ( veja por exemplo o setor de comunicação da Petrobras ). Como todo câncer, este começou de vagar, só recentemente começaram à aparecer os sintomas, mas como todo câncer a tendência é que piore. A única forma de melhorar é enfraquecendo esses partidos, tanto nacional como regionalmente.

A tarefa não é fácil, mas é possível. Cabe à oposição ( DEM e PSDB ) começar a mostrar para a população, sem medo da popularidade de Lula, o que está sendo feito de errado. Cabe também à população procurar se informar, indo atrás da verdade e não apenas esperar pelo Jornal Nacional. A imprensa tem muito medo de fazer qualquer crítica ao governo, e esse é um grande problema, portanto cabe também à imprensa deixar de ser porta-voz do governo e passar a agir e investigar as falcatruas. Eles gostam muito de investigar o congresso, mas quando é pra falar dos desvios que acontecem no governo, raramente alguém fala alguma coisa.


Link

O POVO DE HONDURAS QUE OBAMA, LULA E A CNN NÃO VÊEM

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-povo-de-honduras-que-obama-lula-e-a-cnn-nao-veem/

Alguns bolivarinos hondurenhos prometeram uma greve geral cobrando a volta do golpista Manuel Zelaya ao poder. A greve não vai acontecer. Também anunciaram ao mundo — esse mundo que aparece na CNN — que haviam feito um protesto reunindo… 10 mil pessoas. Eles não têm nem mesmo uma foto para mostrar. O que há de real em Honduras é o que vocês vêem no vídeo acima, acessado, até agora, apenas 95 vezes. Divulguem-no. A verdade está aí. Milhares de pessoas estão em praça pública dando vivas à democracia e com adesivos em defesa, vejam só!, da Constituição. A Constituição que aquele delinqüente queria transgredir e que, curiosamente, promete violar se voltar ao poder. O que se vê acima tem a feição de um golpe?

Hoje, Zelaya se encontra com Barack Obama, que exige a sua volta ao poder. Deve estar feliz por, finalmente, igualar a sua agenda à de Hugo Chávez. O papelão da Assembléia Geral da ONU, sob o comando de um outro apoiador de tiranetes, Miguel D’Escoto, também ficou evidente. O absurdo é tal, que Zelaya promete desembarcar nesta quinta em Tegucigalpa com interventores. Entre eles, estariam Cristina Kirchner — que certamente não conseguiria andar sem forte esquema de segurança em qualquer rua de Buenos Aires — e Rafael Correa.

Sim, senhores! Eis a nova ordem de Obama. Escrevi aqui no primeiro dia: é aquele que ronrona para a Coréia do Norte e para o Irã, mas fala grosso com os democratas de Honduras — sim, os democratas de Honduras, os que estavam e estão defendendo a Constituição. Na imprensa mundial (!!!), só Tio Rei e Mary Anastasia O’Grady, colunista do Wall Street Journal, dizem o óbvio? Pois é. E eu com a Light? O Sol não giraria em torno da Terra ainda que essa fosse a crença generalizada. Eu já publiquei várias vezes o link da Constituição de Honduras. Faço-o de novo (aqui). Já demonstrei todos os artigos que Zelaya transgrediu e por que a sua deposição foi constitucional.

O país tem uma Carta que, visivelmente, pretende enterrar a memória da ditadura, impedindo o continuísmo. Como já publiquei aqui, o artigo 239 é explícito:
“O cidadão que tenha desempenhado a titularidade do Poder Executivo não poderá ser presidente ou indicado. Quem transgredir essa disposição ou propuser a sua reforma, assim como aqueles que o apoiarem direta ou indiretamente, perderão imediatamente seus respectivos cargos e ficarão inabilitados por dez anos para o exercício de qualquer função pública”. Mas não só ele. Vejam o que diz o 42:
“La calidad de ciudadano se pierde (…) por incitar, promover o apoyar el continuismo o la reelección del Presidente de la República”. Dá para ser mais claro?

Ocorre que vivemos um tempo sensível ao populismo virulento, com o, vá lá, comando do Ocidente nas mãos de um demagogo midiático. Ninguém precisa inferir que Zelaya estava dando um golpe. O vídeo que está no post acima traz a sua confissão, numa entrevista concedida à Televisíon VTV, a emissora de… Hugo Chávez.

Barack Obama, agora um suporte de tiranetes bolivarianos, percebeu que tem a chance de posar para o mundo como grande defensor da democracia — ainda que, no caso de Honduras, uma “democracia contra o povo”, já que está claro que a maioria dos hondurenhos não quer a volta de Zelaya. Mas Obama, o demagogo midiático, é fiel a quem o fez ser uma alternativa real de poder: ONGs, imprensa, minorias organizadas etc. E essa gente gosta de ditaduras populares.

E que se note: não é porque o povo quer Zelaya fora que acho que ele tem de ficar fora. Mas porque ele violou a Constituição democrática de seu país. “Por que não o processo de impeachment?”, perguntam. Porque a Constituição de Honduras não é a do Brasil. A deles prevê a deposição, com anuência da Corte de Justiça, para quem viola a Carta. E ele violou. Lula, que não considera Khadafi um ditador e vai receber salamaleques do tirano, diz, no entanto, que Zelaya tem de voltar em nome da democracia. É o chamado raciocínio iluminado pelas trevas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Ex-diretores do Senado faziam parte de 'quadrilha', acusa líder do PSDB

Por Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou nesta segunda-feira (22) que os ex-diretores da Casa Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi fazem parte de uma “quadrilha”. Para Virgílio, senadores devem estar envolvidos nas irregularidades realizadas pelos servidores. A crise na Casa piorou após a revelação de que atos administrativos da Casa foram mantidos em segredo deliberadamente.

O tucano se referiu aos dois como “ladrões comprovados” e disse que a série de denúncias contra a Casa surgiram após o PSDB anunciar que não apoiaria a candidatura de José Sarney (PMDB-AP) à presidência porque este não afastaria Agaciel da diretoria-geral.

O G1 deixou recado no escritório do advogado de Zoghbi, Antonio Carlos de Almeida Castro. A secretária do advogado disse que daria o recado após ele sair da reunião da qual participava. Agaciel Maia negou que tenha chantageado senadores, disse que não tem motivação para isso e que Virgílio não tem como provar as afirmações.

O senador defendeu que os dois ex-diretores sejam demitidos e presos. Afirmou, em relação a Agaciel, que tentará impedir que o funcionário se aposente.

“Talvez se eu não tivesse, com pouquíssimas informações, dito o que disse a coisa estivesse me banho-maria até hoje. (...) Essa quadrilha levou para casa pen drive e começou a soltar drops aqui, drops acolá, viagem que um fez aqui que o outro fez lá”, disse o tucano.

O líder do PSDB afirmou que na divulgação dos atos secretos certamente se descobrirá que muitos atos foram mantidos sob sigilo como forma de chantagem para ser usado por Agaciel.

“O senhor Agaciel, formado, doutorado e pós-doutorado em chantagem, quem sabe transformou em secretos atos que não tinha porque ser secretos. É a lógica do chantagista, de acumular poder. Duvido que o senhor Agaciel tenha praticado estes crimes todos sozinho, tem senador por trás dele, tem gente com mandato por trás dele, temos que saber isso”, afirmou o tucano.

Respostas

O tucano aproveitou para explicar informações que, segundo ele, Agaciel vazava para a imprensa. Segundo Virgílio, o ex-diretor-geral vazou uma informação de que o tucano teria contratado seu professor de jiu-jítsu como funcionário de gabinete. Ele nega que o contratado seja seu “personal trainer” e garantiu que ele presta serviços no estado do Amazonas.

Virgílio atribuiu também ao ex-diretor-geral uma informação de que o senador teria se valido de um empréstimo da Casa para pagar hospedagem em Paris. O tucano disse que teve um problema com o cartão de crédito e pediu a um amigo, que era funcionário do Senado, que o ajudasse para conseguir pagar a diária. Este amigo teria procurado Agaciel, que teria feito o empréstimo.

Virgílio disse que pagou o valor emprestado na volta desta viagem, que teria acontecido há mais de cinco anos. "Nao faço negócio com chantagista de nenhuma espécie", disse o líder do PSDB.

Sarney

O senador pelo Amazonas fez provocações a Sarney, que preside a sessão. Disse não concordar com a forma com que o presidente da Casa conduz a crise. Cobrou do peemedebista uma postura de rompimento com Agaciel, que foi colocado no cargo de diretor-geral na década de 90 por Sarney. Recentemente, Sarney também foi padrinho de casamento de uma filha do ex-diretor.

Virgílio fez menção também à denúncia de que um mordomo de sua filha Roseana (PMDB-MA), atual governadora do Maranhão, é pago com dinheiro do Senado.

“Vossa excelência terá de dar explicação sobre o mordomo. Precisamos de atitudes firmes. Não considerei que sua entrevista na sexta-feira tenha sido firme. A época de panos quentes acabou. Vossa excelência precisa romper todo e qualquer laço com essa camarilha. Se vossa excelência não romper, não terá condição de comandar a casa”, afirmou Virgílio.

O tucano comentou ainda a afirmação de Sarney de que enviará ao Supremo Tribunal Federal (STF) qualquer denúncia de envolvimento de senadores nas fraudes na Casa. Virgílio entende que o mais adequado seria mandar as investigações para o Conselho de Ética. Ele afirmou ainda que não descarta encaminhar um processo contra o próprio Sarney, se for necessário.

“Não hesitaria em colocar o nome de vossa excelência do Conselho de Ética, se julgar necessário”. Sarney ainda não respondeu a Virgílio.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Lula adverte: não pode ser tratado como uma pessoa comum o ex-presidente que chamou de ladrão

Fonte: Blog do Augusto Nunes

Eleito em 1986 com a maior votação da história, o Lula deputado vivia avisando que não havia esperança de salvação para os brasileiros que existiam além das fronteiras do PT. Quem não estava filiado ao partido que detinha o monopólio da ética era inimigo do povo, quem não votava na seita era cúmplice de bandidos disfarçados de pais da pátria. Se o Brasil fosse sério, rugia o Lula oposicionista, todos estariam na cadeia.

Na ala atulhada de picaretas (”uns 300″, havia calculado Lula pouco depois do desembarque no Congresso), uma cela hospedaria o presidente José Sarney. “Ademar de Barros e Paulo Maluf poderiam ser ladrão, mas eles eram trombadinha perto do grande ladrão que é o governante da Nova República, perto dos assaltos que faz”, berrou em setembro de 1987, num improviso em Aracaju, o palanqueiro impiedoso tanto com adversários políticos quanto com regras gramaticais.

O exterminador dos plurais continua em ação, mas a guerra movida contra tudo que se movesse fora do PT acabou no dia da posse. O Lula do Planalto decretou que o céu companheiro teria vagas para todos os interessados, até para os grandes satãs que provocavam sucessivos acessos de cólera no Lula do ABC. Não há inimigos tão inimigos que não possam tornar-se amigos, repetia Getúlio Vargas quando instado a explicar alguma aliança implausível. Lula acha que é isso aí, informa a multidão dos recentíssimos amigos de infância.

O senador José Sarney, que frequenta há quase sete anos o Clube dos Íntimos do Cara, é sempre recebido com afagos e reverências que deixariam indignado o Lula de Aracaju. No comício de 1987, “o impostor que chegou à Presidência depois de assaltar o poder” foi acusado de inventar canteiros de obras para ampliar a fortuna da família. “A ferrovia Norte-Sul só serve para isso”, exemplificou o Lula do século passado. Seria desmentido pelo Lula do terceiro milênio. “Este projeto é importantíssimo para o desenvolvimento regional”, corrigiu na discurseira que festejou, no começo do ano passado, a exumação da linha de trem sepultada por falta de verbas.

“Sei que, no início das obras, você foi alvo de inúmeras críticas”, lembrou o presidente Lula com a placidez de quem não ouviu o que disse o deputado Lula. Sarney retribuiu a manifestação de afeto com o sorriso dos amnésicos profissionais. A troca de gentilezas, celebraram os caciques da base alugada, era outra evidência de que o Brasil ficou menos primitivo: já não há antagonistas irreconciliáveis. Bobagem: o país continua primitivo. Mas ficou mais cafajeste. Quando se perde a vergonha, nenhuma afronta é imperdoável.

Os códigos que regulamentam a fraternidade mafiosa prevalecem sobre normas legais e mandamentos éticas, reiteraram as comentários sobre a crise do Senado feitos por Lula durante a escala no Cazaquistão. O pastor que socorre sem pudores qualquer meliante do rebanho atacou o “denuncismo” da imprensa e inocentou o esquartejado de Aracaju. “Sarney tem história suficiente para que não seja tratado como uma pessoa comum”, deliberou o magistrado acidental. Em 1987, sem exibir nenhuma prova, ele chamou de ladrão o chefe de governo. Neste inverno, alheio ao colosso de provas, absolveu de todas as culpas presidente do Senado.

Lula e Sarney são bons companheiros desde 2003. Nesta semana, viraram comparsas.

Conselheiros da Petrobras: 76 mil por mes

Creio que esta é uma notícia relevante, não sei se para o país, ou se apenas para a Petrobras e seus acionistas, pois afinal de contas, se trata do dinheiro deles.
Eu só fico imaginando o volume de trabalho que deve ter um conselheiro da Petrobras para justificar tal pagamento de serviços de aconselhamento. Deve ser enorme, do contrário, o mercado ou os acionistas não permitiriam esse tipo de exagero.
Também fico imaginando em que eu gastaria esse dinheiro por mês. Suponho que não seja materialmente possível, a menos de comprar um carro de luxo todo mês, ou um apartamento a cada seis meses.
Em todo caso, trata-se de um generoso pé de meia, ou uma fábrica inteira de meias...

Conselheiros da PETROBRAS
Valor Economico

Ata da Assembeia Geral Ordinaria da Petrobras de 8 de abril de 2009 valor para reserva para pagamento para os 9 Conselheiros: R$ 8.266.600,00
Valor anual para cada Conselheiro:R$ 918..511,11
Valor mensal:R$ 76.542,59
Alguns conselheiros:
- Min da Casa Civil: Dilma Vana Rousseff
- Min da Fazenda: Min Mantega
- Sec de comunicaçoes: Franklin Martins
- Gen Ex R1 Albuquerque- Ex Cmt do EB

Seria interessante conhecer os outros nomes...
E saber se tem concurso para conselheiro...

Fonte: http://diplomatizzando.blogspot.com/
Depois dizem que FHC privatizou as empresas. O que o PT está fazendo com a Petrobras é absurdo. Não é por nada que as principais agências de classificação de risco estão baixando suas notas para a empresa. Essa falta de controle vai acabar mal.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Substituindo caracteres usando expressões regulares no netbeans

Recentemente precisei criar um Map de países para um teste que estava fazendo. Porém eu tinha uma lista onde apareciam os nomes e as siglas dos países no seguinte formato:

AFG = Afeganistão
ALB = Albânia
BRA = Brasil
....

Como são muitos países, tive que fazer uma busca e troca no arquivo. Eu precisava transformar a lista acima em código, ou seja, eu precisava que cada linha daquela fosse transformada em algo como:
mapa.put("AFG", "Afeganistão" );
...

Para fazer isto, utilizei o Find and Replace do Netbeans com expressão regular. Abaixo os passos:

* Campo 'Find What': ([A-Z]++) = ([A-Z]*)
* Campo 'Replace With': mapa.put("$1", "$2");
* Deixe o campo 'Regular Expressions' checado.

Pronto, basta dar um Replace All e o netbeans irá trocar a linha:
BRA = Brasil
por:
mapa.put("BRA", "Brasil")

Expressões regulares são uma mão na roda...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Como fazer o Enter agir como TAB num JTable

Abaixo um código que achei na net e adaptei criando uma classe utilitária. O método controlEnterTable recebe um JTable e uma Action que será executada quando o enter for pressionado na última linha, útil para que você possa adicionar uma nova linha ao table.

public class Util {
public static void controlEnterTable(JTable tb, final Action act) {
InputMap im = tb.getInputMap(JTable.WHEN_ANCESTOR_OF_FOCUSED_COMPONENT);
KeyStroke tab = KeyStroke.getKeyStroke(KeyEvent.VK_TAB, 0);
KeyStroke enter = KeyStroke.getKeyStroke(KeyEvent.VK_ENTER, 0);
im.put(enter, im.get(tab));
final Action oldTabAction = tb.getActionMap().get(im.get(tab));
final Action tabAction = new AbstractAction() {

public void actionPerformed(ActionEvent e) {
JTable table = (JTable) e.getSource();
int row = table.getSelectedRow();
int originalRow = row;
int column = table.getSelectedColumn();
int originalColumn = column;
if ((row + 1 == table.getRowCount()) && (column + 1 == table.getColumnCount())) {
oldTabAction.actionPerformed(e);
if (act != null) {
act.actionPerformed(e);
}
table.changeSelection(row + 1, 0, false, false);
return;
}
oldTabAction.actionPerformed(e);
while (!table.isCellEditable(row, column)) {
oldTabAction.actionPerformed(e);
row = table.getSelectedRow();
column = table.getSelectedColumn();
if (row == originalRow && column == originalColumn) {
break;
}
}
}
};
tb.getActionMap().put(im.get(tab), tabAction);
}

}

Exemplo de uso:

Util.controlEnterTable(myTableInstance, new AbstractAction() {
public void actionPerformed(ActionEvent e) {
addItemTable();
}
}

É isso aí, esta é uma forma simples de implementar este recurso.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

PERDEU

ANJ Repudia atitude da PTBras

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) manifesta seu repúdio pela atitude antiética e esquiva com que a Petrobras vem tratando os questionamentos que lhe são dirigidos pelos jornais brasileiros, em particular por O Globo, Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, que nas últimas semanas publicaram reportagens sobre evidências de irregularidades e de favorecimento político em contratos assinados pela estatal e suas controladas.

Numa canhestra tentativa de intimidar jornais e jornalistas, a empresa criou um blog no qual divulga as perguntas enviadas à sua assessoria de imprensa pelos jornalistas antes mesmo de publicadas as matérias às quais se referem, numa inaceitável quebra da confidencialidade que deve orientar a relação entre jornalistas e suas fontes. Como se não bastasse essa prática contrária aos princípios universais de liberdade de imprensa, os e-mails de resposta da assessoria incluem ameaças de processo no caso de suas informações não receberem um “tratamento adequado”. Tal advertência intimidatória, mais que um desrespeito aos profissionais de imprensa, configura uma violação do direito da sociedade a ser livremente informada, pois evidencia uma política de comunicação que visa a tutelar a opinião pública, negando-se ao democrático escrutínio de seus atos.

Brasília, 8 de junho de 2009
Júlio César Mesquita
Vice-Presidente da ANJ
Responsável pelo Comitê de Liberdade de Expressão

terça-feira, 2 de junho de 2009

CPI da Petrobras – Chicana governista já fala em rever os anos… 50!!!

Por Fernanda Odilla e Dimitri do Valle, na Folha:

Antes mesmo da instalação da CPI da Petrobras, prevista para hoje, a oposição vai pedir por meio de requerimentos cópia de todas os inquéritos em andamento contra a estatal e a convocação de pessoas já investigadas para os primeiros depoimentos. Integrantes da base aliada reagem produzindo pedidos para estender a apuração ao período tucano.

Encarregado pela oposição de preparar os requerimentos, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pedirá a íntegra das investigações da PF nas operações Águas Profundas (fraude em licitações), Royalties (desvio de dinheiro dos royalties do petróleo) e Castelo de Areia, que envolveu a Camargo Corrêa.

O PSDB pretende ainda levar à CPI pedido para ouvir o gerente comercial e o diretor da Iesa Óleo e Gás sobre suposta fraude de licitação na estatal. A empresa ganhou concorrência para fazer a reforma da P-14 por R$ 89 milhões e foi alvo da Operação Águas Profundas.

O objetivo é obter toda a documentação para embasar o início da investigação e ir atrás de possíveis pistas “escondidas” nos inquéritos. A oposição vai tentar explorar ainda a dificuldade dos órgãos federais em conseguir informações da estatal -reforçando a imagem de caixa-preta da Petrobras.

“Vamos responder tudo com transparência”, responde o senador João Pedro (PT-AM), cotado para presidir a CPI. Ele admite que o objetivo é solicitar informações sobre contratos e convênios firmados pela Petrobras no governo FHC.

Já um peemedebista diz que está com o pedido pronto para requisitar informações sobre relatórios referentes à estatal da década de 50 para “discutir” o papel da empresa e as mudança ocorridas nestes anos e tirar o foco das denúncias.

“O esquema montado pelo governo é para blindar tudo e tentar desmoralizar a oposição”, disse Alvaro Dias.

Para revelarem o conteúdo dos requerimentos, aliados do Planalto ainda aguardam o acordo de líderes que poderá definir na manhã de hoje os nomes dos comandantes da CPI. Os 11 titulares elegem o presidente, que indica o relator.

PT e PMDB ainda não entraram num acordo sobre os nomes. O líder petista, Aloizio Mercadante (SP), prefere que a CPI seja presidida por João Pedro e relatada por Romero Jucá (PMDB-RR). Já o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), defende Ideli Salvatti (PT-SC) na presidência e Paulo Duque (PMDB-RJ) na relatoria.

Três ministros de Lula receberam R$ 345 mil de auxílio-moradia… do Senado!!!

Por Andreza Matais e Adriano Ceolin, na Folha:

A tentativa de regularizar o pagamento de auxílio-moradia no Senado colocou em situação ilegal três ministros: mesmo depois de terem trocado o Senado pela Esplanada, Alfredo Nascimento (Transportes), Hélio Costa (Comunicações) e Edison Lobão (Minas e Energia) continuaram recebendo o benefício, o que é proibido.

Até este mês, os três ministros receberam um total de R$ 345.800. A direção do Senado mandou suspender os pagamentos a partir deste mês e estuda pedir o dinheiro de volta.

Desde 2005 como ministro, Hélio Costa recebeu irregularmente R$ 178.600 de auxílio-moradia; Alfredo Nascimento, R$ 110.200, e Lobão, R$ 57.000. Lobão pediu a suspensão do pagamento em abril deste ano, segundo sua assessoria, após ter dúvidas sobre se poderia ou não receber o benefício.

Os três ministros informaram que não sabiam da ilegalidade nos pagamentos e avisam que devolverão o dinheiro se houver uma decisão do Senado neste sentido.

O ato que regulamenta o auxílio-moradia foi revalidado na semana passada, após a Folha revelar que o mesmo havia sido revogado em dezembro de 2002. Para evitar que todos os senadores tivessem que devolver o dinheiro recebido no período sem regra, o Senado revalidou o ato com efeito retroativo a 5 de dezembro de 2002.

O texto do Senado, porém, afirma que “perderá o direito ao recebimento do auxílio-moradia” o senador quando “se licenciar para exercer cargo de ministro de Estado”.

Como ministros, os senadores poderiam optar por receber auxílio-moradia do Executivo. O valor, no entanto, é mais baixo. Enquanto o governo federal paga R$ 2.687,10, no Senado são R$ 3.800,00.

Além disso, no Executivo é preciso apresentar nota para comprovar a despesa com moradia, o que não era exigido pelo Senado até este mês.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Contrariando a promessa, BB sobe os juros

Fonte O Globo:
A esperada queda das taxas de juros cobradas pelo Banco do Brasil (BB), com a troca de Antonio de Lima Neto por Aldemir Bendine em abril , ainda não aconteceu. Pelo contrário. Como mostra reportagem do Globo, as taxas das quatro principais operações para pessoas físicas - aquisição de bens, cheque especial, crédito pessoal e aquisição de veículos - vêm em altas consecutivas semanais, desde 15 de abril. Bendine tomou posse no dia 23. Os dados constam do acompanhamento diário do Banco Central (BC) dos juros efetivamente praticados pelas instituições.
Bendine substitui Antônio Francisco Lima Neto, cuja saída do cargo foi anunciada na manhã do dia 8 de abril, em meio à pressão do governo pela queda dos juros. Conforme antecipado pelo colunista Ancelmo Gois na edição do dia anterior do jornal "O Globo", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria insatisfeito com a lentidão na queda das taxas cobradas pelo banco.
Os empréstimos vinculados à compra de algum bem, por exemplo, subiram, em média, de 2,09% ao mês para 2,52%, no dia 5 de maio, último dado disponível no Banco Central. Um aumento de 20%, ou 0,43 ponto percentual ao mês, mas que pode representar juros anuais de mais 5,28%. Foi a única linha que teve um leve retrocesso na última semana. Embora os bancos divulguem as taxas máximas e mínimas de juros em queda, o levantamento do BC mostra os juros efetivamente praticados, ponderados pelo volume emprestado a cada taxa.
Por ironia, no dia 8 de abril, quando o governo confirmou que trocaria o presidente do BB, o banco encerrava uma semana de queda nas quatro principais taxas.
Os números chamam atenção quando comparados aos de outros bancos no país (Leia também: Bancos mantêm tarifas estáveis ). Embora as taxas tenham subido em algumas operações de alguns bancos no mesmo período, o BB foi o que teve o movimento mais consistente de elevação das taxas, junto apenas com o Bradesco.
Confira as taxas de juros cobradas pelos bancos
Procurado, o BB informou que "nega com veemência que tenha elevado suas taxas de juros ao longo de 2009".
"Os dados divulgados no ranking do Bacen não significam que o BB praticou ou está praticando taxas mais altas ou mais baixas. O ranking divulga a taxa média ponderada, pelos volumes contratados em determinado período, representando um conjunto de operações de crédito", diz o banco, em nota.
Já o BC diz que "eventuais variações devem ser explicadas pelas próprias instituições" e que as taxas podem refletir mudanças na "estratégia de atuação no mercado de crédito" dos bancos.

Como eu já havia falado, a idéia do governo nunca foi baixar o spread, se fosse eles tinham diversas outras maneiras pra fazer isto. A demissão do ex-presidente do BB foi feita simplesmente pra alardear e para as pessoas que não se informam acharem que o governo estava fazendo algo.

Acontece que o spread bancário mais que triplicou no governo Lula. Na época do FHC era em torno de 7% e hoje está acima de 21% em praticamente todas as instituições. E olha que são 7 anos de governo, se quisessem não deixariam nem o spread ter subido.

Nunca na história desse país os bancos ganharam tanto dinheiro.

sábado, 16 de maio de 2009

PSDB responde a Lula: "Irresponsável é não investigar"

Segue nota do PSDB:
*
Brasília (15 de maio)- Sobre os comentários do Presidente da República em relação ao PSDB e a CPI da Petrobras, o partido responde:

1- irresponsável são as diretorias "severinas" de furar poço;
2- irresponsável é lotear cargos;
3- irresponsável é a obsessão de setores não republicanos e estranhos a Petrobras por espaços na empresa;
4- irresponsável é não fiscalizar a Petrobras;
5- irresponsável é não aprender a lição de que, cada vez mais, as grandes organizações empresariais caminham no sentido da máxima transparência;
6- irresponsável é não termos regulação adequada, como mostra a raiz da recente crise econômica mundial que chegou ao Brasil.

Ao contrário será o PSDB, que não fará uma CPI contra a Petrobras. Junto com o Senado, o PSDB quer contribuir com essa empresa que é de todos os brasileiros.

As declarações do Presidente Lula demonstram o tipo de diálogo oferecido: quando tudo não sai como o governo quer, voltam os resquícios autoritários.

Quem coloca sua própria ética em dúvida inventa pretextos para não ser investigado.

Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB
Arthur Virgílio, líder da bancada no Senado

CPI da Petrobras e o Patriotismo

Durante os 7 anos de governo Lula, ele falou diversas asnerias que todos já conhecem. A crise ele chamou de 'marolinha' ( imbecil ), afirmou que a imprensa estava tentando criar 'a crise da gripe suína no Brasil' ( imbecil ), depois de a marolinha ter virado maremoto, afirmou que era culpa dos brancos de olhos azuis( imbecil ). E uma das maiores imbecilidades que Lula e o PT sempre afirmaram é que no governo dele não existe impedimento para as investigações.

Pois bem, o que estão fazendo agora com a CPI da Petrobras? Estão tentando fazer terrorismo, jogar o povo contra a oposição ( como sempre fazem ), afirmando que investigar a Petrobras será danoso para o Brasil, e que quem quer investigar a Petrobras é porque não é patriota.
Estou falando aqui da CPI da Petrobras, mas isso se extende à todas as outras investigações que foram feitas. Por exemplo, o caso Daniel Dantas, o mensalão, o pagamento de R$ 5 bilhões da telemar para o filho de Lula ( que até hoje não foi explicado ), etc., etc., etc.

Mais danoso para o Brasil é o fato de termos de aceitar a Petrobras fazer uma doação de R$ 6,6 milhões para uma ONG Petista, que afirmou ter usado este dinheiro para organizar 2 festas juninas. Perigoso é o fato de constar no balanço da Petrobras uma despesa 'Não Categorizada' que de um ano para outro aumentou de R$ 2 milhões para R$ 980 milhões.

Essa manobra contábil da empresa agora, vejam bem, com o aval do Itamaraty, mas sem nenhum tipo de aval da Receita Federal, é prova de que há sim má gestão na empresa. E esta não é a primeira prova, o governo e a empresa já vem há muito tempo dando sinais de que há corrupção na empresa.

Falta patriotismo pra quem não quer aceitar que a empresa seja investigada. Quem quer ser conivente com as falhas de gestão que existem na empresa. Quem prefere não mexer no que está errado para não estragar a sua imagem política.
Parabéns aos Senadores que conseguiram aprovar a CPI mesmo com todo o jogo-sujo feito pelo governo para tentar barrá-la.

E agora acusam a oposição de falta de patriotismo meus caros ?
Isso deixa à entender o que o governo quer com essa afirmação:
1- Mesmo que haja irregularidades na Petrobras, não deve ser investigado.
2- É necessário condescender com o que está errado, para "o bem do Brasil " ?

Isto leva à uma última conclusão. "O que nos prejudica é o que nos salva".

Se for por essa linha temos que iniciar a campanha:
- PRIVATIZAÇÃO DA PETROBRAS JÁ!!!!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Lula participou da farra das passagens quando foi deputado

Num momento onde toda a população está chocada com os escândalos da farra das passagens aéreas Lula sai com esta pérola. Ele admitiu que enquanto foi deputado(1987-1991), usou sua cota de passagens para levar e trazer sindicalistas à Brasilia. Pior do que isto, afirmou que esta discussão é uma "hipocrisia".

O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) ficou revoltado com as declarações de Lula, e declarou que Lula está afirmando que ética é hipocrisia.

– Ele (Lula) não tem noção de defender a correção no uso de recursos públicos. Ele é um mau exemplo de prática republicana – disse Madeira.

O que acontece é que a população só está vendo os deslises do congresso porque o poder legislativo é mais fácil de ser fiscalizado e monitorado. Acontece que coisas muito piores do que a farra das passagens estão sendo feitas à todo momento pelo executivo, mas ninguém vê. Por exemplo, nesta matéria do DC, é reportado um aumento de mais de 90% no gasto com passagens aéreas do governo federal.

O problema neste caso é que temos apenas os números sintetizados, é impossível saber exatamente com o quê estes gastos foram feitos simplesmente porque ninguém do poder executivo tem a obrigação de publicá-los. Portanto temos que aceitar as desculpas mais esfarrapadas dadas pelo Itamaraty, que informou que o aumento de 104% no gasto com passagens do Ministério das Relações Exteriores ocorreu graças à política externa do governo Lula que é "mais atuante".

Entendo, e o Lula vivia criticando FHC porque viajava demais certo? Lula tem um avião presidencial para sua política mais atuante certo?

Resumindo, temos que engolir esta lorota e ninguém pode investigar. Se fosse qualquer outro presidente, estaríamos vendo manifestações, passeatas e tudo mais que essa corja do PT e da esquerda sabe fazer muito bem ( baderna, quebradeira, arruaça, etc... )


sexta-feira, 24 de abril de 2009

Lula fez o de sempre. SC pode esperar

Lula fez com Santa Catarina o que sempre faz com o Brasil ( exceto o Nordeste ). Mentiu. Em novembro, no auge da comoção nacional sobre os estragos causados pela enchente em SC, doações chegando de todos os lugares do país, voluntários trabalhando, Lula fez um lindo discurso e afirmou que o governo federal faria tudo para ajudar o estado. Que enviaria inicialmente R$ 1 bilhão, e isto seria apenas o começo.

Pois bem, quase 6 meses depois o que se vê é totalmente o contrário. Lula mentiu. Ignorou o estado de Santa Catarina. Pessoas ainda vivem desalojadas. O porto de Itajaí, motor da economia na região, não recebeu ajuda federal. O R$ 1 bilhão prometido não veio. Agora, empresários e lideranças políticas estão tendo que implorar essa ajuda federal, para um problema que ele prometeu ajudar.

Parafraseando o próprio acéfalo, nunca na história deste país um presidente mentiu tanto, enganou tanto, e ao mesmo tempo teve tanta popularidade quanto Lula.

Fonte: Diário Catarinenese

Empresários vão apelar para o presidente Lula
Líderes políticos e empresariais decidem marcar audiência para tentar liberação de verbas

Parecia a repetição de uma daquelas reuniões que ocorreram durante a tragédia de novembro. Olhares cansados e expressões preocupadas denunciavam a angústia de lideranças políticas e empresariais na busca de uma solução para facilitar a liberação de dinheiro para a reconstrução da cidade.


Dentre os assuntos discutidos, o pedido de uma audiência com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi considerado a única alternativa para solucionar de vez o impasse dos recursos.

– Já se passaram cinco meses e nada aconteceu. O presidente veio aqui duas vezes e nada resolveu. Ele falou que não faltaria dinheiro para Blumenau e não está honrando – desabafou, em tom crítico, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Alcantaro Corrêa.

O documento solicitando a audiência com o presidente será encaminhado semana que vem ao Palácio do Planalto. Por meio do documento, líderes empresariais de Blumenau querem reapresentar todo o drama que a cidade e o Vale passaram e as dificuldades que ainda estão enfrentando. Corrêa não vê outra alternativa.

– Se isso não ajudar, quem poderá ajudar? Se ele é o mandatário do país e não consegue comandar ministérios, estamos perante uma gestão que manda quem quiser, como quiser e quando quiser – falou.

O mesmo tom foi usado pelo presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis (Sintex), Ulrich Kuhn. Ele chegou a ser mais incisivo, respondendo às declarações de que o impasse não deveria ter chegado onde chegou:

– Isso já se transformou em fato político. Ninguém vai me convencer que não há pressão política contrária para que as coisas não aconteçam aqui. Nós usamos todos os caminhos possíveis e imagináveis. E o que aconteceu? Nada. Zero. Será que vai faltar tempo também para chegar dinheiro no Estado do Maranhão? – questionou, falando das chuvas que hoje assolam o estado nordestino.

Por sugestão do prefeito João Paulo Kleinübing (DEM), a comissão que irá a Brasília – caso a audiência seja marcada – deverá ser formada por representantes de associações de moradores, dos abrigos e de lideranças empresariais.

– Esta não será uma ação partidária, e sim uma ação da cidade – disse o prefeito, reiterando que a audiência depende da agenda do presidente Lula.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ciro Gomes é a encarnação do congresso

Fonte: Folha

Entre as muitas reações às medidas anunciadas pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), contra a "farra das passagens", a do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) foi a mais "raivosa". Indignado, ele chamou colegas de "babacas" e falou palavrões enquanto conversava com jornalistas.
Ao negar em plenário que tenha emitido passagens de sua cota para a sua mãe ir a Nova York (EUA), Ciro foi mais moderado. "Trata-se de leviana e grosseira mentira aquilo que foi feito, envolvendo pelo menos o nome de minha mãe, octogenária", disse.
Minutos depois, no entanto, Ciro, ex-candidato a presidente da República, repetiu por diversas vezes aos jornalistas que creditavam a informação ao Ministério Público: "Ministério Público é o caralho! Não tenho medo de ninguém. Da imprensa, de deputados". "Pode escrever o caralho aí", disse.
Ainda muito irritado, o deputado criticou as medidas, anunciadas ontem, que vetam o uso da cota por familiares, chamando alguns colegas, sem dar nomes, de "babacas". "Até ontem era tudo [o uso de passagens] lícito, então por que mudou? É um bando de babaca", disse.
Em referência a Fernando Gabeira (PV-RJ), o deputado do Ceará também fez críticas a colegas que "se dizem do grupo dos éticos, mas dão passagens aos seus parentes". Ciro disse que não só não usou sua cota para sua mãe como devolveu, desde 2007, R$ 189 mil aos cofres públicos.
Na última pesquisa Datafolha, feita em março, Ciro aparece em primeiro ou em segundo lugar na corrida presidencial, a depender do cenário.
Além dele, o deputado Sílvio Costa (PMN-PE) também fez fortes críticas a Temer. Ele afirmou que vai recorrer em plenário caso seja aprovado o ato da Mesa que acaba com o uso da cota para parentes. "Não é justo que mulher e filhos não possam vir a Brasília. Quer dizer que agora eu venho para Brasília e minha mulher fica lá? Assim vocês querem que eu me separe. É preciso acabar com essa hipocrisia. Ou a Câmara tem a coragem de falar a verdade ou cada dia vamos apanhar mais", disse, para logo a seguir ser aplaudido por colegas.
Assinante lê mais aqui

Porquê ele é a encarnação do congresso?
Podemos ver que é ele quem tem lutado com maior veemência contra as reformas que estão sendo feitas. Ou seja, luta para manter a mamata como está, enquanto alguns outros estão envergonhados de terem cometido tais deslises como é o caso de Fernando Gabeira que veio à público pedir desculpas.
Não estou defendendo Gabeira, ele também errou, mas pelo menos ele ainda tem noção do que é certo ou errado. Ciro já perdeu essa noção, e pelo visto há algum tempo.

Quem é contra o discurso do Ciro Gomes, por favor, envie uma mensagem para ele. Basta acessar o endereço:
http://www2.camara.gov.br/canalinteracao/faledeputado

E preencher o formulário.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Ainda há esperança de que a gasolina vai baixar?

O governo acaba de jogar um balde de água fria na ilusão do povo brasileiro. Alguns ingênuos acreditavam que a queda no preço do barril de petróleo seria repassada para as bombas dentro de algum tempo. Enquanto o presidente da estatal Sergio Gabrielli afirmava que não repassaria enquanto não houvesse uma estabilização ( de quantos meses Gabrielli? ) nos preços do barril.

Agora, ao que parece, o governo vai diminuir a margem da Petrobras para aumentar os próprios ganhos com impostos. Há muito se fala que a formação do preço do barril é feita pela petrobras não por critérios técnicos, mas sim políticos. O governo acabou de nos trazer a prova mais contundente disto. Não que eu precisasse de alguma prova, eu já sabia, mas serve para os brasileiros perceberem que o governo poderia ter baixado este valor antes, se quisesse.

Veja uma parte da matéria da folha:

Por Leandra Peres, na Folha:
A equipe econômica quer aproveitar a queda do preço do petróleo no mercado internacional para melhorar a arrecadação de tributos, em queda com a crise financeira, e elevar as transferências aos governos estaduais.
A ideia é aumentar o imposto cobrado na gasolina sem, no entanto, elevar o preço ao consumidor. Para isso, o valor de venda da Petrobras na refinaria terá que cair, num movimento oposto ao que o governo fez no ano passado.
O mesmo deve ocorrer com o diesel, mas nesse caso parte do ganho será dividida com o consumidor via redução de preço.
A mudança em discussão tem como argumento a queda no preço do petróleo no mercado internacional. O barril do produto, que chegou perto de US$ 150 na metade de 2008, gira hoje em torno de US$ 50.
A decisão, no entanto, não deve ser rápida. Há dúvidas técnicas, como a alta oscilação nas projeções de preço do petróleo. Mas os maiores impedimentos são políticos.
Um deles é a Petrobras, que resiste a abrir mão de receitas e de parte do lucro. Se o governo baixar o preço dos combustíveis na refinaria, o custo da medida será da estatal, que receberá menos por suas vendas.
O argumento dos defensores da proposta é que a empresa tem espaço para trabalhar com um caixa mais baixo depois que deixou de contribuir com R$ 15 bilhões ao ajuste fiscal do governo federal. Esse foi um dos motivos pelos quais o governo decidiu fazer a mudança na contabilidade pública e liberar a Petrobras.
Uma queda no preço dos combustíveis também afeta a arrecadação dos Estados. A Folha apurou que uma das principais resistências vem da Bahia. O governador e ex-ministro Jaques Wagner (PT) já avisou a Lula que a arrecadação do Estado seria muito afetada pela medida. O setor petroquímico responde por 25% do ICMS recolhido no Estado.
Assinante lê mais aqui

Lamentável, Ciro...

No auge da farra das passagens aéreas, a população brasileira que está muito revoltada com o congresso nacional, acaba de ter de engolir uma declaração que desce quadrada. Vejam a pérola que o deputado Ciro Gomes ( PSB-CE ) soltou:

"Estou aqui querendo me referir a essa sanha violenta, intimidatória. Estou defendendo uma questão republicana. Os americanos têm direito à passagem? Têm. O parlamento americano tem cartão sem limite para a viagem do parlamentar. A França tem custos pagos pelo contribuinte francês? Tem. A Suécia tem? Tem. A Dinamarca tem? Tem. Todos os parlamentos têm. Isso falta ser explicado ao povo brasileiro”

É fácil analisar as coisas parcialmente. Veja como Ciro esqueceu de alguns detalhes:

1 - O Brasil está sendo comparado por Ciro com países RICOS, coisa que o Brasil ainda não é.
2 - O Congresso brasileiro custa mais caro do que o alemão, inglês, frances, italiano, etc.. Ou seja, o Brasil que é um país muito mais pobre do que os citados tem um custo muito mais alto. Em média os parlamentares europeus custam R$ 2,4 milhões por ano aos cofres públicos, os nossos? Custam em R$ 10 milhões por ano. Que tal Ciro, fazer uma conta simples para verificar qual seria o valor 'justo' à ser gasto por parlamentar? Talvez uns R$ 400 mil ao invés dos atuais R$ 10 milhões?
3 - Um estudo feito entre todos os países da ONU mostra que apenas 1 país no mundo paga salário para vereadores. E esse dinheiro também sai dos nossos impostos.
4 - Se é para comparar com os EUA, vamos lá. Nos EUA são 2 senadores para cada estado, e não 3. Portanto vamos nos espelhar neles e diminuir dos atuais 81 para 54?
5 - Ainda comparando com os EUA, eles têm 435 deputados para 303 milhões de habitantes. Para ser proporcional teríamos que ter 276 ao invés dos atuais 513.

Bom, não vou me estender mais, acho que já deu pra entender onde quero chegar né? Além do que falar mais seria chover no molhado.

Sua paciência ainda não se esgotou? Você ainda não chegou no limite da raiva? Quer ver algo ainda mais revoltante?
Seus problemas acabaram. Acesse: http://www.transparencia.org.br/docs/parlamentos.pdf (atenção, não recomendado para cardíacos )

Ahhh, ia esquecendo de um último detalhe. Ciro está cotado para ser candidato à presidente na próxima eleição. Imaginem só, se o Lula que pregava o combate à corrupção está mais sujo do que qualquer outro presidente, imaginem o que seria de nós com uma pessoa que faz este tipo de pregação...

terça-feira, 21 de abril de 2009

Fome Zero

Fonte: Guilherme Fiuzza

A famosa boquinha do PT virou um bocão. Lula rasgou a fantasia e mandou gastar. O governo finalmente está livre da herança maldita.

A herança era um palavrão chamado responsabilidade fiscal. Os neoliberais tinham decidido que o Estado não pode gastar mais do que arrecada. Uma política insensível, que atrapalha, por exemplo, a construção de um palanque bonito para a mãe do PAC.

Mas esse problema acabou. A Petrobras, mecenas do PT, não servirá mais só para aquelas boquinhas do tipo que Silvinho Pereira administrava. Numa canetada de dar inveja a Hugo Chávez, Lula tirou a estatal do cálculo do superávit primário.

Traduzindo: a Petrobras não tem mais nada a ver com essa história de tirar o Brasil do vermelho. Está criado o paraíso fiscal do governo popular.

Calcula-se que vão “sobrar” uns 20 bilhões de reais para a gastança. No mesmo momento em que os gastos públicos com pessoal sobem quase um terço (em relação ao início de 2008). Entendeu? O paraíso fiscal lulista vai permitir que o seu dinheiro multiplique as boquinhas da companheirada.

É claro que eles vão te dizer que o dinheiro vai ser investido no pré-sal. Salgada mesmo será a conta dessa cascata em 2011.

Lula só fala da grana que vai emprestar ao FMI. Já deu para ver que o governo vai atravessar a seca da crise arrotando caviar, tentando eleger Dilma a qualquer custo. Só não dava para imaginar que teria a ousadia de instituir o Ralo Oficial da República.

Mas tudo bem, a opinião pública nunca teve saco mesmo para esse papo de superávit primário, coisa de neoliberal.

Viva o vermelho – do PT e do caixa nacional.